Justiça Própria

Meditação do dia: 29/08/2024

“O Senhor me retribuiu segundo a minha justiça; recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos.” (Sl 18.1720)

Justiça Própria – Direito ao contraditório é uma prerrogativa da justiça moderna e pode ser assim definido: “O princípio do contraditório significa que o tribunal, antes de proferir as suas decisões, deve ouvir a acusação e a defesa e que estas devem ter a possibilidade de se pronunciarem sobre as atuações ou condutas processuais realizadas pela contraparte (como, por exemplo, em matéria de prova).” Estou argumentando isso, porque qualquer cristão, ao ler o nosso texto bíblico separado para a meditação de hoje, já sabe que isso só pode ser entendido dentro de um contexto maior e que esse versículo não pode de forma alguma ser entendido e interpretado sozinho, isolado e criar um ensinamento baseado nele, fora do contexto maior. A nosso fé e as nossas doutrinas não admitem a justiça pessoal como suficiente para produzir ou construir qualquer coisa diante de Deus em termos de méritos ou benefícios. A condição humana, quer do pecador não convertido, quer do pecador convertido, salvo, lavado no sangue de Jesus, selado com o Espirito Santo, cheio do poder e em pleno exercício de dons, talentos es ministérios, em questão de justiça, todos são nivelados pela graça de Deus e ponto. Veja: Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento” (Is 64.6). também: e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé (Fp 3.9). outra boa referencia é: 1Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, 2pelo qual obtivemos também acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Rm 5.1,2). Como entendemos então, a declaração do salmista, que se alegra e se sente bem à vontade com a bênção de ter sido retribuído por Deus segundo a sua própria justiça? Entendemos dentro do contexto da vida pessoal dele, do rei Davi; como um soltado, um guerreiro que estava à serviço de Deus e do propósito divino para o povo de Israel, ele lutou, guerreou muitas guerras e batalhas e como rei julgou e proferiu sentenças e decretou leis e ordenações das mais variadas formas e dentro dessas situações ele agiu segundo a retidão e a justiça que deveria e fez o que era certo. E no contexto do próprio salmo, onde ele descreve seus sofrimentos, perseguições e lutas em sua vida devido a ações e atitudes de pessoas ruins e perversas, verdadeiros inimigos que lhe queria o mal. Ele, lidando com a fé e buscando em oração e humildade, dependendo de Deus, sabia que seria ajudado e socorrido por Deus em resposta à suas orações e a integridade de seu coração. Nesse sentido, ele tinha justiça comparando-se aos seus inimigos e essas pessoas ímpias e maldosas. A sua declaração está situada dentro de um contexto distinto; ele não se vangloriava de suas bondades e de toda a sua vida, ao declarar sua libertação e vitória pessoal que Deus lhe concedera. Isso vale para nós e nossas demandas com Deus e com quem pleiteia injustamente contra nós.

Senhor, obrigado por ser a nossa justiça e nos garantir o acesso a tua presença com base no amor e sacrifício de Jesus por nós e nunca em nossas próprias ações e boas obras para termos méritos diante de ti. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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