Meditação do dia: 12/06/2021
“E despediu os seus irmãos, e partiram; e disse-lhes: Não contendais pelo caminho.” (Gn 45.24)
Não Contender – Por mais incrível que pareça, já fui adolescente, já fui implicante, briguento e pirracento, como bom goiano dava um boi para não entrar numa briga e dava uma boiada para não sair dela. Mas antes que imaginem um jovem problemático e candidato à Febem, se é que existia isso naquela época; não é nada disso. Tudo isso era em teoria e bate-boca, mais trovão do que chuva mesmo! Mas tudo isso em casa, com os irmãos e irmãs, porque fora, era muito medroso e assustado, sem contar com as incontáveis promessas do seu Arnaldo e dona Alice: “Se brigar na rua e bater em alguém, vai apanhar em casa e se apanhar na rua, vai apanhar de novo quando chegar!” Com um incentivo desses e sem os direitos da criança e do adolescente, já que os pais eram e tinham a vara da infância e adolescência, com plenos poderes, não tive muitos motivos ir às vias de fato. Em casa, meu irmão, hoje o pastor Jair Gomes, dois anos mais velho, amadureceu primeiro e deixou de aceitar as minhas provocações e como brigar sozinho não tem graça, as coisas se ajeitaram logo. Sou muito grato pela vida e atitude dele, que por sinal é um grande homem e excelente ministro do Evangelho em todos os sentidos. Sua integridade e caráter nos orgulha e motiva seguir seu exemplo. Lá nas bandas de Canaã as coisas não foram muito diferentes do que tem sido em outras partes do mundo onde existem famílias; fato esse que nos trouxe à história de José e seus irmãos até esse ponto. Mas nos apegando ao fato do dia, após tudo acertado e combinado entre eles, era hora de partirem para casa com a proposta de voltarem em breve trazendo todos da família e agregados. José lhes fez a recomendação: “: Não contendais pelo caminho.” Nem precisamos de revelação para saber as razões, mas uma boa ajuda do Espírito Santo para conceder discernimento e aprendizagem, isso não dispensaremos de forma alguma. Pelo andar dos acontecimentos, já fazia uns bons dias que eles não estiveram à sós, entre si, num ambiente que lhes permitissem discutir e argumentar coisas dos últimos acontecimentos. Eram hóspedes do governador e cercados de cuidados e mimos, gente de serviço e novidades em sequencia, não lhes permitiam concentrarem atenções nos seus próprios problemas. Com a viagem, tinham todo o trajeto e muito tempo disponível para colocar as diferenças em ordem. Um olhar, uma palavra ou uma pergunta com viés de acusação ou condenação seria suficiente para desencadear um incêndio de contendas e intrigas, novas e antigas. Alguém poderia sugerir que tinha começado tudo aquilo; alguém poderia dizer que nunca quis fazer parte daquilo e outros quem sabe, simplesmente incluiriam a todos: “Todos fizemos, todos negamos, todos mentimos e todos fizemos mal a José e ninguém pode se esquivar!” O mal faz de tudo para empurrar as pessoas a ultrapassarem os limites e quando sofre resistência forte e percebe que não irá alcançar seus intentos, faz de tudo para puxar e impedir que fiquem próximo do bem, de preferencia, muito aquém do necessário. Os dez filhos de Jacó convencionaram que não fizeram nada e nem sabiam de nada sobre o desaparecimento de José e muito menos do seu paradeiro; agora todos eles estavam convictos de sabiam demais e fizeram mais do que qualquer medida de sanidade permitiria e as consequências estavam as portas. Eles se chantagearam entre si e se obrigaram ao silencio, mas não tinham como calar Benjamim agora e muito menos explicar ao pai tudo o que estava chegando na sua porta. A teoria jasoneana é que “um dia o boleto chega!” Eles esconderam deles mesmos, de Jacó, de Benjamim e até de José, mas alguém lá em cima estava vendo e sabendo de tudo, aliás, estava no controle e comando de tudo. “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (Sl 139.7). Não podemos esquecer as palavras de Jesus também: “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado” (Lc 12;2,3). A opção cristã piedosa, não é apenas não produzir ou entrar em contendas, mas criar ambientes saudáveis e edificantes, que produzem crescimento e libertação para as vidas enlaçadas por hábitos destrutivos nos relacionamentos. “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos” (2 Tm 2.24-26).
Deus e Pai, nos te adoramos com as nossas vidas e atitudes construtivas e de boas relações com as pessoas que são companheiras de caminhada na jornada da vida. Estamos aqui para um propósito muito especial e queremos fazer de nossas vidas, motivos de bênçãos para as pessoas e elos saudáveis para tantos outros se aproximem de ti e evitem o mal e o dano eterno de suas almas. Obrigado pela obra maravilhosa do Espírito Santo nos guiando à toda a verdade, nos consolando e confortando em todo tempo. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason