Meditação do dia 27/07/2017
Mq 5.2 – “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
Tem Pão e Casa? – Alguém já bateu à sua porta pedindo pão? Provavelmente sim. Ter pão em casa é comum, natural e necessário. Pão é algo comum em todas as culturas e povos, desde os primórdios, até hoje, com pães industrializados e produzidos em linha de produção aos milhares. Todo mundo come pão e todo mundo precisa de pão. Tão popular é esse alimento que se torna sinônimo de muitas outras coisas ditas em todo lugar como: “Ganha pão” (Trabalho); “Pão de cada dia” (provisão diária); “Pão e água” (privação de nível básico); “Pão e circo” (comida e diversão); “Pão de lágrimas” (sustento sofrível); “Pão que o… amassou” (humilhação) – mas também tem o lado bom, com o “pão nosso de cada dia” que assegura o cuidado divino em suprir fielmente para os seus filhos; Tem o “Pão da vida” que Deus nos deu, que Cristo. É justamente dele que o profeta Miquéias fala no texto de hoje. Fiz todo esse longo percurso rodeando, rodeando para dizer que nome da cidade natal de Jesus, tem esse significado, Belém é “Casa de Pão.” Jesus, o pão da vida, nasceu justamente numa cidade que tem essa marca. Universalmente todos os homens precisam do pão diário para sua sobrevivência física e à partir daí, correr atrás das demais coisas. Dessa mesma forma, Jesus é a provisão de Deus para a vida de todas as pessoas. Na condição de ser espiritual, criado à semelhança do seu Criador, o homem necessita de alimento para seu ser mais íntimo e verdadeiro e nas palavras do próprio Senhor Jesus, “… Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus” (Lc 4.4). Fisicamente, precisamos de pão físico, alí da padaria ou feito em casa, para saciar a fome, por algum tempo, mas logo, precisaremos alimentar novamente. Tal qual a necessidade física e orgânica, espiritualmente também precisamos nutrir o nosso espírito, com alimento espiritual; aqui entra a leitura e meditação da Palavra de Deus, a oração, a comunhão, e outras disciplinas da fé. Os judeus, quando do seu êxodo, foram presenteados por Deus com o suprimento de um manjar que caia milagrosamente todas as manhas nos arredores do acampamento e as famílias recolhiam as porções necessárias para o dia, e por isso, diziam que era “Pão do céu,” por quarenta anos tiveram essa fonte de suprimento ininterrupto, conforme a promessa divina. “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não. E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã” (Ex(16.4,35). Jesus disse aos judeus de seus dias, que aquele não fora o verdadeiro pão do céu, pois ele era esse pão que desce do céu e dá vida eterna aos que dele experimentarem. O contrário do anterior, em que todos que comeram, vieram a morrer, mas agora não seria mais assim. “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo 6.48-51). Belém, uma pequena cidade, não aspirava grandes pretensões nas questões nacionais, mas Deus tinha planos maiores para ela. Dali originava a linhagem real de Davi e como tal, Jesus herdeiro do trono e profeticamente também viria a nascer ali. A história tem o seu modo próprio de fazer as coisas acontecerem, mas quem realmente a escreve, é Deus. Assim, o imperador romano decreto um censo populacional e obriga as pessoas a voltarem às suas origens e recadastrarem; isso aconteceu exatamente quando José e Maria estavam vivendo aquela experiência da anunciação para a chegada do Messias prometido. No culto judaico, havia a cerimonia dos pães da proposição, que ficavam expostos na presença de Deus e trocados à cada sábado, podendo os sacerdotes e familiares se alimentarem deles, que simbolizavam a provisão divina constante e permanente para o seu povo. Jesus é tudo isso para nós e para o mundo todo. Não pode faltar pão em casa, nunca e por nenhuma razão.
Obrigado Pai, pelo pão nosso de cada dia, tanto físico e material, como o Pão da vida, que é Jesus. Somos gratos pela vida eterna que ele nos concede ao crermos em sua vida e seu sacrifício. Obrigado, por não faltar pão em minha vida, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason