Granizo e Brasas de Fogo

Meditação do dia: 26/08/2024

12Do resplendor que diante dele havia, as densas nuvens se desfizeram em granizo e brasas de fogo. 13O Senhor trovejou nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz, e houve granizo e brasas de fogo.” (Sl 18.12,13)

Granizo e Brasas de Fogo – Admiramos contrastes, ainda mais quando eles aparecem juntos ou alguém de alguma forma consegue combinar elementos opostos; na culinária se consegue conciliar algo quente com sorvete; amargo com doce, e até aquelas combinações exóticas, como chocolate com pimenta e algumas outras. No ramo da filosofia, desde os primórdios, os sábios trabalham muito com idéias de ambiguidade, apregoando o equilíbrio necessário para o bom andamento das coisas. A luz e as trevas; o bem e o mal; o quente e o frio; macho e fêmea; preto e branco; caos e ordem; força e fraqueza; água e fogo e etc. não vamos aqui, negar ou afirmar uma ou outra posição e muito menos seguir a rota das discussões intermináveis que isso possibilita. Como leitores e estudiosos das Sagradas Escrituras para fins de devoção, culto e crescimento espiritual, dedicamos mais atenção àquilo que produz alimento e conforto para nosso homem interior. Assim, acreditamos e temos como ponto pacífico que Deus é o criador de todas as coisas; ele que dá sabedoria aos sábios e quando necessários os confundo em suas próprias astúcias. 19Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Pois está escrito: “Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.” 20E também: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, e sabe que são pensamentos vãos” (1 Co 3.19,20). Nesse caso, ficar do lado de Deus e das Escrituras é muito mais seguro e confiável. Meditando no nosso texto de hoje, certamente vamos estar andando sob terreno novo, ou onde pouco se dá às reflexões, mas é interessante pensar no agir de Deus, com capacidade de conciliar numa mesma ação, forças tão diferentes, que podem realizar praticamente os mesmos resultados segundo o desejo de Deus. Ainda que o salmista esteja sendo generoso com sua poesia sobre a grandeza de Deus e como ele pode manifestar o seu poder, fazendo que numa mesma nuvem se produza granizo e brasas de fogo; aparentemente esses dois elementos não poderiam provir de uma mesma fonte. Mas ambos podem queimar, destruir, transformar e reduzir estruturas fortes em ruínas e se extinguirem de forma que quase nem vestígios permaneçam. Como isso tem utilidade prática para nós ou para os propósitos de Deus no seu relacionamento conosco? Posso me lembrar de situações na história bíblica, como na conquista de Canaã pelos israelitas. “Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus chegaram para lutar contra Israel. Mas naquele dia o Senhor trovejou com grande estrondo sobre os filisteus. Eles entraram em pânico e foram derrotados pelos filhos de Israel” (1 Sm 7.10). Nos dias de Josué, logo no início da posse da Terra Prometida, houve ação de Deus nesse nível descrito no salmo. “E aconteceu que, enquanto eles fugiam de Israel, na descida de Bete-Horom, o Senhor fez cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedras do que os que foram mortos à espada pelos filhos de Israel” (Jo 10.11). Entendemos e concluímos que, se Deus pode fazer isso acontecer literalmente em favor dos seus filhos, também pode fazer figuradamente, para nos dar vitórias que não sejam materiais, mas no caso de doenças, lutas mentais, emocionais, tentações, livramentos e proteção. Deus é muito poderoso, aliás, Todo-Poderoso, mas ele não precisa se valer disso para ostentar ou provar qualquer coisa. Nossa fé precisa estar firmada em sua Palavra e sabendo que o seu caráter é inabalável, podemos nos abrigar tranquilamente no seu cuidado e proteção.

Senhor, obrigado por seu maravilhoso, poderoso, cheio de graça e bondade e nada disso alterar o seu caráter santo e justo. Te amamos por tudo que és e fazes por nós. em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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