Onã, o Segundo Filho de Judá Era Mau

Meditação do dia: 27/04/2020

 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.” (Gn 38.8,10)

Onã, o Segundo Filho de Judá Era Mau – Os Bad Boys da antiguidade! Sou leitor da Bíblia a mais de quarenta anos, e sempre li a Bíblia toda na sequencia e passei por essas histórias muitas e muitas vezes, e a princípio achei bizarro, depois fui encontrando razões culturais dos povos antigos que explicavam essa importância que eles davam a gerar descendência, utilizando até a chamada lei do Levirato, que era um costume antigo e que aparece aqui e depois na época de Moisés foi incorporado as Leis dadas a Moisés. Uma definição que encontramos de Levirato ou Levirado: Levirato é o costume, observado entre alguns povos, que obriga um homem a casar-se com a viúva de seu irmão quando este não deixa descendência masculina, sendo que o filho deste casamento é considerado descendente do morto. Este costume é mencionado no Antigo Testamento como uma das leis de Moisés. No nosso texto de hoje, encontramos Judá dizendo a Onã, seu segundo filho a se casar com Tamar para gerar descendência para o nome de Er, seu irmão falecido. No período do Êxodo, foi normatizado tal costume sendo então incorporado às leis e rituais dos israelitas, com alguns pormenores que se praticados, não eram mencionados, até então. Provavelmente temos aqui uma orientação de que somente um irmão solteiro pudesse, caso o irmão casado morresse sem filhos homens, casar com a viúva“Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado” (Dt 25.5). O primeiro filho desse casamento seria considerado como sendo do falecido: “O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel” (Dt 25.6). Esse irmão poderia recusar casar-se com a viúva, mas isso deveria ser informado aos líderes anciãos da cidade e representava um ato de grande vergonha para ele: “E o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado” (Dt 25.10). Um das casos citados na Bíblia é na história de Rute, que casou com um “Parente Remidor” e que também se dispôs preservar o nome do falecido marido dela. Lendo o capítulo quatro de Rute, vê-se Boaz negociando com o primeiro na lista e ele aceitou comprar as terras, mas quanto foi informado que teria que se casar com a viúvo, ele elegantemente abriu mão do direito para Boaz que era o próximo na sucessão e ele pessoalmente tirou o calçado e o entregou a Boaz em público, demonstrando aceitar a responsabilidade de não cumprir o levirato. No Novo Testamento só temos uma menção desse costume, quando os saduceus quiseram testar a Jesus sobre a ressurreição, então vieram com uma suposta situação em que seis irmão sucederam a seu irmão casando-se com a viúva; eles queriam saber se na eternidade, qual dos sete seria de fato o marido da viúva negra que enterrou todos eles. Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão. Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu sem filhos; Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram? (Lc 20.28,29,33). Onã, o filho de Judá, era tão perverso e mau, quando seu irmão falecido e se propôs a sabotar o direito do seu falecido irmão ter o nome preservado e adotou uma atitude de querer o bônus, sem o peso do ônus, ter a parte que lhe satisfazia os prazeres, sem arcar com as responsabilidades. Existe a versão moderna, contemporânea dessa prática, onde buscam a pratica, o privilégio e o prazer da vida conjugal, mas sem qualquer aspecto que tenha responsabilidade e compromisso, pois a idéia é curtir a vida adoidado. Não vou hoje aqui entrar ou aprofundar no tema, mas vou deixar uma pergunta para provocar reflexão de quem desejar: Por que será que Deus reprovou a conduta de Onã e aplicou-lhe uma sentença tão pesada, pena capital?

 

Pai de amor e misericórdia, louvamos o teu nome e nos submetemos a tua sabedoria, porque entendemos pela fé, que os teus planos são melhores do que os nossos e nada está fora do teu governo e controle. Os homens podem enveredar por caminhos e práticas e declarar que são legítimas, corretas e aceitáveis, mas para os teus filhos, a Tua Palavra é o padrão, a regra e ela define nossa fé, nossa ética e nosso padrão de conduta. Buscamos vidas santas e condutas honrosas e dignas que expressam o valor e a dignidade que atribuis a cada uma das pessoas, criadas a tua imagem e semelhança. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

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