Meditação do dia: 12/10/2022

“E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.” (Ex 12.6)

Sacrificado à Tarde – Não foi proposital a escolha desse texto para a meditação de ontem e hoje, mas é muito bom tratar desse tema de tão grande valor para a nossa fé, em se tratando do símbolo do sacrifício do cordeiro da páscoa, que veio personificado mais tarde na pessoa de Jesus lá na cruz. Estamos falando de redenção, mas também do culto em família; e não tem como pensar em família e deixar de fora as crianças e por falar nelas, hoje é o dia das crianças em todo o Brasil, por isso achei significativo estar meditando exatamente sobre esse tema, justamente hoje. Ontem, na meditação, abordamos o significado da “identificação” da família e especialmente das crianças com o animal guardado em casa. Aquela familiaridade, apreço e carinho torna o cordeirinho ou cabritinho, mais do que um animal de estimação, para elas, ele é um membro da família e quando chegar a tarde do décimo quarto dia, quanto o pai de família iniciar os preparativos para sacrificar o cordeiro, será um drama de todo tamanho. Por si só, matar um animal, causa comoção nas pessoas e em especial nas crianças; mas aquele ali é totalmente diferente! Elas vão implorar pela vida dele; vão sugerir ao pai que compre outro, busque outro… qualquer coisa, menos esse!!! Com certeza vai ter choro inconsolável… gente, é esse o aspecto que vai gerar reflexão naquela família, pois todos vão se identificar com a situação. Deus quis produzir nas pessoas uma idéia mínima ou o mais aproximado do que é ver um inocente sendo sacrificado em favor de outras vidas e até algumas que não estão nem aí, para aquilo tudo. Muitos sempre viveram alheios e distantes das verdades espirituais e seus pecados nunca os incomodaram, mesmo com o apelo da santidade de Deus. Mas aquele animalzinho amado, sendo degolado e seu sangue recolhido numa vasilha para ser aspergido nas portas das casas, é muito marcante e cruento mesmo! Isso é que deve acontecer com qualquer um de nós, ao refletir sobre o amor de Deus em enviar seu filho Jesus Cristo e vê-lo inocente sendo levado como cordeiro mudo ao matadouro… “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Is 53.7). Mesmo nós, cristãos, que já reconhecemos a Jesus como Senhor e Salvador, precisamos “sentir o drama” de como foi dolorido para Jesus, para Deus, o Pai. Essa preciosa salvação, que é de graça para nós, custou muito, mas muito mesmo para Deus. A páscoa, sem a identificação com o Cordeiro, em sua vida, morte e ressurreição, em seus pormenores, não tem um peso na experiencia da pessoa. O arrependimento e a confissão pode ser apenas um assentimento intelectual. A morte de Jesus na cruz é para impactar, produzir mudança de vida porque a pessoa entende e sente o quanto é grande o ano e a ofensa de seus pecados. Quanto mais a pessoa sente o peso de seus pecados, mais preciosa é para ela o valor da salvação oferecida por Deus. Se o pecado não é tão grave, então a salvação não é muito atrativa. Misericórdia, Senhor Jesus!!

Senhor, queremos nos arrepender de verdade de todos os nossos pecados e atitudes erradas para com o Senhor e aquilo que a tua Palavra diz que deve estar fora de nossas vidas. O Senhor tem toda a razão de nos ver como perdidos, desviados, desgarrados como ovelhas sem pastor. Mas em Cristo Jesus, fomos achados, acolhidos e amados para a salvação pela fé. Confessamos a nossa dependência do teu favor. Pedimos e aceitamos a sua ajuda, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason