Partiu Para o Abraço

Meditação do dia: 15/10/2019

 “Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram. (Gn 33.4)

 Partiu Para o Abraço – Irmãos separados e em inimizades por muitos anos, tem uma oportunidade de encontro e as lembranças do passado podem produzir situações inusitadas. No caso específico entre Jacó e Esaú, a razão da animosidade fora a atitude de Jacó, aliado com a mãe, para trapacear e apossar da benção paternal, em detrimento de Esaú ser até então considerado o filho primogênito. Nós que estamos de fora, torcemos por Jacó e já temos um juízo formado, ao considerarmos que Esaú nunca foi lá muito chegado em verdades espirituais e nem se apegava às tradições e alianças entre Deus e sua família. Mesmo convivendo por um certo tempo com o vovô Abraão, um piedoso ancião e o herói de seu pai Isaque, ele estava mais interessado em coisas do cotidiano, como caçar, e constituir sua família, mesmo que não tivesse qualquer ligação com estabelecido na aliança com Deus. Assim, Esaú, depois de ver seus direitos voarem pelos ares, ele então reagiu como se fosse um grande interessado. Era tão interessado em verdades espirituais e piedade que jurou de morte o seu irmão. Temendo algo mais grave, os pais optaram por enviar Jacó para o Oriente, em Harã, para trabalhar e construir sua vida lá até tempos mais oportunos. Deduzimos que em todo esse tempo, Jacó estava lidando com suas fraquezas e procurando aperfeiçoar seu caráter, para transmitir aos seus filhos o conhecimento de Deus, e as suas alianças. Embora fossem de uma mesma raiz genealógica, Abraão e sua linhagem se aproximaram muito mais de Deus e estreitara o relacionamento; não era a mesma coisa que ele percebia nos parentes da Mesopotamia. Seus filhos nascendo e crescendo naquele ambiente precisariam de referencias mais fortes e impactantes para que pudessem seguir com a vocação de serem uma tribo e uma nação. Durante todo o percurso da viagem de regresso, Jacó estava sendo testado e provado de muitas maneiras. Mas ele estava consciente que o mais alto grau de animosidade a ser enfrentado, seria de fato, Esaú, seu irmão. Recorro aqui, a uma verdade dita por Salomão que ilustra a importância de se fazer o certo em todo tempo e levar a experiência de andar com Deus como um verdadeiro projeto de vida. Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele (Pv 16.7). Nem eu, e muito menos Jacó, esperava Esaú com quatrocentos homens armados, só para testemunhar um encontro de irmãos saudosos. Jacó tinha plena consciência das intenções do irmão e Esaú de fato tinha planos ruins, mas alguma coisa mudou o curso da história enquanto ela ainda estava acontecendo. Sabemos que havia um forte movimento de oração da parte de Isaque para que os corações dos filhos estivessem amolecidos; Rebeca deve ter devotado toda a sua vida  e suas orações durante o exílio de Jacó, para o coração de Esaú se convertesse e perdoasse e ao mesmo tempo buscasse uma saída pacífica. Tudo isso aconteceu dentro de um abraço fraterno banhado de lágrimas e comoção. Vai entender! Na verdade, só precisamos agradecer e confiar na capacidade de Deus reverter causas tidas como impossíveis.

Pai, obrigado pela reconciliação entre irmãos que estiveram por muito tempo em estado de animosidade. Oramos hoje, por relacionamentos partidos dentro das famílias, onde alguém falhou e os demais se entrincheiraram lado contra lado e a comunhão foi perdida. Buscamos perdão e reconciliação e a alegria de viver em paz e abençoados pela obra que Cristo fez na cruz. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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