Embalsamaram José

Meditação do dia: 06/09/2021

“E morreu José da idade de cento e dez anos, e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito.” (Gn 50.26)

Embalsamaram José – Pela história antiga dos povos do Oriente, e mais especificamente os egípcios, os cuidados nos rituais fúnebres seguiam padrões que diferenciavam os nobres dos plebeus, a classe social a quem pertencera e o poder e riqueza que detinha em vida. No caso dos reis e faraós, a competição por grandeza e superar os anteriores ou rivais então, assumiam proporções assombrosas. Também se observa a crença deles sobre a vida pós-morte e a superstição de como viveriam e seriam recebidos do outro lado. Por isso haviam provisões de alimentos, riquezas e armas disponibilizadas junto ao corpo, que era cuidadosa e cientificamente preparado. José, que serviu durante o reinado de um faraó de origem Hicso. (São conhecidos pelo nome de hicsos um grupo misto semita-asiático que se estabeleceu no norte do Egito durante o século XVIII a.C. Por volta de 1630 a.C., tomaram o poder, e seus reis governaram o Egito como a décima quinta dinastia (c. 1630-1521 a.C.). Muitos historiadores aceitam que essa origem semita-asiático do faraó, facilitou em muito a aceitação e a boa convivência com José e até com sua família, convidada posteriormente para imigrar. Pela persona que se tornou no Egito, diante da corte e dos súditos de todos os níveis e classes sociais, José ao falecer mereceu todas as honras e glórias que eles prestariam a alguém daquele quilate. Mas ao que percebemos nas entrelinhas dos nossos textos sagrados, é que José optou por algo infinitamente mais simples e muito abaixo dos padrões da época e de sua condição social. Tudo por sua fé e a crença consagrada de que Deus dera a ele uma herança maior e melhor, e pela fé ele  tomara posse e se deixou preparado para a mudança, quando todos retornassem. Podemos concluir sem muitos alardes, de que se José fosse apegado a seus direitos e exigisse as benesses temporais e materiais ele com certeza, teria construído ainda em vida, ou fariam para ele um túmulo nos moldes dos que conhecemos pela história. José poderia ter a sua própria pirâmide, mausoléu, ou outra edificação que marcava território, poder e grandeza. Na verdade, as pessoas grandes, são grandes exatamente por suas posturas coerentes em todo tempo. Ele entrou no Egito acorrentado como escravo levado ao mercado e escolheu sair ensacado, um feixe de ossos, voltando para casa, para o tempo e a eternidade. As glórias do Egito e dessa vida, são passageiras, mas as promessas de Deus são eternas e gloriosas na melhor acepção da palavra. Ele é tratado por nós, a título de identificação, como José do Egito, mas sabemos que sempre foi José de Canaã, da  Terra Prometida. O Egito foi o seu lugar de serviço, ministério e cumprir um propósito, mas o seu coração e a sua fé sempre estiveram na promessa de Deus. Vida de peregrino, quem só está de passagem, por a sua verdadeira pátria está bem mais à frente. “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hb 11.13).

Senhor, agradecemos pela historia da nossa vida, por ela acontecer no tempo e no lugar que foi determinado por ti e serve a propósitos até maiores do que a nossa capacidade de compreender. Mas somos gratos porque, mesmo quando não entendemos, podemos aceitar pela fé, que o nosso Deus está no controle de todas as coisas e tudo acabará bem e o reino será estabelecido. Graças pela bênção de termos pessoas com a capacidade de amar e servir como foi José e tantos outros; eles foram fiéis e produtivos nos seus tempos e lugares, agora é a minha vez, a nossa vez e buscamos discernimento e capacidade que venha do alto, para sermos tudo aquilo para o qual fomos criados, sustentados, chamados e equipados para ser e fazermos. Te louvamos e agradecemos, no precioso nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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