Meditação do dia: 17/07/2020
“Então tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue.” (Gn 37.31)
Tomaram a Túnica de José – Algumas coisas são exclusivas e por isso mesmo muito marcantes; em moda e vestuário então nem se fala. Há peças que é muito bonita, com excelente corte e acabamento impecável e caimento perfeito no corpo; Mas é tão exclusiva e notável, que quem não gosta de ser visto duas vezes com a mesma roupa, não deve usar, porque quem viu não esquece mais. Outras questões exige personalidade forte o suficiente para que a pessoa fique à vontade independente das críticas ou comentários dos palpiteiros de plantão. Como dizem por aí; “Quem não sabe brincar, não desça para o play!” Modas e futilidades à parte, estou pensando naqueles dez homens e rapazes com vinte pratas nas mãos, uma túnica colorida, agora sem dono, o irmãos mais velho decepcionado e inconformado com o que os demais fizeram e um crime para ser encoberto. Um segredo que deveria levarem para o resto de suas vidas. Penso eu, e acho que até o mais inocente entre eles também já havia raciocinado, sobre o que poderia acontecer com qualquer deles que quebrasse o silencio e deixasse escapar sobre o que fizeram com José. Se sumiram com José, sumirão também com quem abrir a boca; esse segredo valeria a vida e o direito de continuar vivendo para qualquer um que se atrevesse a violar essa confiança. Irmãos unidos pelo crime, a o mal de um era agora o mal de todos e correr risco não valeria a pena, pois todos sabiam do que todos eram capazes de fazer. Emocionalmente temos aqui uma tese para pensar e debater sobre a qualidade da vida emocional e espiritual desses candidatos a patriarcas e abençoadores de todas as famílias da terra. Sem julgamentos morais aqui entre nós; eles estavam longe de chegarem à perfeição, como pessoas ou como vocacionados, mas isso ao invés de nos levar a focar na maldade e imperfeição humana, deve nos conduzir a pensar e ver o tamanho, a largura, a altura e a profundidade do amor de Deus como descreve o Apóstolo Paulo, “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.17-19). Eu, Jason, não sou nem um pouquinho melhor e mais piedoso do que qualquer um daqueles dez filhos de Jacó. Meu passado não deixa mentir; mas a mesma graça infinita que operou neles, operou também em mim. Excetuando Jesus na minha vida, só a misericórdia! Não precisamos ser religiosos da boca pra fora dizendo: “Ah! Mas eu nunca matei, nunca roubei, nunca fiz mal a ninguém, nunca, nunca e nunca…! quero destacar uns pontos no ensino de Paulo, que está me abençoando e creio que te abençoará também. Primeiro: Cristo habite pela fé nos nossos corações – fé, pela fé, a importância da fé na salvação, na caminhada e nunca é pelo esforço, pela religiosidade, pela justiça própria. Segundo: Arraigados e fundados em amor – simplificando, enraizados em amor – na construção de uma vida vencedora precisa de amor do piso ao teto; qualquer outro fundamento ou sistema sustentação não aguentará o tranco da vida. Terceiro: Poder compreender perfeitamente, com todos os demais irmãos na fé, as medidas do amor de Cristo. A cruz é um fator nivelador para todos os peregrinos da caminho da fé. Quarto: Conhecer o amor de Cristo – conhecer as leis, os mandamentos, os castigos e as pragas e maldições espiritual não tão complicado, porque são literais e para quem tem medo e aposta no medo e no terror para subjugar os outros é simples. Mas conhecer o amor de Cristo, isso só por revelação do Espírito Santo e por experiencia de se deixar ser amado, é preciso ser humilde para aceitar o amor incondicional e gracioso, sem letrinhas miúdas e cláusulas ocultas. Quinto: só e tudo isso é para ser cheio de Deus, toda a plenitude de Deus. Aqueles rapazes estavam com a túnica de José, ela era de José, fora dado a ele pelo seu pai de presente e ela era colorida demais, chamativa demais para ser usada por qualquer outros dos filhos de Jacó. Ainda que algum deles cobiçasse e a desejasse, tendo vontade de ficar com ela, isso não era possível, agora e nem nunca, ela só servia e só poderia ser vestida por José e ninguém mais; era uma peça muito exclusiva. Tem coisas, chamadas, ministérios, dons e presentes que não serve para nós, não serve para ninguém senão aqueles a quem o Pai escolheu dar e deu. Não cobice, não deseje, não tente tomar e muito menos usar, todos vão ver e saber que não cai bem, já isso em outra pessoa e lá ficava bem, feito sob medida. Pense nisso! O seu, se Pai vai te dar ou já deu.
Pai, obrigado pela minha vida, minhas oportunidades e as bênçãos que reservaste para mim e graças por todas as maravilhas dadas aos meus irmãos. Os presentes deles me enche de alegria e satisfação por vê-los desfrutando e servindo com os talentos, as habilidades e privilégios. Todos somos agraciados com dádivas preciosas e podemos nos alegrar com as nossas e a dos demais. Obrigado pelos ministérios frutíferos de igrejas e pessoas, que são teus filhos e assim, meus irmãos. Te louvo pela vida de cada um deles e por tua bondade para comigo. Em nome de Jesus. Amém.
Pr Jason