Meditação do dia: 08/05/2023

“O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.” (Ex 18.17)

A Opinião de Jetro – Em um relacionamento quebrado, indiferente, com as duas partes um tanto distantes um do outro, essa fala de Jetro poderia ter uma outra conotação, que em termos atuais, desdobraria em bate-boca e desrespeito. De um lado estava um genro, líder, famoso, bem-sucedido, chamado por Deus, liderança inconteste e pessoa de estreita comunhão com Deus, como poucos na terra; do outro lado, o sogro, experiente na vida, pai de muitos filhos e que fora bem-sucedido na educação, com a aparente ausência da mãe, pro razões que não sabemos; era um sacerdote de Deus e fora um discipulador influente na vida d genro. Moisés poderia ficar chateado e dizer: Será que ele pensa que não sou bom o suficiente para a filha dele? Será que nada que faço é significativo para ele? Será que ele não considera as minhas habilidades, treinamentos e minha chamada por Deus? Depois de tudo que acabei de contar para ele sobre os acontecimentos da libertação e vitória sobre Faraó, ainda não bastam? Quero deixar claro que este argumento é jasoneano e isso jamais aconteceu com Moisés e a atitude dele foi altamente positiva, absorvendo a crítica como construtiva e vindo de alguém que se importava e tinha sabedoria suficiente para aconselhá-lo à qualquer momento e em quaisquer questões. O pastor Robert Lay do Ministério Igrejas em Células, se referia jocosamente aos ‘Ungidões,” aqueles líderes que “se acham” e se colocam acima do bem e do mal, intocáveis e inacessíveis aos demais mortais. Acredito que quando alguém perde a capacidade de aprender com pessoas mais simples e de posições funcionais abaixo da dela, essa pessoa chegou a um ponto perigoso da sua trajetória. Quem não está disposto a aprender, não está pronto para ensinar. Quem não sabe se submeter, não está pronto para liderar. Quem não aceita ouvir críticas, não está disposto a admitir que é humano, sujeito a falhas e ensinável. A verdade é que tudo o que sabemos, não é tudo o que existe. Pode haver outras maneiras de fazer o que fazemos de uma única maneira e como nunca aquilo foi submetido ao crivo da crítica ou observação de outros, permanece como inalterável. Aceitemos boas críticas e para isso, precisamos ouvir o que alguém nos diz, ela pode estar certa e nós também, mas ela tem uma visão de como melhorar aquilo e torna-la mais produtiva ou menos estressante.

Senhor Deus e Pai, graças damos por toda a ajuda que nos é colocada à disposição, através de pessoas que desconhecemos as suas capacidades e habilidades. Mesmo se não forem tão habilitadas quando nós, elas poderão ter uma visão diferenciada e poderá ser um instrumento de bênçãos para nossas vidas e nossa vocação. Em nome de Jesus, agradecemos, amém.

Pr Jason