A Arte de Morrer

Meditação do dia: 16/11/2025

“Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro.” (Sl 44.22)

A Arte de Morrer – Uma vez que a morte física não é o fim para o cristão, mas uma mudança de estágio e etapa no processo da redenção em Cristo Jesus, ela não é e não deve ser temida. O cristão consciente de sua identidade e destino, administra a vida como um dom precioso de Deus; dentro do espaço de tempo e duração de sua existência terrena, ele tem propósitos importantes a cumprir e não há margem para procrastinar e ou lidar levianamente com os fatos. Em termos espirituais, toda ação é importante,  tem relevância e está ligada a ações de outras partes do corpo, que contam com aquela precisão para também cumprirem suas tarefas à tempo. Lidar com a questão da morte física, deve ser feito pela fé, tal qual todas as demais dimensões da vida. Aquilo que não entendemos racionalmente ou de forma natural, podemos descansar na fidelidade de Deus e de sua Palavra, sem ficarmos ansiosos e preocupados com o “desconhecido.” Escrevendo aos cristãos romanos, Paulo ensinou: “⁵Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição, ⁶sabendo isto: que a nossa velha natureza foi crucificada com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sejamos mais escravos do pecado” (Rm 6.5,6). A nova vida deriva da morte para o pecado, na identificação com Cristo em sua morte na cruz, e também com a ressurreição dele para uma nova vida. O cristão já sabe disso, conforme ele inicia o versículo 6: “⁶sabendo isto:” observando os escritos e ensinamentos paulinos, ele lidava com muita naturalidade com essa questão, tanto espiritual quanto física e material. Olhemos por exemplo: “⁵Portanto, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena: imoralidade sexual, impureza, paixões, maus desejos e a avareza, que é idolatria; ⁶por causa destas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Cl 3.5,6). Falando aos obreiros da igreja de Éfeso, ele disse de si mesmo: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, desde que eu complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24). Transformamos um tema que é para alguns, pesado, tétrico, difícil, em algo digno de aprendizado, de enriquecimento espiritual e social, trabalhamos em nosso interior para paz emocional e equilíbrio, de forma que vivenciamos boas experiencias o tempo todo. Como dizia uma tirinha de quadrinhos: “sabia que um dia todos nós morreremos? Sim, respondeu o outro personagem; mas em todos os outros dias nós não morreremos!” para mim, a moral das falas é que temos muito mais motivo para celebrar a vida do que viver preocupados com a morte. É realmente uma arte, saber morrer!

Senhor, autor e sustentador da vida, Tu és a própria vida e habitas em nós e torna a nossa existência cheia de significado e propósitos. Obrigado por tudo isso, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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