Meditação do dia: 22/12/2024

“Este receberá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.” (Sl 24.4)

Deus da sua Salvação – A literatura sobre a cultura de povos antigos revela que além do politeísmo, também compartilhavam muitas semelhanças em suas crenças e práticas; mas na essência, tudo resumia-se em obrigações a serem cumpridas pelas pessoas. Em nome dessas deidades, o clero quase que invariavelmente explorava o medo e a superstição das pessoas com a suposição de que eles tinham capacidades de invocar maldições, pragas e toda sorte de coisas ruins, caso não fossem satisfeitas as suas exigências. Não raro, vemos também nessas literaturas, pessoas revoltadas e que se rebelavam de forma bem hostil à essas entidades. Muitos desses aspectos sobreviveram à modernidade e ao chamado desenvolvimento e iluminação dos povos. Mesmo em variações no cristianismo isso aconteceu e ainda acontece; pois os mercadores da fé sempre existirão. É lei de mercado: Havendo demanda, haverá oferta de tais serviços. Biblicamente, nada disso é novidade, pois Jesus ensinou que o inimigo sempre semeia joio na lavoura de trigo de Deus. Nossa meditação, nesse salmo que trata da íntima comunhão com Deus por pessoas que a isso se dedicam, se disciplinam para alcançar a excelência, não pela excelência em si, mas para conhecer mais a Deus e agradá-lo e assim andarem juntos na jornada da fé. Nesse versículo em específico, vemos os benefícios disponíveis que a pessoa recebe de Deus, o Deus da sua salvação. Pensando nisso é que fiz a introdução dessa meditação, sobre a religiosidade humana ao longo dos tempos. Nossa fé cristã, evangélica, tem também a sua origem na antiguidade; formalmente ou institucional na forma de religião, se discute qual a data exata do surgimento dessa fé. Espiritualmente, ela existe “antes do homem andar para frente!” Ou seja, a fé em Deus, de forma bíblica, é tão antiga quanto à criação de todas as coisas e o ser humano ser colocado lá no Éden. Lendo as Escrituras, não encontramos uma determinação de como fazer a religião acontecer e o que encontramos é um “caminhar com Deus,” amizade, companheirismo, falar e ouvir, obedecer instruções que eram o caminho da vida bem sucedida. Inclusive, esse conceito de “salvação,” como utilizado no cristianismo moderno, como sinônimo de “ir para o céu,” não existia e nem é visto no Antigo Testamento. Olha que, homem como Enoque, Noé, Abraão, Jó, Moisés & Cia. Conheceram e tiveram experiencias que muitos dos nossos melhores teólogos e reverendos nem chegam perto. Olhe para este cântico: “²Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. ³Com alegria, vocês tirarão água das fontes da salvação” (Is 12.2,3). Outro texto muito bonito: “Tenho grande alegria no Senhor! A minha alma se alegra no meu Deus, porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas joias” (Is 61.10). Buscamos a comunhão, o andar juntos e o prazer nessa convivência para ambos os lados, reconhecendo que um dos lados é muito fraco e o outro é muito forte; um lado é carente e o outro é doador. É assim, sempre foi e sempre será até a consumação do processo de redenção que um dos lados propôs, fez e sustenta.

Senhor, não há palavras que possam exprimir o que o Senhor é e significa para mim, pra cada um dos seus filhos, servos, adoradores. Somos necessitados das tuas misericórdias e ela não tem faltado em tempo algum. Te amamos e isso é uma resposta do teu amor por nós, a tal ponto de dar e enviar seu filho amado, Jesus Cristo, para dar sua vida em resgate da nossa. Agradecemos, em nome dele, o nosso Senhor e Salvador, para sempre, amém.

Pr Jason