Abraão Levantou os Olhos e Viu

Meditação do dia 21/06/2018

 “Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.  (Gn 22.13)

 Abraão levantou os olhos e viu – Quem de nós nunca passou pela situação de procurar uma coisa e não achar, não ver, virar e revirar tudo sem sucesso? Então apelamos para a mãe ou esposa e ela chega e de primeira, mostra aquilo na cara da gente! Lá na minha terrinha, isso ainda vinha com a seguinte frase: “E se isso fosse uma cobra ou uma onça?” Olhar e não ver ou também ouvir e não escutar demonstram duas atitudes diferentes para uma mesma situação. Me faz lembrar o fundador do Exercito de Salvação, William Booth, que tinha um coração voltado para as pessoas carentes, necessitadas, desabrigadas e até em situação de miséria extrema na cidade de Londres. Certo dia ele viu um grupo de famílias e indigentes debaixo de um viaduto e comentou com a família na hora do jantar e o filho disse que também já tinha visto – ele perguntou: Quando você viu isso? Em resposta o filho disse que fora a uns dois anos atrás. A resposta deixou ele apavorado e questionou o filho: E você não fez nada!!?? Ele havia visto, mas não enxergado. Nessas situações de vermos textos sobre levantar os olhos, normalmente nossa atenção e memória volta-se para o salmo 121 onde diz: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.1,2). Entendo que Abraão estava concentrado no que estava fazendo, que era oferecer um sacrifício a Deus e que fora interrompido pela voz do Senhor, desde os céus para que ele não tocasse no garoto e que ele já estava aprovado no teste. Na minha imaginação, ele estava a desamarrar o filho, ou mesmo abraçado a ele, como quem o recebia de volta depois de estar morto por três dias e tudo o que ele queria ver era o rosto do filho amado; qualquer outra coisa, era superficial e de segundo plano. Para nós, pode significar estar concentrado demais em um determinado ponto, quer seja um problema, ou uma alegria exultante que nos leva as lágrimas e choro interminável, que nem ligamos para o que se passa ao redor e muito menos para nosso status ou reputação, pagar mico é o de menos naquela hora. Mas a vida continua e precisamos levantar-nos e recomeçar a vida de onde paramos naquela situação. Dá até para viajar na maionese e ver o bom humor do Senhor, dizendo à Abraão: “Ei amigo, você não veio aqui de tão longe para oferecer um holocausto? Cadê, tô esperando? E ao  levantar os olhos, o Senhor lhe mostra apontado discretamente com a mão ou com um aceno de olhar – e ao olhar para a direção apontada, uau! Não é que tem um carneirão lindo ali enroscado?!! É a vez de Abraão responder com um sinal de positivo, valeu, Senhor! A menos que tenhamos que estudar a situação ou o problema para ver como agir ou já termos a percepção que ali está a resposta, não devemos nos concentrar nos problemas, mas em Deus. Quando tudo parece confuso, complica, insolúvel, impossível, é hora de voltarmos a Deus em louvor, adoração, gratidão até acalmar nosso espírito e nos colocarmos em condições de ver e ouvir as instruções do Espírito Santo. Situações de ansiedade e agitação sempre me fazem lembrar meu professor de Velho Testamento no Semib, pastor Ricardo Linder, que nessas hora dizia para gente: “Tem que ficar calmo… por dentro também!”

Obrigado Senhor, por estar ao alcance de nossas orações e de nossa adoração em todo o tempo. Ficamos felizes em saber que Deus é o nosso amparo e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia. Obrigado, pelo Espírito Santo que habita em nosso espírito e nos conforma a imagem do seu filho Jesus. Obrigado, querido Deus! Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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