Meditação do dia 20/01/2019
“Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas.” (Gn 26.19)
Um Poço de Águas Vivas – Pensando num contexto de viver em locais desérticos e insólitos como Isaque vivia, falar de um povo de águas vivas é sem dúvida uma bênção e motivo de muita alegria. Foi um achado, verdadeiro tesouro. A idéia que também nos vem à mente sobre águas vivas é uma imagem água cristalina, fresquinha e abundante; tudo isso nos remete a bênçãos, provisões e vida produtiva. Essa expressão “aguas vivas” está ligada à pessoa e ministério do Espírito Santo na igreja e nas pessoas individualmente, citadas tanto no Velho Testamento, quanto na Nova Aliança. Uma das que mais nos chama a atenção é aquela de quando Jesus pregou nas escadarias do templo: “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.37,38). Em rápidas palavras, (1) “Se” alguém tem sede – alguns tem sede e alguns estão saciados, ainda que não seja água viva e té nem seja água. A sede é necessidade vital e quem tem, procura intensamente mitigar e se não conseguir, sabe que morre. Não é algo que se não for satisfeito, dá-se um outro jeito. (2) “vá a Cristo e beba” – só há uma fonte legítima que pode satisfazer o sedento. (3) “Quem crer em Cristo como diz as Escrituras” – Fé bíblica, não focada em argumentos e pressuposições humanas e ideológicas. A igreja verdadeira, o cristão verdadeiro não precisa ser pentecostal ou tradicional, renovado ou carismático, isso ou aquilo – ele precisa ser bíblico e ponto. (4) “Fluirão do ventre” – do íntimo, do homem interior, digamos, lá no âmago do ser. Muitos confundem a plenitude do Espírito com conhecimento intelectual, sabedoria humana, recursos tecnológicos ou sensacionalismo emocional. Lembro muito bem de uma palavra recebida direta do Espírito Santo: “Barulho não é poder e sonoridade não é espiritualidade.” Voltando ao deserto e as lidas de Isaque, entendemos que a vida espiritual, a plenitude do Espírito Santo, as águas vivas fluindo no ministério e a vida cotidiana, familiar, com seus trabalhos e obrigações são de fato inseparáveis. Como foi que Isaque conseguiu essas águas vivas? A Resposta não é nada do que se espera nos arraiais do “fogo e poder!” porque foi conseguido num poço, e poço tem que ser cavado é isso dá muito trabalho, é cansativo, claustrofóbico e tem que se sujar e suar muito, calejar as mãos – você conhece muita gente disposta a isso? A Agua viva, tá lá em baixo e não sai automática, tem que ser tirada, quantas vezes quiser ou precisar. Não é de uma vez por todas e não pode armazenar, senão deixa de ser água viva para ser “agua parada, estagnada.” Estamos falando de ação contínua o tempo todo. Resumindo: A bênção de ter águas vivas para nós e para abençoar aos outros é uma dádiva de Deus, obtida por graça, mas é conseguida com trabalho humilde e dedicado e quando alcançado, não termina, precisa ser mantido e conservado diariamente. Não pode ser escondido e nem economizado ou impedir o aceso dos outros a ela, pois quanto mais se tira, mas ela brota e mais aumenta sua capacidade de fluir. São lições da vida de Isaque, de Jesus, dos santos do Senhor, que vale muito aprendermos com eles e cultivar.
Senhor, renova hoje a nossa sede de ti, para que o busquemos como a única condição de vida e continuidade de serviço e adoração verdadeiras. Graças damos por te reconhecer como a fonte legítima das águas vivas que podem fluir se tornar rios de águas vivas que abençoam o teu reino através das pessoas ao nosso redor. Santo Espírito, renova-nos hoje e a cada dia para que vivamos os teus propósitos, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason