Meditação do dia: 30/10/2021
“Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.” (Êx 2.9)
Remuneração Maternal – Gente mais brilhante do que eu e com melhores pesquisas e recursos já trabalharam na idéia de quanto vale o trabalho de uma mãe, e por mais que sejam generosos, ainda é difícil dizer ou calcular uma remuneração que chegue perto do valor que poderia ser considerado adequado. Que bom que não se tem isso em números, porque eles são muito frios, exatos e por vezes dizem tudo sem deixar margem para dúvida e outras não exatos demais para serem considerados honestos ou justos. Nem tudo pode se resumir a números! Quando pensamos em salário ou pagamento, em termos de compensação por serviços prestados, mesmo trabalhando com um viés espiritual, nossa mente tem algumas citações que se apresenta em primeira mão. Uma delas quem trabalha merece ser recompensado por isso: “Digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.18). Uma outra que é muito importante, é que esse pagamento não deve ser retido para benefício inescrupuloso do contratante: “Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua terra e nas tuas portas. No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado” (Dt 24.14,15). Nos tempos da expansão da igreja, ainda nos tempos apostólicos, esse mal persistia na sociedade e era uma causa que o cristão foi advertido nos ensinos apostólicos: “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos” (Tg 5.4). A princesa egípcia contratou uma ama hebreia para que criasse o bebê que ela encontrou numa arca feita de juncos nas margens do rio e que ela adotou como seu. Certamente aquela mulher estaria feliz e se sentiria realizada tão somente se a princesa tivesse dado o bebê a ela e a autorizado ao cria-lo. Já teria sido uma grande vitória da sua fé e uma recompensa pelo seu esforço de lutar pela vida daquela criança. Mas agora ele se tornara uma criança pertencente à nobreza e deveria ser criado como tal. A Bíblia não discute a forma como as coisas foram acordadas entre as partes, mas os precedentes históricos, talvez mais baseados na tradição, sustentaria a primeira narrativa, que ele fora criado pela mãe em sua própria casa até ser desmamado e assim levado em definitivo para o palácio. Outra versão plausível, é que provavelmente a mãe tivesse acesso autorizado a cuidar dele sob os olhares da princesa. Sem entrar em méritos ou deméritos, emocionalmente, sou mais inclinado a segunda opção, porque assim, o vínculo da princesa com ele fora fortalecido dia a dia, de forma que após o tempo de amamentação, ele se adaptaria sem maiores traumas no palácio e com ela como mãe. A versão dele passar toda a primeira infância com os pais também tem forte apelo da cultura hebraica, porque eles foram muito hábeis em formar valores de fé e de conhecimento de seus valores no pequeno bebê, de tal forma que anos mais tarde, depois de toda a educação e convivência, o apelo interior despertou nele o anseio por respostas, que o levou a encontrar sua verdadeira origem e fazer a opção que é a narrativa bíblica. “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa” (Hb 11.24-26). O certo é que alguém fez um belo trabalho!
Pai, obrigado por cuidar de nós e das coisas que tornam a nossa vida e existencia cheia de significado e assim pode cumprir um propósito tão especial, escolhido e dirigido por ti. Obrigado por me permitir fazer parte dos teus planos. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason