Meditação do dia: 03/07/2021
“E trouxe José a Jacó, seu pai, e o apresentou a Faraó; e Jacó abençoou a Faraó.” (Gn 47.7)
José, Jacó e Faraó – Um encontro de notáveis, diria eu para descrever essa audiência no palácio do rei do Egito. Esse texto bíblico é um daqueles que já descrevi em outras meditações, que são joias raras, preciosidades esparsas no meio de tanta riqueza que a Bíblia expõe. Há uma sabedoria sobre o conhecimento, ou melhor, sobre o domínio do conhecimento que assevera que “tudo que eu sei não é tudo que existe!” Tanto a beleza quanto a riqueza estão ao alcance dos olhos e do coração de quem percebe. Aquele encontro não era um ato de estado, nem tampouco uma audiência de trabalho. Até bem pouco tempo seria algo impensável para aqueles três homens. Faraó não sabia que José tinha uma família e José não alimentava muitas esperanças de encontrar um dia seu velho pai, embora as promessas da aliança e as razões porque Deus o sustentara ali na terra de sua aflição não seria em vão e seu coração acolhia isso em fé. Jacó, desiludira-se de encontrar vivo seu filho amado e se satisfaria com bem menos, só em saber alguma notícia sobre ele, já o levaria a descansar em paz. Em poucos dias nasceram novas esperanças e ressuscitaram velhos sonhos e nenhuma oportunidade poderia ser perdida e José investiu o que pode para materializar tudo aquilo. Podemos dar asas à imaginação e perceber um clima de alegria, euforia e ansiedade para ver novos momentos e o que eles proporcionariam. Pode ser que a corte toda e nobres e plebeus passaram a ter uma expectativa de saber mais, querer o bem que faria José se sentir recompensado por um reino inteiro. Olhar e contemplar a curiosidade da nobreza por saber quem seria o ancião que criou um filho capaz de se doar e ser tão magnânimo a ponto de salvar milhares de vida com seu trabalho e administração. Diz-se que os cavacos não caem longe do pau, no sentido de que os filhos de alguma forma se assemelham com seus pais e revelam traços perceptíveis; por isso Jacó já era querido e bem visto e o próprio Faraó tinha prazer em recebe-lo e demonstrar generosidade e gratidão. Para José, estar com o Rei era rotina de trabalho, mas agora era especial, porque de todas as apresentações feitas ao soberano, isso era o de mais precioso que ele poderia fazer. Jacó, certamente tinha grandeza de estadista e gratidão no coração pela pessoa que tornara possível os sonhos de José e agora abraçava toda a família dando proteção que precisavam para crescerem e se tornaram uma bênção para todas as nações. Aquilo ali, era uma semente, daquelas que demoram para germinar, levam anos para crescer e frutificar, mas que sobrevive e produz por milhares de anos. Ali estava o Egito e Israel – lado a lado – frente à frente! Hoje são nações fronteiriças, lado a lado – frente a frente, mas a balança da grandiosidade de um ficou só na história, nos museus, nas pirâmides e na contemplação do glorioso passado. Israel é o presente, o incógnita, que continua desafiando gigantes e impondo respeito; é o futuro da ciência, da tecnologia, da fé e das promessas daquele que não falha! “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer” (Pv 21.1).
Te adoramos, ó Deus soberano e fiel! Justo és em todos os teus caminhos e santo em todas as tuas obras. Somos gratos pela nossa história, porque cada capítulo foi planejado pelo melhor roteirista; nossas vidas fazem sentido e tem valor, justamente porque estás presente nelas. Deus é o nosso refugio e fortaleza, o socorro bem presente nos momentos de angústia. Obrigado pela história de Jacó, de José, do Jason e de cada um dos teus filhos; estamos aqui para cumprir um propósito e o aceitamos de bom grado e seremos fiéis a ti e à tua Palavra. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason