Meditação do dia: 10/03/2021
“Depois lavou o seu rosto, e saiu; e conteve-se, e disse: Ponde pão.” (Gn 43.31)
Domínio Próprio – Para efeito de explicação, que de tempos em tempos julgo necessário fazer, essas meditações, são escritas com um propósito próprio de proporcionar apoio aos leitores no seu hábito devocional de meditar na Palavra de Deus. Aqui, ponderamos assuntos e temas diversos, todos tendo como pano de fundo a vida e a história de uma pessoa da Bíblia que viveu e experimentou a graça de Deus, tal qual nós mesmos. Estamos acompanhando sistematicamente agora a vida de José, o filho de Jacó, mais conhecido como “José do Egito;” mas não estamos produzindo uma biografia dele, ou próximo disso. Na verdade, seguimos suas ações e atitudes e procuramos alimento espiritual nessas iterações dele com Deus e com a história acontecendo ao seu redor. Isso é um subsídio para vocês aprofundarem no estudo e prática da meditação bíblica. Uma boa definição de meditação bíblica é: Um processo espiritual e mental de se digerir a Palavra de Deus de tal forma que se torne parte de nós. Para meditar, precisamos ler com atenção, mas também com intenção. Nos aprofundamos intencionalmente na observação, captando sempre que possível a intenção na mente do autor sagrado. Nesses últimos dias temos visto a oportunidade de lidar com fatores emocionais mostrados por José e seus irmãos; o que para alguns não tem espiritualidade alguma, para outros é um mapa da mina. Sempre lembrando que a graça e a unção do Espírito Santo é fator “sine qua non,” digo isso porque as vezes não ter mapa nenhum é melhor do que ter o mapa errado. O Espírito Santo é o Espírito da verdade, que sempre nos conduz a ela, sempre. Hoje temos oportunidade de discorrer um pouquinho sobre o domínio próprio, uma virtude preciosíssima, para quem reconhece valores de primeira grandeza. Olha o que diz o sábio rei Salomão: “Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32 KJ). Para os irmãos de tribo na Betânia do Paraná do começo dos anos 80, entendem o que me refiro aqui, quando a Dra. Yeda Harder nas suas aulas e especialmente na sua vida diária, se referia ao domínio próprio e às virtudes sob o domínio do Espírito Santo. Para mim, na época, calmo e sereno como um touro solto numa loja de porcelana, ela como que emoldurou num quadro esse tal de domínio próprio, o que me deu oportunidade de não apenas ler mais, aprender mais nas Escrituras sobre isso, mas também trabalhar intencionalmente sobre autocontrole. Aqui, José, assume a postura de recompor-se, voltar à sobriedade depois do que sugere uma crise de choro, ainda que de alegria e satisfação, ao ver ali, o irmão e por enquanto não poder dar um abraço e dizer, “sou eu, José.” Conter-se tinha a importância de manter a postura de homem equilibrado e sensato, num momento até cerimonial, onde ele mesmo oferecia um almoço oficial para convidados estrangeiros, que se esforçaram para lhe dar as garantias que ele mesmo pedira. Não se iludam, com uma falsa espiritualidade no uso dos dons e princípios da fé, onde aparências são mantidas no âmbito público, mas na vida particular e familiar, as cores tem outro tom. Piedade travestida nos cultos públicos e grosseira impiedade nos círculos íntimos e particulares. Deus é Senhor de nossas vidas na sua plenitude; não precisamos tentar esconder ou disfarçar as coisas. Precisamos de autenticidade em todo tempo e lugar.
Senhor, obrigado por cuidar dos detalhes que podem parecer simples e pequenos, mas fazem a diferença pelo potencial de influencia na vida de qual está ao nosso redor. Somos mordomos em todos os aspectos daquilo que nos foi confiado e prestaremos contas disso, no devido tempo e lugar. Oramos por graça e sabedoria para vencermos e mantermos o controle sobre nossas ações, emoções e vontades, para tua glória e honra, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason