Assado No Fogo

Meditação do dia: 15/10/2022

“Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.” (Ex 12.9)

Assado No Fogo – Predileções, quem não as tem? De uns anos para cá, o churrasco se tornou uma mania nacional; aquilo que era uma comida típica dos sulistas, seguiu a tendência na “globalização nacional” e a indústria do churrasco vem crescendo gradativamente em todas as regiões e ainda assim, cada local e as vezes individualmente ele apresenta variações peculiares para agradar o paladar ou a conveniência de alguém. Ainda não me acostumei com o churrasco de carneiro, algo bastante apreciado aqui na região onde moramos; já o cabrito não é animal comum por essas bandas. Mas o nosso texto de meditação não nos propõe receitas de como fazer churrasco à moda oriental ou moda antiga. Aqui estão as raízes da mais significativa cerimonia que representa simbolicamente a obra da redenção, que Deus agora estava explicitando aos israelitas, para que tivessem uma experiencia de fé para que visualizassem melhor a realidade toda, que ainda estava por vir, mas eles seriam os guardiães dessa revelação. O animal tinha características próprias e adequadas, e o modo de ser sacrificado, preparado e consumido também. Não era arte da culinária, e sim uma cerimonia repleta de significação espiritual e por isso esses elementos deveriam ser observados rigorosamente, porque apontavam para aspectos da condição de vida dos participantes, mas especialmente revelar o valor e grandeza daquilo que o Messias seria e faria por toda a humanidade. A vida de servidão forçada e hostil, era revelada na forma do preparo – assado no fogo. Isso também tratava do sofrimento e da pressão que o Cristo sofreria. Todo o animal, com todas as partes seriam igualmente processadas, porque a redenção é para alcançar a pessoa toda, a humanidade inteira e o filho de Deus se entregou por completo como um sacrifício redentor. Comer ou celebrar a páscoa não pode ser levada a efeito valendo-se das nossas preferencias, gostos e hábitos, porque isso na verdade externaria o nosso egoísmo e vaidades pessoais, o nosso instinto de independência e rebeldia contra as instruções de Deus, como Adão fez no princípio e seus descendentes vem fazendo por toda a sua trajetória. Lá no Éden, Adão rejeitou a vontade de Deus e optou pela sua e assim nos conduziu por essa senda terrível do distanciamento do Criador. Lá no Getsêmani, um outro jardim, Jesus renunciou à sua vontade e optou pela vontade do Pai e assim nos reconduziu à sua presença e o retorno à comunhão. “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Dá para entender porque precisamos de conversão?

Obrigado Pai amado, por ter realizado um projeto tão completo, tão lindo, mas ao mesmo tempo tão doloroso na sua execução. Mas foi por essas feridas e esse sofrimento que encontramos a salvação e o perdão dos nossos pecados. Podemos compreender todo o sofrimento pelo qual Jesus teve que passar e suportar para a bênção chegasse até nós de forma tão graciosa e assim podemos voltar à comunhão com o Criador e nosso Deus. Obrigado, mesmo não entendendo tudo tão direitinho, mas o nosso coração fica agradecido por tudo que tem experimentado dessa redenção em Cristo Jesus. No nome dele, oramos com alegria e fé. Amém.

Pr Jason

Deixe um comentário