Meditação do dia: 08/11/2019
“Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;” (Gn 35.11)
Multiplica – “A ordem dos tratores não altera o viaduto.” Quem em algum canto desse Brasil não ouviu isso, nos anos de escola primária, agora fundamental. A matemática amedrontava muita gente, a ponto de alguns escolherem carreiras que não estivesse ligado aos números, como se eles não fizessem parte da nossa vida, por todos os lados. Mas aqui, hoje, vamos pensar em uma das quatro operações básicas, que tem aplicação preciosa na vida cristã. Algumas coisas podem ser acrescidas, ou somadas que já são boas demais; mas a multiplicação acelera o processo, para melhor ou pior. Jacó era a terceira geração da linhagem comprometida com uma aliança celebrada por Deus, visando a redenção da humanidade. Desde a eternidade esses propósitos já eram firmes; a criação do homem, o seu consequente desenvolvimento e a tragédia do pecado ter entrado e feito um estrago, fez com que entrasse em cena tudo que era necessário para sanar o problema do pecado. Um homem, o descendente da mulher, seria o responsável por esmagar a cabeça da serpente. Entra em cena então, os contextos, que toda a história humana e o amor redentor de Deus. Um homem vem sempre de um contexto família, que vem de uma tribo, que compõe uma nação, que é apoiada por outras tantas nações que oferecem suas contribuições para que a universalidade de pessoas, raças, tribos, povos e nações sejam alcançados por um ato único, completo, perfeito de Deus encarnado. É por isso que você lê tantas histórias de pessoas, povos, nações e tudo tem um propósito final. Abraão recebeu a promessa de vir a ser pai de multidões de nações, tanta gente quanto as estrelas do céu ou areia da praia; ele gerou vários filhos, mas apenas um dentro do contexto da aliança, Isaque, que gerou dois filhos, e um nesse contexto, Jacó. Jacó teve doze filhos, e se tornou Israel, um homem, que se tornou o líder de uma tribo com doze príncipes que se tornaram uma nação com doze tribos. Assim, estava encaminhada a promessa de Deus a Abraão, a Isaque e a Jacó. Não vou entrar nos méritos doutrinários aqui, mas quando pensamos em um povo de Deus, literalmente todos imagem a nação de Israel, e está certo; mas eles eram embaixadores da revelação de um Deus santo e verdadeiro, que ama a todos e tem um projeto que contempla a todos os povos de todos os tempos e lugares. O apóstolo São Paulo escrevendo aos Romanos, aponta como os hebreus falharam nessa missão, e assim abriu espaço para a igreja. Não é um improviso de Deus, mas na sua multiforme sabedoria, a igreja é a resposta adequada para o projeto de redenção, porque ela é universal, una, santa, católica e apostólica. Agora todas as nações estão representadas diante de Deus, salvas pela graça através da fé em Cristo. A cruz se torna o poder moderador e nivelador de todos. Todos os homens são uma coisa antes da cruz e se tornam outro ser depois da cruz. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Essa mensagem era o centro da exposição do Evangelho por Paulo. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Co 1.18,22-24). Gente, para que tudo isso se tornasse realidade, tal qual vemos e participamos hoje, não era uma questão apenas de Jacó, gerar filhos e dizer para esses também terem filhos e tudo iria acontecer. Isso seria natural, orgânico e genético. Jacó, tal qual Isaque, Abraão e todos os santos de Deus, trabalharam muito e desenvolveram uma cultura de fé, de adoração, de resistência ao pecado e à corrupção sistêmica e fazer com que de geração em geração isso não se dissolvesse ou se perdesse pela secularização, iluminação humana e tantos outros processos que no fundo tem uma máxima espiritual do mal por detrás. Nenhuma pessoa, família, igreja, ministério e denominação, prevalece sem os mecanismos bíblicos de autopurificação e disciplina que são instrumentos de Deus para perpetuar as verdades eternas. Por isso são verdades eternas. Quando abrimos mão da salutar vida devocional, piedosa e dos exercícios espirituais, cedemos espaço para entretenimento, satisfação carnal e humana, em vez de prazer em Deus e nas coisas de Deus. “Tu me farás conhecer a vereda da vida. Na tua presença há plenitude de alegria. À tua mão direita há delícias perpetuamente” (Sl 16.11).
Pai, graças te rendemos, e declaramos as tuas maravilhas! Tu és fiel, justos e verdadeiros são os teus caminhos. Nos alegramos em ti e nas tuas Palavras. Nada e nenhuma delas cairá por terra ou deixará de se cumprir, porque são Palavras de Deus. Isso nos agrada, nos satisfaz e nos basta! Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason