Meditação do dia: 29/05/2020
“Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos.” (Gn 44.33)
Substituição – Para o cristão raiz, aquele com base bíblica, é difícil pensar na palavra “substituição” sem associá-la ao sacrifício de Cristo. Esse termo vem do latim “vicarius” que significa, substituto. Daí o evangeliquês “morte vicária, sacrifício vicário de Cristo na cruz.” Ao prestarmos atenção nos fatos que se desenrolam na história de Judá e seus irmãos, ali no Egito, vemos alguém inocente, no caso o próprio Judá (que não roubara a taça do governador), se oferecendo para substituir Benjamim, até então culpado (pela taça), mas que é alguém muito especial e precioso aos olhos do pai, que está em Canaã, aguardando a volta do filho (Judá) enviado para trazer de volta os seus filhos. Lá no Egito (mundo) estão presos dois tipos de pecadores, o do tipo Benjamim, a quem lhe é atribuído graves acusações com provas de delito específico; mas também tem o pecador tipo Simeão, que está preso por representar a todos os demais, onde o conjunto da obra é suficiente para manter preso. Judá, se apresenta como alguém com autoridade para mediar porque entende a necessidade do pai e seu amor pelos filhos, mas também entende a justiça que o governador exige e não há nenhuma medida que outra que justifica e livra a qualquer deles. Judá então tem que sacrificar-se, abrindo mão de sua vida, de sua família, seu pai, seus filhos, sonhos e promessas, para salvar os outros. Quando Judá tomou essa decisão, ele morreu; sua vida acabou ali. Sua vida agora pertence ao governador, caso ele aceite, porque não depende só da entrega, mas tem a aceitação do outro lado a ser confirmada. Quando leio e estudo os sacrifícios substitutivos da antiga aliança, os detalhes são impressionantes, espirituais e cheios de significados que na Nova Aliança ficam muito claros. Vejamos o holocausto pelos pecados: “Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem defeito; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor. E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação” (Lv 1.3,4). As partes sublinhadas é indicação pessoal dos aspectos que destaco, que quando bem compreendido, a obra da redenção toma novo sentido. Holocausto significa “totalmente consumido,” queimado, sem sobrar nada. Macho sem defeito, aponta para a perfeição de Cristo. De sua própria vontade, significa que a pessoa tem que estar rendida, consciente, é uma decisão pessoal. Perante o Senhor, ao vivo, presencial. Porá a sua mão sobre a cabeça do animal, isso é identificação com a vítima, para sentir sua dor, sua agonia da morte, aquela angústia com a vida se esvaindo até o fim. Para que seja aceito a favor dele., se não for feito conforme Deus exige, não é aceito e perde-se a validade e o significado. Nas profecias de Isaías: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5). é muito importante a necessidade da compreensão do princípio espiritual do papel de morrer para se produzir uma nova vida. O Senhor é Deus de coisas novas, geradas de novo. O oposto ao projeto de Deus é poupar a vida miserável, destruída pelo pecado, corrompida pelo mal e ser apenas remendada, reformada e disfarçada de novo; mas é maquiagem, é engano não dá certo. Todos que tentaram sobreviver e fugir do processo morte, acaba por morrer definitivamente se perdendo e sem salvação. “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna” (Jo 12.24,25). Foi nesse ponto que Judá chegou! Chegou e ficou, morto, bem morto, por isso que o Judá que conhecemos é diferente desse que vínhamos acompanhando. Te desejo uma boa morte, para uma nova vida ainda melhor e mais produtiva.
Pai, ensina-nos a arte de morrer! Os frutos de uma vida completamente rendida ao Senhor são inquestionáveis. Estamos buscando ajuda do Espírito Santo para compreender completamente a tua perfeita vontade, quando nos chama para te seguir, renunciando à vida todos os dias, tomando cada um a sua cruz e indo após o Senhor. Guia-nos por essas sendas do Calvário. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason