Meditação do dia 08/12/2018
“Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7)
E o cordeiro? – Não pode faltar o cordeiro para o holocausto. Ele precisa aparecer e estar presente, ainda que seja para sua própria morte. Isaque sentiu falta, percebeu que estava faltando um elemento de extrema importância e significado para aquele momento de adoração a Deus. Tipo específico de culto e adoração que eles saíram para praticar, incluía a morte de um cordeiro. Mas onde estava? Isaque fez a pergunta certa, para a pessoa certa e no momento certo. Até aquela altura da jornada, isso não fizera falta e estava tudo bem, eles todos, sem exceção eram adoradores e estavam numa jornada de adoração especial, além dos limites habituais de suas vidas. Mas ainda que a jornada tivesse chegado ao final, para os moços, ela ainda continuaria para Abraão e Isaque, que iriam mais adiante, mas acima, para concluírem a razão de tudo até ali. Agora que já estavam à sós, e todos os elementos estavam presentes, exceto um, o mais importante de todos, era justo que Isaque perguntasse, pois agora era uma ocasião onde cabia ao pai e a ele fazer tudo da maneira certa. Ele não fez uma pergunta a esmo, sem nexo ou falando ao vento, ou consigo mesmo, por isso a pergunta era boa e dirigida a pessoa certa. Se não era ele o responsável principal pela atividade, então era seu pai, e foi a ele, que foi dirigida a interlocução. Perguntas boas, feitas na hora errada, não ajuda; perguntas boas, feitas à pessoa errada, não resolve e não esclarece. Quando se trata de culto a Deus, o Senhor, a redenção é sempre o foco principal, pois a adoração reconhece a Deus como a pessoa que ele de fato é, e por isso é adorado, mas também reconhece a condição do adorador, como alguém carente e necessitado da graça e do perdão de Deus. A reconciliação entre o homem e Deus é feito sobre a base do sacrifício de um Cordeiro vicário, isto é, que foi sacrificado em substituição ao pecado arrependido e contrito, que aceita a substituição para receber os benefícios da morte substitutiva. “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). Isaque percebeu que sem cordeiro, não existe culto de fato, e ele não estava negando ou duvidando da existência do cordeiro, ele queria saber do pai, se o cordeiro não estava ali com eles sendo conduzido, onde ele estaria? Voce pode prestar um pouco de atenção nos atos de cultos dos nossos dias atuais e da maioria das igrejas, que se propõem serem bíblicas e os participantes serem adoradores de Deus, na categoria “em Espírito e em verdade” sobre a verdadeira presença do cordeiro? Há reuniões aos montes, com cânticos e cantorias, orações e rituais, citações da Palavra de Deus, encenações, exortações, apelos e aplicações, mas que de fato em nenhum momento o Cordeiro fez presença e também não fez falta? Ninguém nota, ninguém percebe! Culto é um ato de serviço a Deus! Só Deus pode ser cultuado, adorado e receber adoração. Em tais aglomerações, resultados são fabricados, produzidos com boa oratória e marketing. As performances e as luzes e cores, os tons e sonoridades produzem a atmosfera desejada. E o Cordeiro, onde está? Duas meias verdades podem não constituir uma verdadeira inteira; ao contrário, pode ser uma grande mentira.
Senhor Deus e Pai, a ti seja o louvor e a glória para todo sempre, por aquilo que tu és e pelo que fizeste por nós, lá no Calvário, com o sacrifício do Cordeiro que tira os pecados do mundo, especialmente os meus. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason