Meditação do dia: 04/10/2021
“Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.” (Êx 1.14)
Vida Amarga Pela Servidão – Estamos introduzindo uma série de meditações sobre Moisés, o Libertador de Israel. Vamos procurar nos ver dentro do quadro total do contexto em que as coisas aconteceram. A regra básica é que para haver libertação, alguém ou alguma coisa precisa estar presa, sujeita contra a sua vontade e em condições tais que não consiga por si mesma sair de tal condição. Olhando a história antiga e dos tempos bíblicos, com um olhar e um coração piedoso, podemos de fato extrair muito aprendizado e enriquecer a nossa experiencia espiritual, porque Deus estava envolvido em todo tempo e no todo daquilo que seu povo estava passando. Chamo a sua atenção, como também a minha, para não tentarmos ligar os pontos sob a luz da história atual e de nossos atuais valores morais, humanos e até mesmo espirituais à luz da Nova Aliança e na dispensação da graça de Deus em Cristo. História precisa ser estudada e vista como história; são fatos passados, já acontecidos e num passado distante. O grande proveito do estudo é para aprendermos e não permitirmos que os mesmos erros sejam cometidos no presente ou no futuro. Uma rápida pincelada na história dos hebreus, nos ajudará a nos situarmos onde entendemos estar e de onde partiremos para a nossa próxima etapa de acompanhamento da vida e das ações de Moisés e seu povo. Abraão, iniciou uma clã familiar e viveu como peregrino circulando na terra de Canaã, que ele recebeu de Deus como promessa para ele, seus filhos e os filhos de seus filhos até se tornarem uma grande nação, como as estrelas do céu ou as areias da praia. “Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência” (Gn 15.5). Esta mesma promessa foi repetida a seu filho Isaque, que também viveu livremente vagueando na Terra Prometida. “Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai;
E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra” (Gn 26.3,4). Jacó ou Israel, que veio a ser o patriarca que deu nome à nação, também recebeu a confirmação da promessa e da multiplicação de sua descendência. Na primeira noite após sua saída da casa de seus pais, à caminho de Harã, ele teve um sonho no qual Deus lhe apareceu e lhe falou: “E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 28.13,14). Os anos se passaram e quando estavam em número de setenta (70) pessoas, foram para o Egito, à convite de José, um dos doze filhos de Jacó e governador do Egito, sob as bênçãos do Faraó reinante. Por varias gerações eles viveram livres, protegidos e sob o governo de alguém. Esse tempo foi bom para o crescimento numérico, mas também produziu uma absorção de cultura e costumes estranhos à sua fé e ao culto ao Verdadeiro e único Deus, como cultivado pelos patriarcas e objeto de alianças sagradas e eternas. Estamos falando de acomodação, negligencia e afastamento das bases que sustentariam uma futura nação. Para mudar isso, seria necessário mudar os tempos e os reis e esse povo ter experiencias que lhes trouxessem de volta ao que já conheciam e proporcionar-lhes a experiencia de conhecer a importância de uma estrutura de estado e de governo. Sabendo o que um governo tirano e opressor é capaz de fazer, é possível aprender como construir um governo justo e com leis boas e práticas que levem em conta todos os aspectos de uma sociedade. Assim, como quanto mais densas as trevas, mais preciosa é a luz; também quando mais duro é o jugo e a opressão, mais preciosa é a liberdade. Somente quem sobre sob a culpa e a condenação, sabe o quanto é maravilhosa a salvação. No dizer do cotidiano, “quem não está perdido, não procura caminhos!” A vida amarga e dura sob o jugo da escravidão seria ideal para despertar neles a fome e a sede pelas promessas de serem herdeiros de uma terra onde manava leite e mel. Aqui, nessas condições seriam forjados os líderes e as condições para conhecerem o Deus a quem seus antepassados serviram com dedicação e fidelidade. Precisamos refletir sobre isso, porque somos as pessoas de um tempo de transição na história e já percebemos que perdemos conquistas que foram nossas e que nossos filhos e as futuras gerações enfrentarão condições mais adversas e mais terríveis do enfrentamos e que eles nem imaginam. Ore por discernimento e sabedoria para os tempos e as oportunidades das novas gerações.
Senhor, somos gratos pela vida e as condições que permitistes acontecer em nossas vidas e que nos trouxeram até a ti e a reconhecermos sua soberania, graça e bênçãos. Estamos num tempo de transição na história humana e embora haja tanto saber, progresso e riquezas, tudo isso está mal distribuído e sobra de um lado e falta de outro e como igreja, precisamos ser sal e luz e fazermos a diferença para o bem e a paz. Estamos conscientes dos tempos e da volta de Cristo para consumar a redenção efetuada na cruz. Pedimos sabedoria e discernimento para guiar os novos líderes e as novas gerações para não te perderem de vista. Oramos em fé, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason