Meditação do dia: 19/05/2020
“E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se diante dele em terra” (Gn 43.14)
Na Casa de José – O mundo dá muitas voltas! E como dá! Essa também é uma outra forma de revelação da “Lei da Semeadura.” Tudo aquilo que o homem semeia, um dia ele colherá. Quando crianças, naquelas querelas entre irmãos, alguém batia, alguém apanhava e a vida seguia, mas de vez em quando pintava uma “DR” (discutir a Relação) e alguém cobrava ter perdido vantagem nas brigas, e o outro não lembrava, então o reclamante dizia: “Quem bate sempre esquece, mas quem apanha, não esquece!” Não diria que esquece, mas não tem peso emocional tão marcante quando em quem sofreu. O efeito dos anos afeta de forma diferente. Estou olhando isso dentro do quadro que nos está proposto aqui por José e seus irmãos. Como já conhecemos o final da novela, sabemos que José é bondoso, perdoador e já estava à muito tempo consciente das razões de todos os acontecimentos e que tudo fora dentro dos planos e propósitos divinos, para que seus sonhos de fato se cumprissem e ele pudesse ajudar e abençoar sua família. Ele sabia disso; mas seus irmãos não tinham essa experiencia e vamos usar uma expressão grotesca, mas que imprime a ideia: Os irmãos de José viviam uma vida de “crente comum,” membros que se assentam nos bancos dos templos e ficam com a boca aberta esperando serem alimentados, cuidados e protegidos, sem oferecerem colaboração significativa para a família de Deus. Judá sempre fora o líder na família e fora dele e por iniciativa dele que José fora sequestrado, preso e vendido, para que os seus sonhos não se cumprissem e eles JAMAIS tivessem que se curvar diante dele. Todos eles, e Judá, já haviam se curvado mais de uma vez diante de José, mas sem saber de quem se tratava. José, não estava consciente de tudo, mas agora ele queria provocar a cura emocional e mexer com o que havia de mais sagrada e precioso dentro deles. É uma lição muito linda em termos de fé e prática cristã. Ter a oportunidade de vingar, fazer sofrer e pagar tin tin por tin tin e mesmo assim escolher o caminho da edificação e da verdadeira restauração. “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” (Rm 12.20). Agora, depois de muitos anos e muitas voltas, ali estava novamente frente a frente, os onze irmãos e agora Benjamim de testemunha. Lá no deserto era o território deles, sem testemunhas e sem apelo, nada de misericórdia e compaixão. Agora era na casa de José, e pode acreditar, nem uma tenda, um barraco ou casa simples; era a casa do governador, com seguranças, guardas, proteção e autoridade para decidir sobre vida e morte, liberdade e prisão. Todos estavam nas mãos de José e em instantes eles iriam ter suas vidas reviradas e expostas de uma forma que não teriam como voltar atrás, como se justificar ou voltar atrás dizendo, sinto muito. Benjamim teria a oportunidade de conhecer a verdade sobre o desaparecimento misterioso de seu irmão, sendo lhe contado que fora morto por animais do campo. Permitam-me dizer que aqueles homens estavam diante de um “fantasma,” um homem morto ainda adolescente, que eles não queriam na época que ele vivesse para ser alguém na vida. Agora seria um alguém que eles não gostariam de encontrar vivo – quem saberia dizer no que aquele garoto maltratado poderia ter se tornado? Minha lição favorita de hoje é algo que afirmo sempre: Antes de Deus trabalhar através de nós, nos usar para sua glória, ele precisa trabalhar o nosso caráter e nos tornarmos confiáveis, mansos e maleáveis. Dar poder a alguém destemperado, ofendido, amargurado, vingativo e preso a um passado sombrio, é um risco que Deus não está disposto a correr. O poder que José tinha não lhe afetava para o mal e nem lhe tentava vingar só um pouquinho, só pra eles sentirem na pele o que eu senti!!!! Deixa Deus tratar com você! Permita ele tratar com seu caráter! Caso contrário, jamais, jamais será poderosamente usado por Deus e para glória de Deus! “Parem de trazer ofertas inúteis; o incenso que oferecem me dá náusea! Suas festas de lua nova, seus sábados e seus dias especiais de jejum são pecaminosos e falsos; não aguento mais suas reuniões solenes” (Is 1.13 NVT).
Pai, obrigado pela oportunidade que todos temos de sermos confrontados pelo Espírito Santo sobre nosso compromisso com a verdade e a justiça eterna. O nosso chamado é para seguir e servir a um Deus de amor e bondade, que está construindo um Reino onde a verdade e a Justiça são os fundamentos principais. Nosso testemunho diante de um mundo corrompido e que valoriza mais as trevas do que a luz, precisamos ser diferentes para fazer a diferença. Pedimos iluminação espiritual, para sermos hoje melhor que fomos ontem e amanhã dar novos passos na jornada de crescimento. Purifica o nosso coração, para não ficar dividido. Agradecemos a oferta de perdão e restauração oferecida a nós pelo sacrifício perfeito de Jesus lá na cruz. Em nome dele oramos, amém!
Pr Jason