Meditação do dia: 14/10/2022
“E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.” (Ex 12.7)
Como Se Come – Nossa meditação sobre a vida de Moisés e sua jornada para libertar os filhos de Israel da escravidão no Egito, nos conduz também a muitos assuntos paralelos, mas de suma importância na vida do povo de Deus, naqueles tempos e também na história e chega até nós com a mesma importância e significação. Somente que os rituais deles eram simbólicos de uma realidade que viria no futuro na pessoa de um enviado de Deus, que eles denominaram de Messias, ou o Cristo de Deus, que é a mesma pessoa anunciada em Gênesis, lá no Éden, como “A Semente da Mulher.” Na celebração da saída do povo liderados por Moisés, foi instituída uma cerimonia com rituais muito específicos para serem repetidos pelos israelitas de geração em geração, ano após anos, eternamente, o que é feito até hoje. A Páscoa judaica marca a sua libertação e seu começo como uma nação, propriedade exclusiva de Deus, para abençoar todas as nações e famílias da terra. Notamos que o Senhor tem uma forma de fazer com que a experiencia humana seja completa, sentida e compartilhada por todos os seus sentidos, de modo que a memória não seja apenas de repetir um ato, mas de reviver uma experiencia que marca e trás significação. Por isso mesmo, se fazia uma refeição, com um cardápio típico, mas com especificações próprias para aquilo que poderia apontar para a fé e as intenções de Deus para com eles e deles para com Deus. Fé e obediência andam sempre juntas. Procuro trazer à minha memória e aos meus sentidos as verdades expressas por cada elemento daquilo que Deus diz ter significado espiritual e devem ser recebidos como memoriais da sua graça e redenção em Cristo Jesus. Comer nos remete a coisas boas, mas também tem elementos de identificação. Nossos gostos e preferencias podem ser satisfeitos em todos dias que o nosso paladar, olfato, tato, visão e audição permite. A turma da gastronomia diz que uma boa experiencia de se comer começa com os olhos, pois as cores, a arrumação dos elementos, os tornam atrativos, então vem o olfato, pois somos apanhados pelo cheirinho delicioso das combinações perfeitas de elementos, temperaturas, temperos e combinação harmoniosa. Degustar é quase um detalhe. É assim que exercemos as preferencias e os gostos por comidas. Mas a Páscoa tem a vontade de Deus acima da nossa e sacrificamos nossos desejos e preferencias para uma participação de obediência e fé, renunciando aquilo que no dia a dia humano é do nosso jeito. Pode ser que alguém não goste de carne assada, comer pão feito sem fermento, porque ele não cresce e é mais duro, ou comer ervas e elementos amargos; pode ser que alguém não goste de comer em determinado horário e o mesmo pode ser pensado sobre sacrificar um animal, mesmo para alimentação, seja difícil para alguns. Tudo isso teria que ficar de lado para que apenas a fé se evidenciasse. “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.” Não pode ser de outro modo? NÂO! É assim que deve ser! Foi assim que Deus prescreveu, porque isso simboliza algo importante para nós mas também para Deus.
Senhor, obrigado pela compreensão que podemos ter da tua perfeita vontade e a força necessária para obedecermos com alegria e receber como bênção e privilégio. A obra da redenção é divina do começo ao fim e não podemos modificar, alterar ou desejar que seja do nosso jeito, com as nossas preferencias. Jesus teve que abrir mão de tudo, até da própria vida, para tudo desse certo. Te agradecemos, de coração, em nome daquele que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Amém.
Pr Jason