Meditação do dia 03/04/2016
Ne 5.5 “Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas.”
Outro tipo de escravidão – A palavra “escravidão” não soa bem aos nossos ouvidos! Ela nos remete para um tempo e uma condição social da vida de pessoas que fere nossos modos civilizados de ser e pensar. Temos que estudar e conhecer a história para não permitir que os erros se repitam. Mas isso ainda está longe de ser uma página virada na história da raça humana e mesmo em nossos dias modernos elas acontecem debaixo da nossa barba e sob os olhares das autoridades internacionais, que preferem a política da boa vizinhança e do politicamente correto, do que enfrentar e apresentar soluções definitivas. Participei de um congresso cristão no mês passado, e ouvi relatórios, que para vergonha nossa, como raça humana e como igreja, deixa-se ainda muito a desejar. No Paquistão, índia e adjacências, pais são “obrigados” pela condição de penúria e miséria, a vender seus filhos, para pessoas que as cria para mão de obra em serviços como olarias, fazendo tijolos; crianças, na faixa de três anos de idade, já sendo mão de obra nesses trabalhos. Outras vão para mercados de pedintes, prostituição e tráfico de drogas, quando não para tráfico de órgãos humanos para transplantes. Uma igreja de Hong Kong está investindo no ministério de comprar de volta essas crianças e em profissionalizar e facilitar o acesso desses pais a melhores recursos e trabalhos para terem condições de sustentar suas famílias e não ter que chegar nesses extremos. Uma vidinha dessas lá é vendida por mil dólares. Quando vale um de seus filhos, ou sobrinhos? Neemias se viu nesse aperto, pois eles resgataram muitos patrícios para trazer de volta a Jerusalém e reconstruir a cidade e a nação, produzindo uma sociedade mais piedosa e bondosa que as anteriores, inclusive por um estilo de vida imoral e impiedoso é que eles foram levados em cativeiro. Depois de um certo tempo e de muito trabalho e vitórias, e a restauração estar em andamento, vem um relatório drástico, de que a situação estava tomando proporções de escravidão novamente. Sabemos que onde a crise, há oportunidades e onde há oportunidades, aparecem os oportunistas. Pessoas que voltaram do cativeiro, ainda que inicialmente com boas intenções, começaram a servir e ajudar outras pessoas sem apertos e dificuldades e isso acabou se institucionalizando e se tornou um “filão” comercial, uma mina de ganhar e lucrar. Havia pais, que já não tinham mais domínio e autoridade sob seus filhos e filhos, porque estavam comprometidos em servidão e controle tão severos, que já se configurava escravidão e isso entre patrícios defensores de uma mesma causa. Mas além, dessas condições que citei aqui, tem também outras formas de escravidão, como ao trabalho, aos prazeres da vida, à carreira profissional, aos vícios, aos sonhos e metas, que partindo de uma idéia tão boa e válida, vai tomando proporções tão escravagistas, que a pessoa se torna refém dela mesma e de seus planos. Em nome de um conforto e melhores condições de vida para a família, se torna vítima de tantas contas, carnês, boletos e compromissos, que mal dá tempo de respirar. Se você for cristão e estiver lendo isso e estiver numa situação idêntica, peça ajuda aos seus líderes e irmãos de fé mais experientes na vida. Não vale a pena! Não foi para isso que Jesus morreu e ressuscitou por ti e por mim.
Senhor, foi para a liberdade que fomos comprados por bom preço por ti lá na cruz; livra-nos de uma atitude de nos colocarmos de novo sob jugo de escravidão, seja para que causa for. Renova a fé e a esperança de que o Senhor pode fazer infinitamente mais do pedimos ou pensamos, segundo o seu poder que opera em nós. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason