Meditação do dia: 14/03/2023

“E clamou Moisés ao Senhor, dizendo: Que farei a este povo? Daqui a pouco me apedrejará.” (Ex 17.4)

Risco de Vida – Seria risco de vida ou risco de perder a vida, nesse caso, risco de morte? Não dá para acreditar que Moisés fosse tão frágil emocionalmente à ponto de temer pela própria vida, estando em meio à sua família, amigos e muitas pessoas de bem. Nem tampouco podemos pensar que Moisés perdera ainda que momentaneamente a confiança em Deus sobre a sua proteção. O que podemos deduzir é que a massa ou a turba estava ficando fora de controle em seus acessos de fúria e descontentamento. Isso é claro, colocaria qualquer um que ela considerasse oposição, como alvo de ataques. Quando mais jovem, observei que a imaturidade faz com que as pessoas estando em grupos, são capazes de falar e fazerem coisas que individualmente, dificilmente elas fariam aquilo. Crianças de bom comportamento, sem a supervisão dos pais, em grupo com outras da mesma idade são capazes de fazerem coisas muito graves, o que ela jamais faria se estivesse só em companhia de familiares. Jovens se unem em gangues e ali coisas muito graves podem acontecer, porque há o incentivo e até a cobrança, ou chantagem emocional e ninguém quer se passar por fraco, medroso ou incapaz e além de quer o apoio do grupo. Moisés se viu diante de uma massa enfurecida, sedenta e revoltada. É difícil pensar que estamos falando de pessoas de fé e que estavam em busca de receber promessas de Deus e estando debaixo de uma nuvem literal que os abrigava do sol do deserto e iluminava na escuridão da noite, cientes que era a presença do Senhor no meio deles. Não podemos ser rígidos com eles, pois hoje, nem precisamos olhar par acima para ver uma nuvem, pois a presença gloriosa do Senhor está dentro de cada um de nós, através do Espírito Santo e ainda assim, vemos pessoas se desviando da fé, entrando por novas práticas religiosas em detrimento de todo o conhecimento adquirido; líderes que foram valentes de Deus, se entregando a pregar inconsistências doutrinárias por pura conveniência e alguns até afrontando a igreja de Deus e renegando a ação do Espírito Santo em suas vidas. Tal qual lá no deserto de Refidim, ainda hoje, podemos ter riscos perigosos que só a misericórdia de Deus pode nos livrar.

Senhor Deus e Pai, nós aprendemos e aprendemos e nem sempre isso resulta em melhor qualidade de vida e serviço ao teu reino. Sabemos que o justo deve viver pela fé e se ele recuar, o prazer do Senhor deixa de estar nele. Queremos ser e permanecer entre aqueles que perseveram na fé e na graça divina todos os dias mesmo quando falta água ou pão, ou somos ameaçados por adversários. A tua graça é suficiente para todos, só precisamos confiar. Oramos em fé em nome de Jesus, amém.

Pr Jason