Meditação do dia: 08/09/2025
“Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres.” (Sl 40.6)
Quando Deus Não Quer Sacrifícios (5) – Seguindo a nossa saga de meditações temáticas, sobre situações em que a Bíblia diz que Deus não quer sacrifícios, rituais e ofertas, porque as atitudes dos corações de tais adoradores não estão devidamente alinhadas com a religiosidade que estão expressando. As oferendas a Deus têm um valor e um significado, que vai desde a salvação substitutiva realizada por Cristo na cruz, até a adoração, louvor e gratidão por bênçãos recebidas ou votos e compromissos assumidos. Os homens têm muito de religião dentro de si e Deus, não tem nada de religião nas suas demandas. Deus escolheu ter relacionamentos, então a vida cristã, não é religião, mas um relacionamento com Deus. Como todos os relacionamentos, eles demandam tempo, dedicação, compromisso, investimento e quando mais próximos, mas fortes são os laços e resultados de tal relacionamento. Preciso passar com vocês pelo texto do profeta Isaías, sobre esse tema, que foi uma mensagem profética muito significativa para Israel e para todo o povo de Deus, incluindo a nós como igreja. Me refiro ao capitulo 58, em resposta a questionamentos do povo, Isaías levou a mensagem de que as aparências daquele povo, eram as melhores possíveis, pois demonstravam fidelidade, perseverança na busca, interesse na verdade e continuidade nos atos de cultos. Só que a resposta divina, diz a eles que tudo aquilo não passa de fachada, pois o que na verdade prevalecia eram seus próprios interesses, suas vaidades, suas injustiças e maldades, tudo muito bem camufladas de ações religiosas. “¹Grite a plenos pulmões, não se detenha! Erga a voz como a trombeta e anuncie ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. ²Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos. Como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me por sentenças justas, têm prazer em se aproximar de Deus, ³dizendo: ‘Por que jejuamos, se tu nem notas? Por que nos humilhamos, se tu não levas isso em conta?’ Acontece que, no dia em que jejuam, vocês cuidam dos seus próprios interesses e oprimem os seus trabalhadores. ⁴Eis que vocês jejuam apenas para discutir, brigar e bater uns nos outros; jejuando assim como hoje, o clamor de vocês não será ouvido lá no alto” (Is 58.1-4). Esses versos finais acima, devem nos levar a refletir sobre razões porque as pessoas jejuam, fazem votos, propósitos e se sacrificam em nome de uma causa; qual causa é de fato uma justa causa para oração e jejum e o quanto isso implica em glória para Deus e benefício para o Reino dos Céus? Dando uma boa meditada no verso 5, onde parece que há uma dica de como fazer as coisas, mas na verdade o que ali revela são as oportunidades que as pessoas encontram e criam para aumentarem as suas exposições e ostentações aos olhos dos outros ao seu redor. Ganham status de espiritualidade, consagração além dos demais e visibilidade como moeda de troca. “⁵Seria este o jejum que escolhi: que num só dia a pessoa se humilhe, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? É isso o que vocês chamam de jejum e dia aceitável ao Senhor?” (v.5). O que o profeta apresenta como a versão de Deus do que é jejuar e se consagrar, parece mais uma lista de ações sociais, humanitárias, beneficência e atitudes de responsabilidade éticas e sociais, trabalhistas, com o objetivo de construir um lugar melhor e relacionamentos melhores. Tem muito pouco ou nada de abstinências, negação pessoal e rigidez alimentícia. As experiencias da vida do povo de Deus provam que acontecem ciclos que se repetem de tempos em tempos. Olhando a história da igreja vemos esses ciclos se sucedendo – sai da pressão, crescem, enriquecem, descuidam da espiritualidade, mundanizam, sofrimento, arrependimento, avivamentos, crescimentos e tudo começa de novo. Misericórdia!!! Sempre há os piedosos, sempre há os mundanos, sempre há os resistentes à verdade e sempre há os que pagam o preço para que a graça de Deus continue fluindo. Agora, é a nossa vez, esse é o nosso tempo, a nossa oportunidade. Em que ciclo você acha que estamos? De qual grupo você entende que faz parte? O que será que se espera de nós nesses dias?
Senhor, pedimos graça e misericórdia, por entendemos que os dias são maus e estamos nos finais dos tempos descritos pelos profetas, por Jesus e pelos apóstolos. Estamos expostos a todo tipo de anarquia, vandalismo e espiritualidades vazias e mercantis. Somos teus filhos e reconhecemo-nos como sal da terra e luz do mundo, vivendo dias difíceis até a volta do Senhor! Olhamos para ti e esperamos no Senhor a nossa redenção e pedimos forças para permanecermos fiéis até o fim, por venceremos em nome de Jesus, amém e amém!!
Pr Jason