Meditação do dia: 19/08/2021
“Chegando eles, pois, à eira de Atade, que está além do Jordão, fizeram um grande e dolorido pranto; e fez a seu pai uma grande lamentação por sete dias.” (Gn 50.10)
Grande e Dolorido Pranto – A vida tem nos ensinado que cada povo e cada cultura tem seus valores que são expressos de forma natural e apropriados nas ocasiões em que deles se necessitam. Em muitas situações, aquilo que é estimado como precioso e digno de respeito em uma cultura, pode não ter o mesmo peso em outra e assim, vai acontecendo com povos e lugares por toda a terra. Os tempos e as necessidades também adaptam os rituais e assim vão se processando modificações, ou variações que por fim se tornam mudanças. Pensando em um tema como a morte, o processo de velar e sepultar ou outra destinação dos restos mortais, percebo que quando criança, e ao menos no interior do Brasil, os corpos eram sepultados em uma cova funda, de sete palmos de profundidade (+ – 1.54m); medida essa que servia até para significar que alguém estava morto. Hoje, me parece que as covas são rasas e também há outras opções de destinação, como cremação do corpo e guardar-se as cinzas, ou sepultá-las em local preferido da pessoa em vida ou mesmo jogá-las ao mar ou satisfazendo a última vontade do falecido. Jacó teve um funeral digno de um chefe de estado de grandes influencias e prestígio, pois José tinha meios disponíveis para embalsamar o corpo, segundo os conhecimentos científicos da época pelos egípcios, podendo assim preserva-lo bem para ser transportado para sua última morada em sola da Terra de Canaã. Houve rituais da cultura egípcia, ao menos no que tange a tempos e prazos de luto necessários antes do sepultamento. Também é verificado o ritual da fé hebraica daqueles tempos, com a família lamentando e pranteado. As ciências comportamentais preconizam a importância de um processo completo e respeitoso desse período para que as pessoas que realmente estão envolvidas e são próximas daquele ente querido que veio a falecer, possa se organizar interiormente e ajustar as medidas e o comportamento de agora em diante sem mais a presença e a influencia física daquela pessoa. Para os cristãos de matriz evangélica, é muito importante a assimilação das verdades bíblicas e doutrinárias da Nova Aliança, da qual fazemos parte. Segundo o apóstolo São Paulo, “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Rm 14.8,9). Também falando aos cristãos de origem grega, que vieram de uma vida de fé politeísta e eivada de mitologia sobre mortos e lugares dos mortos, ele resumiu bem a esperança que Cristo oferece e que serve de consolação para todos nós até à sua volta. “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.13,18). Sua esperança está firmada e fundamentada naquilo que você verdadeiramente acredita. Uma boa filosofia de vida, morte, eternidade etc. pode não servir de consolo na hora que mais se precisar. Em Cristo e nas verdades do Evangelho, sim, isso é possível e realizável.
Deus eterno e soberano sobre as nossas vidas; te louvamos e agradecemos pela vida e por tudo que ela nos oferece para este tempo e para a eternidade. Em Cristo todas as coisas se fizeram novas e podemos experimentar um agir da tua graça e bondade, mesmo sem o nosso merecimento. Queremos honrar ao Senhor com nossas vidas e servi-lo com amor e fé, para evidenciarmos o quanto é importante a obra realizada por Cristo na cruz. Temos esperança e nos norteamos por ela, sabendo que é segura e firme, porque poderoso é aquele que nos fez as promessas. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason