Meditação do dia: 20/08/2025

“Ouve, Senhor, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro. Não fiques insensível às minhas lágrimas, porque sou forasteiro diante de ti, peregrino como todos os meus pais o foram.” (Sl 39.12)

Peregrino Como Todos – Em algumas épocas as populações se dividiam em dois grupos, os Nômades e Sedentários. As condições de vida e sobrevivência eram as principais razões para a escolha do estilo de vida. Alguns também escolhiam uma vida pastoril, vivendo dos rebanhos e isso os moviam de um lugar para outro constantemente, devido as condições de pastagens e águas. Os grupos sedentários, por vezes se fixavam em pequenos povoados e vilas, e alguns se aglomeravam em cidades que ficavam cada vez maiores e traziam novos desafios. A densidade demográfica em determinadas regiões provocou mudanças e isso vale para todos as épocas, incluindo agora, na nossa vez. Quando pensamos em termos de fé e das alianças de Deus com a humanidade, vemos as duas possibilidades acontecendo, por necessidade de peregrinar e também a oportunidade de se fixarem permanentemente em seu território depois de cumprirem o devido tempo para as promessas. Deus afirmou isso para Abraão: “¹³Então o Senhor lhe disse: Fique sabendo, com certeza, que a sua posteridade será peregrina em terra alheia, será reduzida à escravidão e será afligida durante quatrocentos anos. ¹⁴Mas eu castigarei a nação que os escravizar. Depois eles sairão com muitas riquezas. ¹⁵E você irá para junto de seus pais em paz; será sepultado em boa velhice. ¹⁶Na quarta geração, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus ainda não se encheu” (Gn 15.13-16). Quando organizados como nação, eles foram ordenados a celebrar uma festa anual, vivendo em tendas para nunca esquecerem de suas origens, o que fazem até hoje. “⁴¹Celebrem esta festa ao Senhor durante sete dias cada ano; é estatuto perpétuo de geração em geração; no sétimo mês, vocês celebrarão esta festa. ⁴²Durante sete dias vocês habitarão em tendas de ramos; todos os naturais de Israel habitarão em tendas, ⁴³para que as gerações de vocês saibam que eu fiz com que os filhos de Israel habitassem em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês” (Lv 23.41-43). Espiritualmente herdamos essas características, vivendo aqui como alguém sem pátria definida, aguardando uma permanente. Isso é muito lindo, rico e muito importante para nossa fé. “Amados, peço a vocês, como peregrinos e forasteiros que são, que se abstenham das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11). O escritor aos Hebreus também afirma a mesma idéia: “De fato, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (Hb 13.14). Paulo afirma que aguardamos a nossa verdadeira pátria e nosso salvador. “²⁰Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, ²¹o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fp 3.20,21). Essa qualidade de peregrinos nos ajuda a não fixarmos em valores e bens materiais como se fossem fins permanentes e razão para nos apegarmos a essa vida e a esse sistema; temos valores maiores e mais elevados. Graças a Deus!

Senhor, obrigado por ser um peregrino nessa vida e estar o tempo todo observando o momento da volta do nosso Senhor e Salvador. Somos gratos por suprir cada necessidade e permitir que possamos progredir e fazer a diferença sem o desejo de nos apegar aos valores dessa vida. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason