Meditação do dia: 14/06/2020
“E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.” (Gn 37.3)
Amar Demais – Até os pais mais perfeitos ainda são humanos e imperfeitos, e como tais, sujeitos a errarem, e pode acreditar, erram! Ao observamos os vários ciclos da existência humana como sociedades, percebemos que os padrões tendem a se repetir de tempos em tempos, com certa regularidade. Alguém disse, sobre desenvolvimento das economias e finanças globais algo assim: “Tempos difíceis produzem homens fortes; homens fortes produzem tempos bons; tempos bons produzem homens fracos, que por sua vez, produzem tempos difíceis!” são ciclos que se repetem. Todos esses grandes ciclos, são formados e neles acontecem pequenos ciclos, populacionais, familiares e pessoais; e todos eles estão eivados de elementos como finanças, trabalho, educação, princípios, ética, moral, religiosidade, em todas as suas variações para mais ou para menos. Todas as civilizações que cresceram, desenvolveram, atingiram o auge e decaíram e alguns até se extinguiram, tiveram todos, sem exceção, elementos em comum, cientificamente comprovados, como padrão. Os ministérios cristãos que trabalham com famílias, ensinam unanimemente que uma das coisas mais desiguais que os pais fazem, é tratar igualmente os seus filhos. Filhos não são produtos feitos em linha de produção, padronizados, conformizados e adaptáveis a um mesmo padrão. Cada pessoa é única e especial, com traços e características tão individualizados, que são verdadeiras joias raras. Deus preparou uma imagem, uma identidade e um destino igualmente únicos para cada um dos seres humanos – isso dá dignidade e valor a cada um. O pecado afetou o homem na sua totalidade e corrompeu todo o seu ser, alterando suas emoções, vontade, razão e desejos. Criamos padrões de ética e moral, que chamamos de certo e errado, aceitável e reprovável; depois vem o meio em que se vive oferecendo um padrão grupal para a convivência e tenta enquadrar a todos e assim uns se adaptam, outros se submetem e tantos outros são subjugados ou desintegrados como personalidade, vivendo sob a mercê e o capricho da imposição, de um sistema, que sem dúvida não representa o ideal de Deus para o bem-estar das pessoas. Jacó/Israel é um homem formidável e de grande ligação espiritual com Deus e suas promessas. Um iluminado, com experiencias sobrenaturais acima da média dos demais; alcançou promessas e fez alianças com Deus e mantinha estreito relacionamento com o Todo Poderoso. Mas isso, também não o torna menos humano do que eu e você; não o isenta de gostos e preferencias, que no exercício de suas liberdades, coloca em choque valores que precisam ser administrados. Pense comigo. Imaginemos que de posse da promessa e da aliança de se tornar uma grande nação, Jacó, não tivesse doze filhos, mais apenas um, Ruben! Ele o amaria e lhe dedicaria todo afeto e o prepararia para os passos seguintes. Mas digamos, que tivesse mais; quatro filhos: Ruben, Simeão, Levi e Judá. Não seria maravilhoso? Mas, na verdade teve doze, com quatro mulheres diferentes (mas tudo dentro da legalidade). José é o filho da esposa que ele amara e fora apaixonado, que lhe dera dois filhos. O que fez ele escolher esse para predileto? Não sei! Você também não sabe; mas temos nossas teorias e todas elas muito bem embasadas. Vamos trazer para cá, para hoje, você e eu demonstramos predileção por um ou outro dos nossos filhos? Sim, não, mais ou menos ou vai fugir da raia? O que cria certas afinidades maiores entre esse e aquele? Mas qual a percepção que temos do projeto de Deus para cada um e o que estamos fazendo e trabalhando para equilibrar a balança e ajuda-los a realizarem o tal projeto? Insisto que o cristão viva pela fé, isso é padrão bíblico: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). A fé deve permear todos os aspectos da nossa vida, incluindo criar e educar os filhos, preparando-os para experimentar a vontade de Deus e cumprirem seus propósitos. Permitir-se cair na vala das emoções e preferencias carnais; ofusca a verdade e mascara as intenções mais puras e legítimas. Lembremos que Jacó, fora mais amado pela mãe por ser caseiro enquanto seu irmão Esaú era o predileto do pai por ser caçador e gostar da vida no campo. Agora Jacó se apega a José e o distingue de outros onze filhos. Não alterou o resultado final da equação da vida, mas trouxe sérios problemas. Orar, vigiar e pedir discernimento espiritual; família é um ministério e muito sério, que merece dedicação de tempo e vida integral.
Pai, obrigado, por que em Ti sabemos que não há imperfeição e nem acepção de pessoas. Nenhum de nós, por mais talentoso, obediente ou produtivo, ganha vantagens ou predições diante do Senhor. Obrigado por nos amar tanto, de forma que podemos nos aperfeiçoar em todas as áreas da nossa vida e das nossas relações sociais e familiares. Guia o nosso coração ao verdadeiro discernimento espiritual sobre a tua vontade expressa para cada um dos nossos filhos, quer os biológicos ou os espirituais no discipulado e vida cristã. Agradecemos a motivação e a benção do Espírito Santo nos guiando para mais perto de Jesus, a cada dia; no nome dele é que oramos, amém.
Pr Jason