A Graça Não é Algo, Mas Alguém – Cristo

Meditação do dia: 26/11/2025

“O senhor, ó rei, é o mais formoso dos filhos dos homens; a graça se extravasou nos seus lábios; por isso, Deus o abençoou para sempre.” (Sl 45.1)

A Graça Não é Algo, Mas Alguém – Cristo – Esse texto dessa meditação não é de minha autoria e muito menos uma adaptação ou paráfrase. Encontrei esse artigo, no site “Voltemos ao Evangelho” – Um ministério parceiro da Fiel. Ele é de autoria de Scott Hubard e publicado em 16/08/22. A quem eu faço questão de honrar com os devidos créditos e respeito. Amei o texto e aprendi muito e entendi que muitos seriam abençoados com ele e por isso estou compartilhando. Então, boa leitura e meditação.

Poucas palavras são mais preciosas no vocabulário cristão do que a palavra graça. No entanto, poucas palavras são mais mal compreendidas e mal aplicadas, mesmo por aqueles que valorizam o evangelho de Jesus. Já no Novo Testamento, encontramos as duas maneiras básicas pelas quais a graça pode ser distorcida. A primeira é a ilusão legalista, exibida na advertência de Paulo aos gálatas: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes” (Gl 5.4). O segundo é o erro antinomiano, como quando “certos indivíduos […] transformam em libertinagem a graça de nosso Deus” (Jd 4). Tanto legalistas quanto antinomianos podem anunciar “somente a graça” — mas a frase realmente significa “graça ignorada” para um e “graça abusada” para o outro. De qualquer forma, como Sinclair Ferguson mostra poderosamente em seu livro The Whole Christ, a graça cai em desgraça. Agora, a maioria de nós não é legalista hipócrita nem antinomiano amante da libertinagem. Mas cada um de nós está propenso a se inclinar para um erro ou outro. E quanto mais nos inclinamos, menos maravilhosa se torna a graça, e mais pesada a vida cristã se sente. Oh, quão necessário, então, permanecer firmemente na genuína graça de Deus – “Por meio de Silvano, que considero um irmão fiel, escrevo para vocês de forma resumida, exortando e testemunhando que esta é a genuína graça de Deus. Continuem firmes nessa graça” (1Pe 5.12)! Apesar de todas as diferenças entre legalistas e antinomianos, os dois geralmente compartilham uma semelhança surpreendente: eles tratam a graça como uma coisa que Deus dá, e não como um presente de Deus para si mesmo. Como escreve Michael Reeves: “Quando os cristãos falam de Deus nos dando “graça” […] podemos imaginar rapidamente que “graça” é algum tipo de dinheiro de um bolso espiritual que ele distribui. Mesmo a velha explicação de que “graça” é “as riquezas de Deus à custa de Cristo” pode soar como algo que Deus dá.” Bem, então, o que é graça? Reeves continua: “A palavra graça é realmente apenas uma forma abreviada de falar sobre a bondade pessoal e amorosa da qual, em última análise, Deus se doa” (Delighting in the Trinity, p. 88). Nas Escrituras, a graça de Deus nunca é separada do Deus da graça — e em particular, do Deus-homem da graça, Jesus Cristo. Os dois estão tão entrelaçados que Paulo pode chamar a vinda de Cristo de vinda da graça – “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos” (Tt 2.11). Toda graça vem a nós, portanto, “através de” Cristo – “³Este evangelho diz respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi ⁴e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor. ⁵Por meio dele viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência da fé, entre todos os gentios” (Rm 1.3-5). “Em” Cristo – “que nos salvou e nos chamou com santa vocação, não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,” (2 Tm 1.9) — ou, como João coloca, “da sua plenitude” – “Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (Jo 1.16). Talvez Paulo a descreva mais gloriosamente do que todos quando escreve:

[…] assim como [Deus] nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos deu gratuitamente no Amado […]. (Ef 1.4-6). A graça vem a nós “no Amado” — e em nenhum outro lugar. Graça é seiva da verdadeira Videira, calor da verdadeira Luz, afeto do verdadeiro Noivo. Em outras palavras, quando Deus nos dá graça, ele nos dá Cristo.

Senhor, obrigado por enriquecer as nossas vidas com a tua graça, maravilhosa graça, mesmo quando não a entendemos plenamente, mas podemos crer, acolher e experimentar pela fé e assim somos abençoados e transformados mais e mais à tua semelhança. Te louvamos e agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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