Meditação do dia: 05/07/2024

“ Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem poderá morar no teu santo monte?” (Sl 15.1)

Quem Poderá Morar no Santo Monte? – Ambas as perguntas iniciais desse salmo têm como fundo, a mesma questão: a comunhão plena com Deus. Que tipo de pessoa, de adorador seria privilegiado de permanecer constantemente na presença de Deus. Naquele tempo, isso também poderia ser entendido de forma literal, estando disponível de tempo integral ali no monte onde estava sediado o tabernáculo, que era o centro da adoração para todo o povo de Deus. Um lugar geográfico único, com espaço físico com capacidade reduzida de receber pessoas, e toda uma nação desejando vir e adorar ali, seria muito privilégio alguém poder praticamente morar, habitar ali. Vamos traduzir isso para uma realidade mais aproximada dos nossos dias e dentro de nossas condições de vida e cultura. Quem tem prazer em estar no templo nos dias de celebrações? Quem gosta de estar nas campanhas evangelísticas e nos trabalhos externos da igreja local? Quem gosta de estar nos congressos, seminários e convenções denominacionais? Quem gosta dos trabalhos de impactos e treinamentos de alto nível, com grandes líderes ministrando? E as vigílias? Os retiros espirituais? As maratonas de oração, batalha espiritual? Muito bem, todos nós gostamos de estar e participar, quer ministrando ou sendo ministrados, servindo e facilitando o ministério de outros irmãos; mas temos como aproveitar todos, participar de todos? Não! Quais as razões de não podermos? Exatamente como aquelas pessoas do tempo do salmista. Temos responsabilidades com a família, com o trabalho, com a igreja local e nem todos temos liberdade financeira que nos permita fazer tais imersões. Por outro lado, percebemos que também viver pulando de evento em evento, aprendendo, ajudando e servindo, também nos tiraria dos trabalhos de base, por fazemos parte de uma congregação local e precisamos estar presentes ali. Os dons e talentos foram dados para que possamos edificar o Corpo de Cristo, onde recebemos e damos a nossa contribuição. Me permita um comentário e uma opinião pessoal: Considero negativo, ou ao menos uma deficiência, quando alguém é uma “bênção” em todo lugar, menos na sua igreja local. A desculpa de que “profeta não tem honra na sua própria pátria,” não cola. Mesmo que tenha um ministério itinerante, é preciso ter sua base local onde volta, se alimenta, presta contas, submete, acata conselhos e orientações recebe apoio e cobertura de oração e de autoridade para ministrar. Costume sempre lembrar que existe o monte da visão, mas também o vale do serviço; assim como há o banquete dominical, há também o avental do serviço semanal.

Obrigado Senhor, pela chamada para a comunhão, a adoração e as grandes revelações no monte, mas também pela oportunidade de compartilhar e servir ao próximo com aquilo que recebemos. Somos gratos pela ação do Espírito Santo para nos guiar ao equilíbrio para a tua glória. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason