Meditação do dia: 04/06/2021
“A ti, pois, é ordenado: Fazei isto: tomai vós da terra do Egito carros para vossos meninos, para vossas mulheres, e para vosso pai, e vinde.” (Gn 45.19)
Quando é a Hora de Começar? – O prazer ou se preferir, o dever do servo é servir e agradar ao seu senhor, estar sempre disponível, mesmo em sacrifício próprio. O único direito do servo é não ter nenhum direito, já diziam os colegas de seminário, nos bons tempos de internato. A condição de servo condiciona a pessoa a viver e servir naquele nível e naquele status social, econômico e emocional. Em muitos casos, essa condição era de fato uma escravidão, forçada, mercantil e eterna e hereditária. Em outros, ela era condicional, por razões diversas, alheias ou não à vontade da pessoa. Para nossa mentalidade ocidental, cheia dos direitos, sindicados, procons e processos abertos até para fechar processos, não nos identificamos com essas condições, mesmo que tenha havido escravidão institucionalizada no Brasil até 1888, e nesses últimos cento e trinta e três anos, se tem trabalhado para virar a página ou mesmo trocar o livro. José fora escravo, estilo mercadoria. Fora vendido pelos irmãos como se ele já fosse um escravo e levado ao Egito, foi vendido e comprado no mercado de escravos e lá serviu dos seus dezessete até os trinta anos até o dia em que compareceu diante de Faraó para interpretar o seu sonho. À partir daí, passou a ser um homem livre, mas comprometido em servir ao rei e ao país, para superarem a grave crise de fome e abastecimento que estava às portas. Um homem livre servindo, por amor, gratidão e por convicção de que estava servindo a Deus e aos seus propósitos. Ele percebeu que ali, no Egito, estava a rota de passagem do povo escolhido de Deus para chegarem à condição de ser uma nação para abençoarem o mundo todo. Gosto de pensar nesse enquadramento de visão de José, que partindo do pequeno até chegar ao máximo. O mesmo princípio mostrado na Nova Aliança: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito” (Lc 16;10). Sei que poucos conseguem alcançar essa maturidade e ver as coisas com a espiritualidade e a naturalidade que elas requerem. A promessa de se tornarem uma grande nação, multidões inumeráveis como as estrelas do céu ou as areias da praia, começou com um único individuo – Abraão. Ele acolheu a promessa de ser uma bênção para todas as famílias da terra. É uma missão gigantesca para ser assimilada por uma única pessoa, num mundo “primitivo” até então e com tamanha abrangência. Agora José estava nessa mesma sintonia, sabendo que antes de abençoar uma nação, é preciso abençoar uma casa, uma família, uma tribo, um povo e ir progredindo até abranger o infinito prometido. José passou por todas essas instancias iniciais, servindo a Potifar, ao capitão da guarda, aos servos pessoais de Faraó, ao próprio Faraó, o Egito e as nações vizinhas. Ao ser benção nessas instancias ele alcançou condições de abençoar seu povo e fazer mais por eles do que poderia mesmo estando na casa do pai. Nosso lugar inicial de fazer a diferença é onde estamos e não venha me falar que na atual condição você e eu não podemos ser bênçãos ou produzir influencia, não cola! As portas se abrem quando se abrem e não somos nós que fazemos elas abrirem, mas é Deus! Podemos ser excelentes surfistas, mas não criamos as ondas, elas se formam e então pegamos, desfrutamos ou somos engolidos por elas.
Senhor, obrigado por me permitir participar das tuas promessas e dos teus projetos. Te servir me dignifica e me honra. Ser servo de Deus é gratificante! Estar servindo nesse tempo, nesse lugar com essas pessoas é uma honra e um privilégio, obrigado por tudo isso, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason