Meditação do dia 12/04/2019
E ela disse: Bebe, meu senhor. E apressou-se e abaixou o seu cântaro sobre a sua mão e deu-lhe de beber.” (Gn 24.18)
Senhor? – Me perdoem se estiver sendo traído pela memória, ao lembrar o filme CRUZADAS, na cena em que o principal se salva do naufrágio com um cavalo, que depois é reivindicado por um beduíno e seu servo; ao entrarem em combate e prevalecer contra “um servo,” ele se torna senhor do beduíno que é liberto por ele assim que chegam à Jerusalém. Só um bom tempo depois é que ele descobre que o “seu servo” que ele libertar, era na verdade o maior entre os senhores, o rei de Damasco, Salatino, a quem teria que enfrentar para defender a cidade e teve que render ante o poderio militar do muçulmano. Isso me traz, a uma cena inusitada na beira do poço em Harã, onde Eliézer e sua caravana estavam e ao pedir água para beber à moça que aparecera logo após a sua oração, ela respondeu-lhe: “Bebe, meu senhor.” Entre as muitas variáveis possíveis, podemos pensar que ela (i) simplesmente o tratou com educação e cortesia; (ii) Ela não percebeu traços que o identificava como um servo; (iii) Ele se destacava dos demais da comitiva, induzindo-a ao tratamento apropriado. Quando é que ela iria imaginar que ainda naquele dia, ela ficaria sabendo que ele era um servo á serviço de família pelo lado paterno e que também a serviria; ela se tornaria senhora dele. Mas isso é outro assunto. Minha questão é com o que acontece, quando somos confundidos com outro nível do qual de fato não fazemos parte. Já lhes disse antes, sobre o que o poder pode fazer no interior de uma pessoa. “Quer conhecer o Inácio, coloque ele no palácio!” na versão da sabedoria bíblica: “Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar: Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura; Pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora” (Pv 30.21-23). Entre as coisas que alvoroça a terra e a deixa insuportável, está duas situações que acontecem com servos. Ou seja, temos que nos preocupar. Jesus contou nos seus ensinos figurados sobre servos que se apropriavam dos bens dos seus senhores agindo como se fossem donos; alguns até espancando os seus conservos. Parece que Eliézer não se entusiasmou com o deferimento ainda mais vinda da “sinhazinha.” Humildade e reconhecimento do seu devido lugar é uma marca que distingue bem um servo.
Pai, obrigado, por termos o privilégio de dispormos de tantos recursos da tua infinita grandeza e poder, e sendo filhos e herdeiros ainda assim somos servos por escolha de responder ao teu amor. Obrigado por ser paciente e longânimo conosco e especialmente comigo. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason