Reconhecimento

Meditação do dia 11/10/2015

I Sm 7.12Então tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.”

Reconhecimento – O reconhecimento é uma atitude e uma virtude. Em qualquer seguimento da vida, o reconhecimento tem o seu lugar de honra. Praticá-lo faz bem para as relações humanas. Gostamos de reconhecimento, e quando ele não é desviado para o ego ser inflado, traz gratificação e podemos transferir a glória a Deus, que tudo concede.  Se o pecado não controlasse a vida humana, dificilmente precisaríamos de leis e regras estritas com punições duras para se reconhecer os direitos alheios. Mas a ganancia, a perversidade e perversões diversas, obriga o registro de idéias, patentes, autoria, imagem e etc. Samuel chamou o povo para uma audiência de conciliação com Deus e eles deveriam se converterem de fato e de direito, renunciar as práticas erradas, idólatras e assumirem as práticas corretas de adoração e serviço de culto ao Deus único que os havia tirado do cativeiro e lhes dado tudo o que tinham e as promessas e esperanças de futuro. Enquanto eles estavam se acertando com Deus, o inimigo já estava armando para atacar e destruir. Isso é um clássico da vida espiritual: Sempre que o povo de Deus, a igreja, a família ou o indivíduo se propõe servir de fato e de verdade, começa os consertos e tomada de novas atitudes de consagração, imediatamente o Diabo aparece com ataques, perseguições, manobras e ações para frustrar e não deixar acontecer. Samuel reconheceu que aquele ataque, era mais espiritual do que militar; causaria maiores prejuízos na fé e devoção do povo do que prejuízos materiais e financeiros. A tática é produzir confusão mental e emocional nas pessoas. Imagina, alguém indo ao culto adorar a Deus e servi-lo e enquanto está orando e servindo, sua casa é assaltada, ou seu carro é roubado, ou alguém próximo sofre violência ou qualquer catástrofe! Imediatamente vem os espíritos de acusação e culpa, depois vem a revolta e em seguida o desânimio, seguido da dureza do coração e a desconfiança do caráter de Deus. Samuel reconheceu a origem e o destino do ataque e foi buscar reforço no campo espiritual, onde a verdadeira batalha se travava e Deus agiu poderosamente, pois ele mesmo agiu contra o inimigo e o derrotou vergonhosamente. Não se combate inimigo espiritual, com medidas materiais, emocionais ou legais. “O que é nascido da carne e carne e o que é nascido do Espírito é espírito”(Jo 3.6). Samuel reconheceu a Deus como aquele que pelejou pelo seu povo e fez um monumento a essa vitória, e para servir de testemunho de que “Até aqui nos ajudou o Senhor.” Quem tem te ajudado nas lutas e pelejas? Quem tem causado suas lutas e batalhas? A quem você vai recorrer? E depois da vitória, quem será celebrado e homenageado? Se você observar bem, em toda a sua vida e em todas as suas dificuldade, sempre irá encontrar um “Ebenezer!”

Pr Jason

A Grande Pergunta

Meditação do dia 10/10/2015

I Sm 6.20Então disseram os homens de Bete-Semes: Quem poderia subsistir perante este santo Senhor Deus? E a quem subirá de nós?”

A Grande Pergunta – Um anúncio institucional de um canal de TV que promove educação afirmava: “O que move o mundo não são as perguntas, mas as respostas!” Fazer boas perguntas é uma arte e exige-se bom conhecimento de causa; frequentemente ficamos abismados com as entrevistas esportivas, onde quase sempre as perguntas já trazem as respostas e ainda esperam que os entrevistados sejam bem articulados e isso renda uma boa matéria jornalística. Que horror! Os moradores de uma localidade, fizeram uma pergunta, e que pergunta profunda, interessante e digna de se gastar tempo e encontrar a resposta adequada. “Quem poderia subsistir perante este santo Senhor Deus?” O que motivou essa pergunta foi a decepção deles com o desagrado de Deus com que foi tratado sua presença no meio deles. A arca estivera ausente do País, por sete meses, desde que fora capturada numa batalha e levada como despojo de guerra. Agora ela apareceu no arraial deles, conduzidas pelos capturadores que a devolviam para se livrarem de julgamentos duros a que estavam sendo submetidos. Os moradores de Bete-Semes, fizeram festa, ofereceram sacrifícios, se alegraram com a presença e o retorno de seu objeto sagrado mais precioso e agiram como se essa presença e sua recepção calorosa, demonstrassem que eram muito piedosos, zelos e que teriam créditos suficientes para serem curiosos e irreverentes, violando o modo correto de lidar com a Arca da Aliança. Eles agiram como se após sete meses fora de casa, Deus estivesse muito carente de atenção e aceitasse ser tratado de modo irreverente, afinal, ele estava de volta em casa! Eles descobriram que Deus não muda! Sua Palavra não muda! Sua vontade não muda! Agora eles queriam se livrar dela o quanto antes e nem imaginavam quem teria coragem de leva-la dali! Seguindo a história, sabemos que quem a levou para um lugar definitivo foi o Rei Davi, anos mais tarde, mas não sem antes também ser penalizado pela mesma prática. Interessante que o próprio Rei Davi, escreveu um cântico, fazendo a pergunta e apresentando as respostas, isso tudo está no nosso Salmo de número 15. 1Ó Senhor Deus, quem tem o direito de morar no teu Templo? Quem pode viver no teu monte santo?2Só tem esse direito aquele que vive uma vida correta, que faz o que é certo e que é sincero e verdadeiro no que diz. 3Ele não fala mal dos outros, não prejudica os seus amigos e não espalha boatos a respeito dos seus vizinhos. 4Ele despreza aqueles que o Senhor rejeita, mas trata com respeito os que o temem. Ele cumpre o que promete, mesmo com prejuízo próprio, 5empresta sem cobrar juros e não aceita suborno para ser testemunha contra pessoas inocentes. Aquele que age assim estará sempre seguro. Não podemos servir a Deus nos nossos próprios termos, fazendo cada um suas regras e agindo como bem entende e achar que Deus tem que aceitar desse jeito. Tudo que Deus exige, ele proporciona em Cristo, e é por isso que “…ninguém vai ao Pai senão por mim…” (Jo 14.6) disse Jesus.

Pr Jason

Juntos, Mas Não Misturados

Meditação do dia 09/10/2015

I Sm 5.2Tomaram os filisteus a arca de Deus, e a colocaram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom.”

Juntos, mas não misturados – Para muita gente, divindade são todas iguais e alguns até se dispõe a reverenciar qualquer delas, mesmo não sabendo de que se trata. Para os hebreus, a fé monoteísta, reconhecia e o faz até hoje, a existência de um único Deus verdadeiro, o criador de todas as coisas. Essa mesma fé é compartilhada pelo cristianismo bíblico. Tanto para os hebreus (israelitas atuais) quanto para os seguidores de Jesus Cristo, qualquer culto, adoração ou veneração que concorra com o Deus revelado nas Sagradas Escrituras (Bíblia), é idolatria, culto falso, portanto, uma profanação, uma aberração e abominação à Deus. E nisso, somos radicais mesmo! Entendemos e acatamos a Bíblia como nossa única regra de fé e prática. O profeta Isaías falando em nome de Deus disse: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Is 42.8). Os filisteus, capturaram a Arca da Aliança, que simbolizava a presença e a proteção de Deus à Israel e a levaram como despojo de Guerra e como tal, a expuseram no templo do seu deus, já para eles, eram tudo a mesma coisa e não teria nenhum problema coloca-los juntos, lado a lado. Dagom era o deus da agricultura. O deus nacional dos filisteus. Representados por uma figura mística meio humano meio peixe. Na primeira manhã, quando os sacerdotes de Dagom entraram no seu templo, tiveram uma surpresa: A estátua grande, de Dagom, estava caída, mas não apenas tombada, mas em posição de prostração diante da Arca da Aliança do Deus de Israel. Entendendo como um acidente, uma coincidência complicada de explicar, mas nada fora do normal. Colocaram-no no devido lugar e estava tudo certo novamente. Na manhá seguinte, quando entraram novamente no templo, outra surpresa e agora com mais detalhes: Dagom estava caído, prostrado diante da Arca, e com a cabeça e os pulsos cortados, decepados. Como explicar isso, se ninguém entrava lá à noite e tudo estivera trancado e protegido? O recado de Deus, estava dado: Só há um Deus verdadeiro, e Dagom não tem nenhum poder e nem capacidade de ação, nem mesmo para se defender. Interessante foi que os sacerdotes entenderam a mensagem e discerniram claramente; mas isso não significou conversão, ou mudança de vida e de culto. Eles simplesmente mandaram tirar de lá a Arca, porque a “mão de Deus era pesada demais sobre o deus deles!” Continuaram idólatras!  Vemos isso todos os dias em nossas lidas pastorais. Pessoas adotando “seus próprios deuses e ídolos” e querem misturar tudo num único caldeirão e sem nenhuma preocupação sobre certo e errado, como se Deus não tivesse nenhuma participação e nem mesmo poder de interferir em suas vidas, ou se cada um pudesse fazer suas próprias regras de fé, culto e adoração. O chamado sincrestismo religioso, onde se mistura tudo e cada um escolhe o que lhe convém. Uma coisa importante a dizer aqui. É claro, que cada pessoa tem o direito e a liberdade de escolher crer ou não, ser crédulo ou incrédulo, ateu, agnóstico, místico e etc. Mas saiba, que essa capacidade, e essa liberdade, lhe foi dada e lhe é assegurada, pelo Deus Todo Poderoso, criador dos céus e terra e tudo o que há, e diante de quem você comparecerá e prestará contas, crendo ou, aceitando ou não, admitindo a existência dele ou não! É até engraçado imaginar no dia do juízo final, uma pessoa se aproximando diante de alguém que ele nunca admitiu a existência e muito menos a influencia, para prestar contas e ser julgado. E você, de que lado está? A que Deus você serve? E como serve?

Pr Jason

Barulho não é Poder

Meditação do dia 08/10/2015

I Sm 4.5E sucedeu que, vindo a arca da aliança do Senhor ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu.”

Barulho não é poder! – “Barulho não é poder, sonoridade não é espiritualidade.” Essa frase, foi dita em sala de aula, quando eu ainda era um seminarista, no segundo ano, em 82, citada pela professor Pastor Eduardo Dudek; ela nunca fugiu de minha mente e nem  do meu coração em todos esses anos. Sendo membro e pastor de uma igreja e uma denominação de Renovação Espiritual, é esperado que valorizemos a busca do poder de Deus para manter uma vida de contínua renovação espiritual; nessa caminhada, somos ladeados por companheiros de caminhada e igrejas co-irmãs se contar os inúmeros movimentos evangélicos que gravitam em torno das mesmas expectativas. Contudo os meios para se chegar ao fim desejado tem variado muito e muito mais tem sido as fórmulas e métodos e arranjos – produzindo muito barulho, mas efetivamente pouco resultado. Hoje, estamos no segundo dia de uma campanha nacional de 40 dias de oração e jejum por um avivamento, em termos de Brasil e Convenção Batista Nacional – então minha reflexão nesse dia não é coincidência, mas um privilégio de ter esse texto para hoje. Os contextos são muito semelhantes em diversos aspectos, tanto de Israel nos dias finais do governo dos juízes, como do Brasil atual, e por que não também do nosso contexto CBN. Problemas demandam soluções! Quanto maiores os problemas, maiores precisam ser os meios para se alcançar um resultado satisfatório. Além de todas as situações de crises, Israel ainda estava em estado de guerra com povos vizinhos. A espiritualidade e o culto estavam em baixa; os sacerdotes eram declaradamente e conhecidos como corruptos e imorais (os dois filhos de Eli); Havia juízo divino anunciado contra eles e seus descendentes, como sobre a nação. Ao perderem uma batalha militar para os filisteus, alguém sugeriu que a causa dos fracassos militares eram espirituais, e a solução buscar a presença de Deus. Metade disso era verdade; então concluíram que trazerem a arca da aliança para o meio do campo de combate era a solução, porque acreditavam que a arca da aliança e a presença de Deus, eram a mesma coisa; outra meia verdade. Duas meias verdades necessariamente não formam uma verdade, antes pode se tornar uma grande mentira. Por que? No caso deles: Primeiro, colocaram a fé em um objeto material fabricado, embora sagrado, que simbolizava a presença de Deus, em vez de colocarem sua confiança NO DEUS DA ARCA! Subestimaram a santidade de Deus, não se arrependeram, não confessaram seus pecados, não se importaram com suas vidas erradas e profanas. Eram religiosos demais e espirituais de menos. Quando a arca chegou, sem nenhum discernimento espiritual, de que Deus não estava lá, e isso não fazia diferença, porque a fé deles estava na arca e não em Deus, ficaram tão felizes, tão eufóricos, fizeram tanto barulho que a terra tremeu. A terra tremeu porque pularam, vibraram como em qualquer show! Mas não foi o poder de Deus que fez estremecer o lugar, porque o poder de Deus primeiro estremece os corações que amolecem, derretem, sangram e sentem o seu estado e se dispõe ao arrependimento e à confissão, para então se ver a manifestação do poder de Deus que é tremendo! Resultado, tremeram mais ainda diante do inimigo e perderam não só a próxima batalha, mas a guerra, os sacerdotes morreram e a própria arca foi capturada pela inimigo. Alguém aí, com um pouco de bom senso, já ouviu falar que Deus foi capturado, preso e arrastado para as covas do inimigo? Entendem, mesmo o objeto mais sagrado, do povo separado, ainda assim, é um objeto e Deus não é objeto, nem é manipulável e muito menos pode ser contido numa caixinha revestido de ouro e carregado aos ombros, Ele é bem maior que isso, e está muito além disso! Você pode torcer sua teologia, mas não vai mudar a verdade de Deus!

Pr Jason

O Papel do Líder Experiente

Meditação do dia 07/10/2015

I Sm 3.8O Senhor, pois, tornou a chamar a Samuel terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então entendeu Eli que o Senhor chamava o jovem.”

O papel do líder experiente – Toda pessoa experiente e madura, já foi nova e imatura. Todo idoso, já foi novo e novos tem a possibilidade de ser experientes e chegarem ser velhos em termos de idade. É o ciclo da vida! Assim como nossa vida não começa e termina conosco  mesmo, mas é uma extensão de outras e será continuada pelos nossos descendentes, já que as gerações se sucedem e é assim que deve ser, Deus é o criador das gerações. Em termos de liderança, também os mais experientes tem um papel muito importante e uma responsabilidade com as novas gerações. Daí, fazer sentido a frase, de que “sucesso sem sucessor é fracasso!” Samuel estava crescendo e se desenvolvendo em todos os aspectos e ganhando experiências com o ministério sacerdotal e lidar com os rituais e cerimonias trazia aprendizado a sua vida. Mas quem se habilita servir na liderança, precisa dominar mais do que simplesmente fazer as coisas mecanicamente e saber as razões e as implicações daquelas tarefas. Além de Sacerdote, para ministrar a Deus em favor dos homens, intercedendo e oferecendo as dádivas das pessoas a Deus como culto, cuidando da vida delas, Samuel também precisaria ter experiências pessoais com Deus e aprender o ofício de profeta, que ao contrário do sacerdote, ele representa Deus e sua palavra diante dos homens. O profeta precisa aprender a ouvir a voz de Deus, saber discernir e transmitir a quem fosse endereçado a mensagem. Nesse aspecto, Samuel ainda não conhecia ao Senhor. Deus sempre toma os cuidados para que sua revelação não produza reações negativas na pessoa. Certamente ninguém, humanamente falando está preparado para ter uma experiência de encontro com Deus, em toda a sua  grandiosidade, Ele é transcendente e nossas capacidades são muito limitadas diante de sua pessoa. Mas Deus procura associar elementos que possibilitem uma interação sem causar medo ou coisa parecida. Nesse episódio aqui, é plenamente aceitável, que Deus chamou a Samuel, usando o tom de voz de Eli, com quem Samuel já estava familiarizado e não seria nada estranho ao jovem, ouvir o velho Eli o chamando à noite, isso não seria ameaçador. Tanto é que por três vezes ele ouviu nitidamente o chamado e se dirigiu a Eli com plena convicção de estava sendo chamado por ele. Só então, foi que Eli entendeu o que estava acontecendo e assim instruiu o jovem em como ele deveria proceder; foi assim que Samuel recebeu sua primeira mensagem de Deus, que na verdade era para o próprio Eli. O velho sacerdote não mais em condições de ouvir a palavra de Deus, porque suas atitudes em relação à seus filhos também não vinha agradando a Deus e ele não estava disposto a aceitar ou acatar as instruções divinas. Mas ele tinha experiência suficiente para ajudar na formação de um novo profeta, que seria capaz de ouvir a Deus e entregar a mensagem sem corrupção alguma. Ainda hoje, somos sacerdotes de Deus para ministrar a Ele e às pessoas ao nosso redor. Mesmo que não sejamos profetas, mas precisamos ouvir a Palavra de Deus e ter disposição de ser fiéis e obedientes no seu cumprimento. Igrejas, são agentes da voz e da vontade de Deus, ministros são canais para que a graça de Deus chegue às pessoas. Precisamos conhecer ao Senhor!

Pr Jason

Crescendo na Direção Certa

Meditação do dia 06/10/2015

I Sm 2.26E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se agradável, assim para com o Senhor, como também para com os homens.”

Crescendo na direção certa – A história de Samuel é um clássico da fé cristã. Modelo de consagração e dedicação a Deus. Uma vida inteiramente a serviço do reino e das pessoas. Olhando o contexto em que Samuel foi criado, humanamente diríamos que ele teria poucas chances de ser alguém de sucesso e vencer na vida. Por outro lado, sua vida tem todos os ingredientes que demonstram o cuidado e a capacidade de Deus de escrever uma grande história, ainda que tudo conspirasse para não dar errado. Samuel nasceu sob promessa de Deus em resposta às orações de Ana, sua mãe. Seu pai, um próspero cidadão, piedoso, e ao que tudo indica não interferia muito na condução das coisas em casa e concordou com tudo que sua esposa decidiu fazer e efetivamente fez. Assim que o garoto foi desmamado, foi levado para onde estava o tabernáculo e o sacerdócio, e o entregou aos cuidados de um senhor de idade avançada, muito piedoso, mas de pulso fraco com os filhos que eram corruptos e andavam por maus caminhos. Então, cá, pensando comigo mesmo e você, pensando sobre essa situação, seria aconselhável, uma mãe que deseja que seu filho seja consagrado a Deus e criado pelo sacerdote de sua fé, o entregasse a alguém nessas condições? Eli, o sacerdote, era idoso, e teria poucos anos de vida, que tipo de influencia ele iria exercer sobre uma criança, tirada da casa dos pais para ser criado não numa casa, mas num templo, e tendo como modelo de irmãos, dois rapazes de má reputação! Provavelmente você e eu diríamos que não fizesse isso, seria um erro! Todavia, a Bíblia diz que o jovem crescia e se tornava uma pessoa agradável, tanto para com Deus, como para com as pessoas. A despeito de todas as circunstancias desfavoráveis, Samuel achou o jeito certo de crescer e se tornar uma pessoa boa e produtiva. Então, usar as circunstancias ruins e os defeitos e problemas da família ou da infância para justificar os desacertos da vida adulta, não é legítimo. Quando conhecemos a Cristo e recebemos a vida nova que ele nos dá, verdadeiramente somos novas criaturas e as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo! Podemos reescrever a nossa história, partindo da paternidade de Deus e não da paternidade humana! Temos o potencial de ser alimentados pela graça e misericórdia disponível em Cristo, e não aceitarmos a fraqueza e defeitos geracionais para dizer que sou o produto final de uma linhagem decadente! Samuel se tornou gente boa, mesmo vivendo exposto a maus exemplos! Se temos direito de escolha, escolhamos o bem, o melhor!

Pr Jason

Do Fundo do Coração

Meditação do dia 05/10/2015

I Sm 1.13Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada.”

Do fundo do coração – O coração, ah! O coração! Como descrevê-lo ou como mensurá-lo? Desde os poetas, aos artistas de todas e quaisquer categorias, fazem alusão ao coração e de como ele é capaz de levar a pessoa a dimensões inimagináveis. Quando na direção certa, focado nos princípios certos, o coração é capaz de guiar para grandes coisas. Hoje, temos uma história que não fica de fora de nenhuma meditação sobre consagração a Deus. Ana, poderia ser aquilo que dizemos quando uma pessoa tem tudo para ser feliz e realizada, mas ainda faltava alguma coisa. Era casada com um bom homem, próspero, que a amava e cuidava bem dela e procurava atender-lhe os desejos e honrá-la como esposa. Numa cultura onde filhos eram bênçãos e ter filhos era sinônimo de ser abençoado por Deus e não ter filhos era exatamente o contrário; motivo para desgosto, humilhação e vergonha. Com uma cabeça ocidental moderna, é muito limitado a compreensão de tais coisas. Mas os antigos hebreus, firmaram sua cultura e seus valores sobre verdades reveladas por Deus aos patriarcas e eles perseguiam isso com todas as suas forças. Vou citar apenas duas dessas colunas de sua cultura de promessas: A primeira é a promessa messiânica, da vinda de um descendente adâmica, via hebreus, que seria o salvador da raça humana. Tendo isso em mente, eles valorizavam toda e qualquer coisa que viabilizasse o cumprimento dessa promessa em seus dias ou estarem preparando o caminho para que ela se cumprisse; por isso eles tinham regras tão rígidas quanto à moralidade sexual, casamentos puros entre a mesma raça e porque não, ter filhos, afinal, esse Messias seria filho de alguém deles. Isso veio a se cumprir com Maria e José, lá em Belém, a nossa história do natal. A segunda promessa era a que através deles Deus abençoaria todas as famílias da terra, portanto, para abençoarem, teriam que ser abençoados. Para eles, passar um legado de uma geração para outra era questão de honra e seria o meio de cada um contribuir para que o projeto maior fosse alcançado. Portanto, não ter filhos, não ter herança, não dar continuidade geracional era uma tragédia. Hoje, até os cristãos pensam que ter um filho, é meramente uma conquista de status, ou até um peso no orçamento e uma possibilidade de colocar alguém para sofrer e assim eles resolvem produzir e consumir tudo que podem com eles mesmos; numa escala de prioridades, ter filhos fica lá no fim da fila, depois de estudo, pós, casa própria, carro, móveis, promoção, estabilidade, etc e se sobrar tempo na agenda então pensão em filhos. O plano de Deus, é problema de Deus! Então foi derramar sua alma diante de Deus e falar com ele de todo o seu coração! Ela fez o certo, porque Deus concorda com ela: “Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jr 29.12,13). Lugar de abrir o coração e derramar a alma é diante de Deus, em oração. Muitos trocam a presença de Deus pelas redes sociais e lá expõem suas vidas para serem curtidas e comentadas por todos, incluindo quem não pode fazer muito ou nada por elas. Onde você expõe suas dores e necessidades do coração? Ana oferece um bom exemplo e um bom modelo. Experimente!

Pr Jason

A Bênção da Escolha Certa

Meditação do dia 04/10/2015

Rt 4.11E todo o povo que estava na porta, e os anciãos, disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de Israel; e porta-te valorosamente em Efrata, e faze-te nome afamado em Belém.”

A bênção da escolha certa – Todos os dias fazemos escolhas, muitas são circunstanciais e algumas delas são importantes e definitivas. Algumas decisões que tomamos muda completamente a nossa história e a de outras pessoas ao nosso redor. Daí a importância de se fazer boas escolhas, para que o futuro seja construído com marcas boas e abençoadoras. Quando escolhemos, por exemplo, mudar de casa, essa escolha tem à ver com a gente mesmo e nossas necessidades; mas também estou escolhendo ter novos vizinhos, novos contatos comerciais, novas rotas e essas circunstancias vão determinar novos padrões e até atitudes; vou influenciar e sofrer influencias. Rute escolheu mudar de país e veio morar numa cidade diferente, conheceu pessoas diferentes, se relacionou com pessoas que marcaram sua vida e até seu destino. Rute era uma mulher incrível, digo isso, pelas entrelinhas de sua história. Os hebreus eram extremamente exclusivistas e com muitas restrições à relacionamentos com estrangeiros. Ela cativou a família de Noemi quando eles foram para o pais dela e conquistou o coração de Malon, o filho mais velho de Noemi. Rute recebeu a bênção de fazer parte da vida de uma mulher piedosa e que a acolheu e a discipulou nos ensinos e costumes do povo de Deus; ela assimilou isso tão bem que não teve dúvidas quando teve a oportunidade de ir viver entre os hebreus, com a volta de Noemi, para Belém de Judá. Digo que ela era alguém muito especial, porque mesmo no meio daquela gente toda ela se destacou, ganhando respeito, consideração e apoio. Ela adotou e foi adotada. Neste evento de cunho legal, numa audiência pública para confirmar o processo de remissão da propriedade, todos os anciãos líderes e “todos” que estavam presentes, fizeram questão de abençoar Boaz, o remidor e dizer a ele desejavam que o seu casamento e sua vida familiar com Rute, fosse uma bênção e que ela se tornasse uma coluna da nação, tal qual Raquel e Lia, consideradas as matriarcas das doze tribos de Israel. Isso, definitivamente, não seria algo que eles diriam de qualquer mulher, especialmente uma “estrangeira.” Eles profetizaram que o nome de Boaz e seus descendentes, filhos de Rute se tornassem famosos em Belém. Pois é, o primeiro filho do casal, foi o avô de Davi – O maior Rei da história da nação, até hoje; O bisneto do filho de Rute e Boaz, filho de Davi, o rei Salomão, foi o homem mais sábio que o mundo já produziu; e para não ficar indo de passo em passo, Jesus Cristo, nasceu em Belém, descendente de Rute e Boaz! Quando Rute decidiu ser discipulada, ir para Belém, aceitar aqueles costumes, cuidar da sogra e levantar sustento com trabalho duro na roça catando bitucas, ela escolheu ser quem sabemos hoje que ela era! A nossa vida, não começa conosco, e também não acaba conosco mesmo! Quando escolhemos o bem, o certo, o honesto e descente, podemos estar escrevendo uma história que será recontada milhares de anos depois. Imagina, na eternidade, uma senhora simpática, gente boa, estender a mão ao te conhecer e se apresentar assim: “Olá, muito prazer, eu sou Rute, a moabita! E você quem é?”

Pr Jason

O Parente Remidor

Meditação do dia 03/10/2015

Rt 3.9E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor.”

O Parente Remidor – A redenção é o tema central da Bíblia, o plano eterno de Deus se realiza em Cristo, que veio a este mundo para ser o redentor, ele veio fazer remissão dos povos, isto é, comprar de volta para Deus, o que por direito lhe pertencia, mas foi perdido. Em cada um dos livros da Bíblia, há uma alusão simbólica da pessoa de Jesus, como o redentor da humanidade; só a titulo de informação: Em Gênesis ele é a Semente da Mulher; em Êxodo ele é o Cordeiro Pascal; em Levítico ele é o Sacrifício definitivo; em Números ele é a Rocha ferida; em Deuteronomio ele é o Profeta Semelhante a Moisés; em Josué ele é o Capitão Invencível; em Juízes ele é o Libertador de Israel e em Rute ele é o Parente Remidor.. e assim sucessivamente até Malaquias, sem falar no papel distinto dele revelado em cada um dos vinte e sete livros do Novo Testamento. O parente remidor é uma figura legal, com poderes de resgate e compra de direitos de parentes que se colocaram em condições de escravidão ou perda de patrimônio da herança familiar. As propriedades, tanto agrárias como escravos tinham prazo legal de validade, pois todos deveriam ser livres no ano do jubileu (a cada cinquenta anos), no intervalo, a pessoa poderia se autoredimir, caso alcançasse posses para isso; mas um parente de sangue, poderia à qualquer tempo, apresentar ao comprador o valor da remissão da propriedade (terra ou pessoa) e libertá-la; por força de lei o comprador era obrigado a devolver. Aqui as terras e propriedades da família de Noemi haviam sido vendidas ou perdidas e como ela ficara pobre, a única solução seria um parente com condições financeiras resgatá-la e devolver ao dono original. Esse parente remidor é uma figura da pessoa e obra de Jesus Cristo, que veio ao mundo para resgatar a propriedade de Deus, que somos nós, suas criaturas, mas que ficamos sob o domínio do pecado (e por trás do pecado está o Diabo). Como somos humanos, nascidos nesta terra e Jesus é Deus, portanto de família diferente da nossa; então para habilitar a ser o redentor, Jesus teria que se tornar humano, nascido aqui na terra e descendente real de seres humanos. Isso explica a encarnação de Jesus, nascido legitimamente de Maria e descendente direto de Adão, fato que o torna legitimamente humano e portanto nosso parente de sangue e apto a executar a ação judicial de resgate da propriedade perdida. O seu sacrifício na cruz foi o preço pago, aceito por Deus e incontestável pelo Diabo, que não pode mais legalmente manter sob seu domínio as pessoas. Toda vida, que hoje está escravizada ao pecado e ao diabo, está nessa condição por ignorância e por não reconhecer que sua redenção já foi feita; elas precisam constituir legalmente a Jesus como seu Senhor e Salvador, o seu representante, suficiente e capaz de fazer valer os direitos de quem nele confia. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (I Jo 2.1,2).

Pr Jason

Há Dignidade no Trabalho

Meditação do dia 02/10/2015

Rt 2.2E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, minha filha.”

Há dignidade no trabalho – Há quem diga que o trabalho dignifica, mas cansa; enquanto, a outros que defendem, que o trabalho cansa, mas dignifica, isso depende de qual ênfase, se quer dar, se ao trabalho ou a ociosidade! Outras dizem que assim que chegarem ao céu, querem ter um papo sério com Adão, porque ele inventou o trabalho! O que não é verdade, provavelmente Adão vai encaminhar tais reclamantes ao escritório central, para falar diretamente com o “Chefe,” pois a idéia de trabalhar é de Deus e é uma excelente idéia! Hoje, vamos poder pensar no trabalho feminino, no trabalho rural, e o texto daria para um sem número de proposições trabalhistas e antitrabalhistas. Mas queremos pensar no ser humano, e na conjuntura das coisas. Alguém disse, que precisamos estar no lugar exato onde a pessoa usada por Deus para nos abençoar nos veja. Isso é uma grande verdade, pois todos nós precisamos de contatos para chegarmos a outros lugares. Pense por exemplo, em algo bom que aconteceu na sua vida, e verá que estava em determinado lugar e certa pessoa te viu ali, e daquele contato outras portas foram se abrindo para você. Rute, uma jovem viúva, acabara de chegar ao país de sua sogra e sem contatos e precisando suprir necessidades imediatas, ela se propôs ir à luta, trabalhar e levantar sustento, afinal eram duas viúvas, e a outra era já mais idosa. Ela foi pra roça! Era agrônoma? Não! Engenheira de produção? Não! Capaz, chefe de turma de serviços braçais? Não! Diarista, peão? Não! Nem isso; Ele, na expectativa de encontrar uma lavoura sendo colhida e que o dono ou responsável fosse generoso o suficiente para permitir que ela rebuscasse atrás dos ceifeiros, algumas migalhas e sobras, e assim de pouquinho em pouquinho, juntasse o suficiente para comer. Eu admiro muito essa mulher! Como admiro tantas outras nos nossos dias que em frente as dificuldades e tragédias da vida, não se dão por vencidas e não procuram caminhos mais fáceis, nem tampouco ficam esperando que outros façam alguma coisa. Elas vão à luta; procuram trabalho, inventam suas próprias receitas, vão de porta em porta, mas levantam com muita dignidade o seu sustento e de seus filhos! Muitas delas acabam se descobrindo com empreendedoras e até prosperam na vida, gerando oportunidades para outras que como elas estão na luta. Que Deus abençoe essas valentes e guerreiras! Nossa nação está cheia delas! Ao decidir pelo trabalho, ela acionou a chave da bênção e da prosperidade para sua vida. Nessa tarefa que para muitos seria uma humilhação, ela encontrou pessoas boas, generosas que se importaram com ela e a favoreceram; e foi no trabalho que encontrou a solução, não só para seus problemas imediatos, mas ali ela encontrou a porta que a colocou na linhagem genética do Maior Rei da história de Israel, sendo ela até então uma “estrangeira” e também ela entrou para a linhagem de Cristo! Deus não faz acepção de pessoas, mas encontrar a bênção, passa pelo trabalho!

Pr Jason

(Correção: A referencia correta do texto de ontem é Rt 1.16)