Meditação do dia: 03/06/2021
“E tornai a vosso pai, e às vossas famílias, e vinde a mim; e eu vos darei o melhor da terra do Egito, e comereis da fartura da terra.” (Gn 45.178)
O Melhor da Terra – Não me dá nenhum prazer ou satisfação parecer um “desmancha-prazer,” como cantava o cantor e compositor Raul Seixas, ser uma Mosca na Sopa; mas não engulo fácil as narrativas descabidas de uma vida ideal em detrimento da vida real, onde as coisas realmente acontecem. Claro, estou falando do populismo barato pregado nos púlpitos de muitos templos e arrebanhando multidões para o campo raso das frustrações quando as coisas não funcionam. Não dão certo porque a receita não é bem aplicada e ao dourar a pílula ou adocicar um evangelho de conveniências, são omitidas as colunas principais. Nosso título da meditação de hoje, facilmente nos remete para uma profecia bíblica de Isaías que numa dura reprimenda aos israelitas pelas suas práticas de rituais e cerimonias de culto mas separadas por um padrão de vida rebelde, desobediente e distanciado daquilo que lhes fora ordenado; o profeta lhes transmite a palavra de Deus de que as mudanças de atitude produziram resultados abençoadores, mas dependeria de atitudes e decisões de mudanças. “Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra” (Is 1.19). Tem que querer, mas também tem que obedecer. A obediência precede a revelação, nunca se esqueçam disso. José e Faraó prometeram aos hebreus que viessem para habitar no Egito e seriam alocados no melhor das terras, onde poderiam comer da fartura ali existente. Muito bem! De que fartura eles se referiam? O que era esse melhor da terra do Egito? Você é daqueles que vê o copo sempre “meio cheio ou meio vazio?” Naqueles dias, por dois anos consecutivos e pelos próximos cinco anos, não havia fartura, não havia produtividade, nem plantações que vingassem e nem perspectivas, porque fora isso que Faraó vira no seu sonho, mostrado por Deus, o Deus de José e interpretado de forma acertiva e como tal, se cumpriram os sete anos de extrema fartura e abundancia onde eles recolheram em armazéns todo o excedente, para administrar os tempos de fome e escassez que viriam; e veio, já se passara dois anos, e foi aqui que apareceram Brothers de José. Seria preciso fé e trabalho, muito trabalho para transformar a promessa em realidade. Para agricultores, terra boa e fértil é muito bom, mas ainda assim precisa cultivá-la, plantar no tempo certo, cuidar zelosamente e fazer as colheitas e usar os procedimentos certos. As promessas de Deus para as pessoas de bênçãos e prosperidade, são legítimas, mas é preciso trabalhar, economizar, administrar bem, ser generosos e diligentes, senão mesmo vivendo sob promessas, a fome e a miséria se instala, tal qual em terra arrasada. Sou muito fã de um versículo de Provérbios: “O que oprime ao pobre para se engrandecer a si mesmo, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá” (Pv 22.16). Bancos, empresas de cartões de crédito, companhias de serviços de Agua e Energia, grandes redes de lojas etc. são ricos; mas cada vez que você atrasa faturas e paga juros abusivos, está tirando de você mesmo para dar para o rico. Quando você não faz o justo com quem te presta serviços e ele depende daquilo para sobreviver, está tirando do pobre; nos dois casos esse princípio funcionará e te levará para a pobreza e não para a bênção e a prosperidade. De pequenas multas e taxas extras e juros sobre juros ao dividir em “suadas prestações” a pessoa deixa a bênção dada por Deus nas mãos de quem não precisa, mas de grão em grão eles vão enchendo o papo. A bênção da prosperidade financeira vem precedida por uma vida de boa gestão e disciplina. O prazer imediato custa caro.
Obrigado pai amado, por nos dar as tuas promessas e junto com elas a possibilidade de trabalharmos bem aquilo que bem às nossas mãos. Agradecemos os princípios de boa administração que a tua Palavra disponibiliza para uma efetiva mordomia de todos os bens, talentos e oportunidades que estão sob nossa responsabilidade. Obrigado, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason