Meditação do dia 08/11/2017

Gn 5.5 – “E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu.”

 Nota de falecimento – Minha avó, faleceu a poucos meses atrás, na casa dos cento e doze anos de idade. Era muito celebrada por todos nós parentes, amigos e conhecidos. Especialmente pela lucidez e capacidades muito boas. Mantinha sua rotina de alimentação, cuidar da casa e especialmente sua rotina de oração e comunhão com Deus. Eu até costumava brincar que se meu pai chegasse em algum estabelecimento que limitasse idade para entrar, para acima de oitenta anos acompanhado dos pais, ele entraria numa boa. Agora Adão veio a falecer na casa dos novecentos e trinta anos, são muitos anos de vida! A esta altura, a família já era grande, com muitos filhos e filhas e certamente netos e bisnetos. Era a primeira pessoa a falecer de causas naturais no mundo (?). O primeiro e único homem na face da terra, criado artesanalmente por Deus, com o potencial de viver eternamente, mas que perdeu isso por uma escolha pessoal que contrariava as instruções recebidas. Adão também foi a primeira pessoa a se tornar mortal e entrar no processo de decadência física até culminar com sua morte. Aqui, então começa os funerais, os velórios, as homenagens póstumas, as lápides e um novo tipo de empreendimento imobiliário, o cemitério, que também evoluiu com o passar dos anos até chegar no que é hoje, uma indústria e um ramo de negócios altamente lucrativo e no Brasil, eivado de corrupção. A morte de Adão, não deixa de ser um marco na vida e na convivência humana, que passou a conviver com uma sombra indesejada, misteriosa e implacável, só conquistada mesmo por Cristo, porque ele veio para desfazer e reconquistar para Deus tudo o que o pecado havia destruído. Temos conhecimento de processos científicos em grande escala de investimentos e desenvolvimento cujo propósito principal é evitar a morte. Eles entendem que ela é como uma doença e como tal, pode-se encontrar uma cura. Há pessoas que acreditam tanto nisso, que adotaram procedimentos de congelamento, para no futuro serem despertados e curados para continuar. Não vou aqui entrar nem no campo da ética ou das ciências médicas e nem também negar os inequívocos progressos da tecnologia e das incríveis possibilidades que o futuro reserva. Mas de tudo o que acredito, a Palavra de Deus é minha fonte mais forte e firme e nela eu sustento minhas teses; uma vez que a Bíblia nos fala da enorme longevidade da vida nos tempos do milênio e de um futuro onde não haverá mais mortes, então o que hoje é ficção e utopia, não é necessariamente um devaneio insano. Mas por horas, o que está valendo é a mortalidade. “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hb 9.27). “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Co 15.22). A verdade é que um dia, todos morreremos, mas em todos os outros não! Então, vamos celebrar a vida, pois todos os dias nos foram dados para viver e em apenas um deles, o último, nós morreremos, e como estamos muito próximo da volta de Jesus, pode ser que nem passemos por isso. Mais motivos ainda para comemorar.

Graças damos, Senhor, pela vida e por tudo que ela nos trás. Hoje nossa vida tem e faz sentido, porque Jesus é isso e muito mais para nós. Obrigado por ter vencido a morte e garantido o direito a participarmos da ressurreição e viver para sempre com o Senhor, são ensinamentos que produzem consolação e esperança. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason