Meditação do dia: 22/01/2021
“E retirou-se deles e chorou. Depois tornou a eles, e falou-lhes, e tomou a Simeão dentre eles, e amarrou-o perante os seus olhos.” (Gn 42.24)
Simeão Foi o Escolhido – Já escrevi uma meditação sobre a pessoa de Simeão, e lá falei um pouco sobre essa situação, vendo-a do ponto de vista do próprio Simeão. Esse era o segundo filho de Jacó, já devia dever homem adulto, pai de família, quando aconteceu aquela situação onde os irmãos amotinaram contra José, relembrando que Rubem o irmão mais velho não concordou em nada daquilo que acontecera e até trabalhou por evitar e talvez por isso mesmo foi traído pelos demais, que venderam José para a caravana de mercadores que se dirigiam para o Egito. Hoje, ao meditarmos novamente nesse texto, agora do ponto de vista da história de José, podemos levar em consideração que não havia da parte do governador do Egito, nenhuma maldade proposital, deliberada contra os irmãos ou sobre um individualmente; ele estava trabalhando para montar um quebra-cabeças com as informações que poderia extrair deles enquanto eles ainda não desconfiavam de que estavam frente à frente com o próprio irmão desaparecido, ou melhor, que eles fizeram desaparecer. Todos eles estavam amaciados por três dias detidos, para refletir sob observação de José. Ele era muito sábio e experiente para saber até onde ir com o experimento, porque na verdade, não poderia apertar demais e provocar uma ruptura emocional, mental ou mesmo física. Pressão demais poderia ser prejudicial; dizem que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose! Creio que como eu, vocês, leitores, também tenham a mesma curiosidade de saber por Simeão foi o escolhido. Literalmente do texto não temos como inferir alguma coisa, mas nada impede que exercitemos nossa criatividade, pensar nos relacionamentos deles, durante os dezessete anos em que coexistiram. Sabemos dos atritos provocados pelos sonhos que José tivera e lhes contara, provocando revolta e hostilidade da parte deles e até mesmo deixado o pai um tanto quanto preocupado com a possível interpretação de tais sonhos. Então é aqui, que me apego às entrelinhas. Quem muitos irmãos e se é um dos mais novos, muito falante, sonhador e que venha recebendo resistência de todos, mesmo depois de muitos anos, agora já todos adultos, levando suas vidas distintas, é possível separar e distinguir como era o comportamento de cada um. Quem era mais amável, tolerante, ou impaciente e até quem maltratava e merecia maiores cuidados. É assim que vejo a escolha de José, ao voltar da sala do choro, falou com eles e deve ter dado o tom da proposta de como seria a liberação de nove deles para voltarem com abastecimento para suas famílias e trazer o irmão mais novo, como forma de comprovação de idoneidade. Ele não fez sorteio, nem deixou que alguém se voluntariasse ou fosse apontado. Ele separou Simeão e o amarrou diante de todos eles. Imagino, com minha mente fértil, que aquilo tinha um propósito pedagógico e mexer com a memória emocional deles, porque não havia necessidade do rapaz ser amarrado, ele ficaria detido, mas não amarrado com restrição de movimentos e também não oferecia resistência ao governador e à guarda que deveria estar ali presente. Também foi o próprio José que o amarrou! Isso para mim é que é a chave de tudo. O modo como José se dirigiu a ele, o pegou entre os irmãos e o amarrou deveria fazer todos eles lembrarem de uma cena que só eles sabiam como aconteceu à muitos anos atrás. Deve ter sido Simeão quem o amarrou no meio dos irmãos e o entregou em agonia aos mercadores. Ele iria se lembrar e perguntar: Como esse homem sabe disso, ou porque fez igual eu fiz com meu irmão? Os outros também teriam muito o que pensar no caminho de volta para casa. Queridos, essas coisas também devem nos fazer pensar sobre nossas ações no passado, no presente, para evitar dores no futuro. Alguém mais e maior que eles, havia presenciado tudo o que eles fizeram e estava na hora de acertar as coisas. Conosco também é assim!
Obrigado Pai, por ser Onipresente, Onisciente e Onipotente sempre e em todo tempo. Nossa fé nos assegura que tu és justo em todos os teus caminhos e santo em todas as tuas obras; assim só podemos esperar coisas boas de ti. Somos adoradores e servos do Senhor, nossas vidas estão em tuas mãos e estamos num processo de crescimento e desenvolvimento como pessoas e como agentes de transformação para abençoar outras vidas que estão próximas de nós. Queremos fazer o certo porque é certo e porque te agrada, concede-nos a sabedoria e o discernimento necessário. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason