Conosco, o Nosso Irmão

Meditação do dia: 14/05/2020

 “Se enviares conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos alimento;” (Gn 43.4)

Conosco o Nosso Irmão – Deus é a mais perfeita representação de comunidade. Cremos em Deus como Trindade, mas também como Triunidade. Uma comunhão perfeita entre três pessoas com a mesma essência e distintas em personalidades, funções e manifestações, ao mesmo tempo que são perfeitamente um. Não entendeu? Então está certo! A trindade divina não é para ser entendida, compreendida, dissecada pela mente e lógica finita humana. Não cabe ao finito explicar o infinito. Um dos antigos pais da igreja dizia que “se alguém tentar entender a trindade pelo raciocínio, perderá o juízo; se negar a trindade, perderá a alma!” Não é para ser entendido, mas adorado, reverenciado, aceito pela fé. A fé tem sua própria lógica, acredite nisso. O apóstolo Paulo, escreveu aos irmãos romanos algo profundo e muito espiritual: Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Rm 6.3,4). A identificação do cristão com o seu Senhor em sua morte e ressurreição, produz a realidade da morte para a velha vida egoísta, individual e controlada pelo pecado; ao mesmo tempo que gera uma nova vida, espiritual em essência e qualidade divina. Assim, morre-se para a individualidade e nasce para a comunidade. Até então era eu e eu e o resto é resto; domínio total do pecado. Na nova vida, não é mais “eu” e sim, nós, a igreja, o Corpo de Cristo, a comunidade de salvos, os remidos em Cristo. Aos Gálatas ele deixou isso muito cristalino: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2.20). A verdadeira vida é expressa apenas em relacionamentos de comunidade, por isso Jesus falava sobre “dois ou três” reunidos em seu nome em oração; “dois ou três” concordarem na terra sobre ligar ou desligar; o cordão de três dobras não se quebra facilmente. O amor só pode ser expresso em comunidade. Deus é amor porque é trindade, é comunidade, há relações de interação. Assim e o poder da igreja, como comunidade, unidade de muitos membros formando um só corpo. Os mandamentos recíprocos “uns aos outros” tão abundantes na Nova Aliança. Tudo isso está estabelecido em figuras e símbolos do evangelho na Antiga Aliança: Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão (Gl3.7-9). Olha isso na experiencia de Judá! À poucos dias atrás ele estava vivendo no pecado, misturado com os cananeus, separado da família e da aliança de bênção, não valorizando sua identidade e seu lugar no propósito eterno. Foi confrontado e reconheceu seu erro e mudou de vida. Voltou para casa e veio servir junto com os irmãos na presença do pai. Agora quando Israel quer salvar seu povo da morte, mas sem enviar seu precioso filho para o sacrifício – Judá aparece como mediador, não pensando mais em si, mas em todos; o esforço e o sacrifício seria de todos, mas a recompensa também seria compartilhada por toda a família. Tudo isso está numa pequena frase: conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos – Tudo no plural, em comunidade, juntos. Os tipos e símbolos da Velha Aliança, eram fracos e materiais demais para representarem em si toda a grandiosidade da redenção em Cristo, que é perfeito, único e suficiente em si. Então utilizava-se dois ou mais objetos para representar uma única realidade, como no sacrifício da expiação, que utilizava dois bodes, um morria e outro era solto no deserto; representando Jesus morrendo na cruz e vivo na ressurreição levando nossos pecados. Aqui, está Israel tendo que dar seu filho (Benjamim) para ir ao Egito (mundo) para salvar o pecador (Simeão e prover alimentos para todos). Israel resistia a isso, mas ela não sabia que já tinha dado seu filho que havia morrido a muito tempo atrás (José), que estava vivo e libertaria tanto a Benjamim como a Simeão, e ainda salvaria a todos da fome e da morte em Canaã, levando-os para as melhores terras que havia no Egito, sob o governo de um Rei amigo e generoso que acolhera seu filho, que fora traído e vendido por seus próprios irmãos. Viva a Comunidade de Amor e Fé. Deus é Amor e se deu por você e por mim. Creia, só isso será suficiente!

Pai de amor, eu creio, por isso confesso a minha necessidade da tua graça e bondade em Cristo Jesus. Salva-nos de nossos pecados e de nossa vida egoísta e centrada em nós mesmos e em nossas mesquinhas necessidades. Estenda a tua graça e misericórdia para nós e liberta-nos do poder do pecado; da cegueira espiritual e permita que a verdade da tua Palavra produza fé salvadora em nossos corações. Oramos em Nome de Jesus, aquele que nos amou a ponta de dar a sua vida por nós em sacrifício redentor. Amém.

Pr Jason

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