Meditação do dia 16/02/2019
“Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.” (Gn 27.33)
Fiz e está feito – Ao meditarmos em verdades da Palavra de Deus, quando ela narra histórias de pessoas que viveram, sentiram, amaram e experimentaram a vida como ele é e como nós a conhecemos, podemos sim, nos identificar com o que aconteceu e dali empreendermos a nossa própria jornada de aprendizado. Tudo isso também passa pelos filtros do tempo e da cultura, para os quais temos que fazer as devidas contextualizações, mas sem mexer na espiritualidade dos princípios, que são eternos. Nossa mentalidade ocidental, por si só já é um filtro que oferece uma perspectiva diferente para os pontos de vista e assim exige de nós um exercício de fé e disciplina para considerarmos a verdade dita e escrita, tal qual ela foi vista, lida e entendida por quem dela participou ao vivo e à cores no seu devido tempo e contexto. Falo por exemplo da nossa mentalidade ocidental de liberalismo, individualismo, com forte concentração nos direitos humanos e avessos a dramas e prejuízos, quer materiais quer emocionais; muito cedo buscamos explicações e exigimos retratações e é sem par as exigências para reverter condições estabelecidas. Assim, quando olhamos para uma cena, onde um pai toma a decisão de abençoar um dos filhos e não sabemos se ele tinha em mente uma outra cerimonia para o outro filho, mas o contexto imediato diz que não, pois ele oficializou sobre o filho a bênção paterna com valor de testamento e direitos plenos de herança e autoridade plena sobre os demais familiares e disse que estava feito, não poderia voltar atrás. Nossa cabeça pensa logo, em como é possível sim, voltar e retratar, simplesmente dizendo, “me enganei; fui enganado;” portanto não tem validade, essa bênção não tem valor! Legalmente, enquanto o testador está vivo e em plenas condições de suas faculdades, pode sim, mudar o teor do seu testamento. Mas os valores daquelas pessoas e daquela cultura, não permitia esses recursos modernos, de se voltar à trás e um simples detalhe na formalidade, anula ou cancela tudo e qualquer ato legal e judicial. Baseado nesses conceitos, a fé cristã foi forjada, sobre verdades como as dita por Jesus aos seus discípulos, que estavam aprendendo para passar à frente e perpetuar as palavras do Reino. “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt 5.37). Isso cria e gera pessoas com poucas ou nenhuma dúvida no que diz ou faz, pois uma fez dito ou feito, aquilo é assumidamente fato. É irreversível moral e espiritualmente. Embora Esaú não gostasse nada do que aconteceu e Isaque se sentisse traído e até desonrado, mas era fato, ele tinha abençoado em nome de Deus e confirmado e assim seria. Hoje, estamos sendo convidados a pensar sobre o peso dos nossos atos e palavras. É um bom convite a se pensar e trabalhar para quem sabe, assumirmos mais e melhor os pesos e responsabilidades da vida.
Senhor, obrigado, por tua Palavra, ser tua Palavra e não precisar ser reformada, remendada ou revalidada. O Senhor diz, está dito e isso nos basta. Tu és um
Deus e Pai, que se coloca como modelo para nos espelharmos e replicar em palavras e obras os teus grandes feitos. Obrigado pela ajuda. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason