Meditação do dia 16/05/2019
“E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?” (Gn 25.32)
Para que serve isso? – Li sobre um morador de rua, nos Estados Unidos, que era muito conhecido nas redondezas, onde perambulava e certo dia foi encontrado sem vida no beco onde dormia em meio aqueles papelões. As autoridades vieram e levaram o corpo e entre os pertences pessoais, havia um cinturão largo que ele usava por muitos anos e até o distinguia. Para surpresa geral, descobriu-se que esse cinturão estava recheado de notas altas de dólares; uma quantia tal que ele poderia ter vivido em excelentes condições por muitos anos. Mas para ele era apenas um cinturão e sua única utilidade era cingir a roupa. Também já ouvi de uma senhora pobre que utilizava uma pedra para escorar a porta do seu barraco e depois alguém perito, descobriu que era na verdade uma enorme pepita de diamante. Para ela era só uma pedra e a única utilidade era mesmo escorar a porta. Estamos dizendo que o conceito de “tesouro, ou algo valioso” depende do conhecimento de quem possui. Foi assim com Esaú, que não via nenhuma utilidade em ser primogênito, já que estava com muita fome e comer era mais importante do que ser ou não mais velho ou mais novo entre dois irmãos. O que era descartável para
Esaú, era o objeto de desejo e realização de Jacó. Que valor as coisas espirituais tem para mim, para você? Os dons e oportunidades que nos são dadas, com que grau de preciosidade nos encaramos isso? Os dois filhos de Isaque foram instruídos quanto as alianças com Deus e o valor delas para a posteridade; Jacó assimilou o conceito de construir algo grande, maior do que ele, com alcance muito além dele e dos seus dias. Pela fé ele poderia vislumbrar os acontecimentos contidos na promessa e assim trabalhar com satisfação e ambição por fazer aquilo acontecer, mesmo que ele nos seus dias não desfrutaria dessa plenitude. Ele entendia que estou fazendo coisas para além do seu tempo e para a eternidade. Ele podia contemplar reis, profetas, sacerdotes, multidões de pessoas abençoadas e abençoadoras fazendo o conhecimento do Deus único e verdadeiro alcançar todas as famílias da terra, como prometido a Abraão. Esaú só pensava no seu estômago rocando de fome, e se não comesse agora, não tinha mais salvação e nem futuro. Me faz lembrar uma citação do Apóstolo Paulo, sobre os povos de Creta, citados por um poeta nativo e ele lembrava Tito desses fatos: “Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé” (Tt 1.12,13). Pessoas cheias de maus hábitos, costumes e vícios e quando o evangelho chega, eles se convertem e senão forem doutrinados, querem ser cristãos, seguidores de Jesus, com toda a bagagem velha com a qual estão acostumados. Paulo disse que precisavam ser repreendidos severamente para que se tornassem sãos na fé. O Evangelho que não transforma, não é o Evangelho de Cristo! Precisamos incentivar os irmãos a verem e reconhecer os verdadeiros valores da fé e da vida espiritual em Deus. Para que serve a oração? Para que serve o Jejum? Para que serve o perdão? Para que serve a generosidade? Para que serve a fidelidade, a perseverança…? Isso tem algum valor, qual, quanto?
Senhor abra os nossos entendimentos para que tenhamos verdadeiros discernimentos entre o bom e o melhor, entre o certo e o aceitável. Permita que cresçamos dia a dia e adotemos valores de adultos na fé. Agradecemos essa ajuda, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason