Meditação do dia: 21/09/2022
“E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim, guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque no dia em que vires o meu rosto, morrerás.” (Ex 10.28)
Faraó Sendo Faraó – Quero manter sempre em vista para todos nós que estamos meditando, seguindo o bonde da história da libertação do povo israelita do seu cativeiro no Egito. Nosso propósito é ir aprendendo passo a passo com os fatos e acontecimentos da experiencia deles. Ao fazer isso, observamos os paralelos que podem ser estabelecidos com a nossa própria experiencia de vida, com a vida cristã, com as atividades ministeriais, com o agir de Deus em favor do seu povo, sobre segurança e proteção advindos da fé. Bem, poderíamos enumerar muitas situações de aprendizagem porque a sabedoria bíblica é inesgotável e por ser a Palavra de Deus, ela se renova todos os dias e sempre tem novas oportunidades. Como vimos, mesmo depois de muito aperto e provação, o rei do Egito não se dobrou, mesmo tendo dado sinais de quebrantamento e disposição de evitar mais sofrimento ao seu povo e à sua terra. É claro que ele sabia que os israelitas iriam embora do Egito e após a celebração no deserto, eles não iriam voltar para serem escravos. Não nos iludamos, ele tinha consciência disso. A questão para ele, seria perder o mínimo possível, e se pudesse não arranhar a sua reputação, seria melhor ainda. Não deve ter coisa mais ruim e vexatória para um rei do que ser humilhado, desmascarado e derrotado em seu próprio território e ficar de mãos atadas sem poder agir, porque um poder maior o dominou; ainda que ele nunca acreditou e nem permitiu que seu povo acreditasse que haveria um Deus maior que os deuses deles e que de qualquer forma “ele” teria condições de resistir e prevalecer. Todos confiaram nele e nada deu certo para os planos deles. Os marinheiros tem um dito que diz: “Quando o barco vai afundar os ratos são os primeiros fugir.” De um fato lógico e natural, esse adágio ganhou conotação moral, para afirmar que quando uma situação está ruim, as pessoas fracas e de caráter duvidoso são os primeiros a fugir e deixarem a liderança sozinha. Pois isso poderia muito bem ser aplicado ao Egito e aos egípcios: Quando o Deus de Israel começou a impor derrotas sobre derrotas sobre Faraó e seus assistentes, castigando todos e toda a nação, sem que ninguém pudesse fazer qualquer coisa, eles começaram a abandonar a confiança nas promessas do seu rei e forçar para que ele cedesse ao pedido de Moisés e deixasse o povo ir. Para eles, era melhor ficar sem escravos e seguirem com suas vidas, do que não ter nem Egito e nem vidas para cuidar dos escombros que restassem. Assim depois de mais uma negativa e agora sem mais motivos para se negar, o rei decidiu ser rei e soberano do Egito e agir como tal. Encerrar as negociações e audiências e assim o povo não poderia sair, nem deixar de ser o que eram e ele faria com que tudo voltasse ao normal. A medida era deixar de facilitar as coisas para Moisés, retirando o que ele considerava “boas relações com Moisés,” em respeito a pessoa que um dia ele fora para o Egito e para o próprio Faraó. Ao proibir Moisés de vê-lo novamente sob pena de morte, Faraó decretou sua derrota e criou a condição para finalizar de vez as negociações, porque Deus, através de Moisés também tinha planos para colocar um basta naquela disputa. O que aplico aqui, como uma lição importante, é que o fato de Deus ser longânimo, paciente, bondoso e permitir oportunidades ao homem, isso não é sinal de fraqueza ou incapacidade de resolver uma situação. O pecador não pode achar que prevalecerá contra a vontade de Deus! Cristãos em situação de resistência, teimosia e rebeldia também já passaram por isso e sabe que não se podem vencer a Deus e nem prevalecer contra sua vontade. Uma versão simplificada dessa verdade pode ser encontrada em textos como: “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio” (Pv 29.1). E “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor” (Pv 21.30).
Senhor, nós somos teus filhos, teus servos por escolha livre em gratidão pelo teu amor e pela obra redentora que fizeste por nós através de Jesus Cristo lá na cruz. Reconhecemos a tua grandeza, o teu poder, a tua glória e honra para sempre e sempre. Não pretendemos ser rebeldes, desobedientes e muito menos, sermos resistentes à tua vontade. Submetemo-nos com humildade, amor e fé. Dependemos da graça e do poder do Espírito Santo para uma vida de fé, obediência e vitória, através do qual, glorificaremos o teu nome. Oramos com gratidão em nome de Jesus, amém.
Pr Jason