Meditação do dia: 16/07/2020
“Voltando, pois, Ruben à cova, eis que José não estava na cova; então rasgou as suas vestes.” (Gn 37.29)
José Não Estava na Cova – Segredo que mais de uma pessoa saiba, definitivamente não é segredo! Quando instruções são feitas na base da confiança de que uma palavra faz entender toda a intenção, pode não se confirmar. Aqui estamos nós diante de uma pessoa, provavelmente com os olhos arregalados, o coração disparado e todo trêmulo, apavorado pela possibilidade de algo muito ruim ter acontecido com alguém sob seus cuidados. Estou falando de Ruben, ao voltar para conferir como José estava e encontrando a cova vazia, sem vestígios do garoto. A cova vazia para ele não era um bom sinal. Alguém com melhores intenções do que ele havia agido para maior proteção de José, ou na pior das possibilidades, o menino fora executado. Queremos olhar não apenas para o desespero desse irmão, mas com as lições que tudo isso produz para a vida cristã, no nosso dia a dia. Tanto para José como para Ruben e até mesmo para os demais irmãos eram momentos cruciais de uma crise que se desencadeava à partir de algo corriqueiro e até natural em família, que ciúmes entre irmãos pela preferencia percebida da atenção do pai em favor de um em detrimento dos demais. Todos podemos pensar e pensamos em um sem número de outras maneiras como eles poderiam ter lidado com a presença de José ali no campo, longe das vistas do pai e totalmente à mercê deles. Por outro lado, nós, servos de Deus, que caminhamos na luz da sua Palavra e batalhamos para crescer espiritualmente, aperfeiçoando nosso caráter, indo de passo em passo, corrigindo as imperfeições que aparecem, (e parecem que não acabam nunca); nos assustamos com uma mentalidade criminosa em nossos círculos! Nunca esperamos encontrar a cova vazia! No íntimo, acreditamos que todos são transparentes e mesmo quando agitados emocionalmente e com os ânimos mais exaltados, tudo não passa de palavras da boca para fora e que não se trata de ameaças literais. Medindo por mim, penso em muitas coisas que não me seria lícito fazer depois de cometer um atrocidade ou um mal, de forma intencional. É verdade, minha mente vai a mil: Como eu celebraria a próxima Ceia do Senhor, tendo feito isso? Como eu olharia nos olhos de tal pessoa? Como me sentiria alguém me elogiando por meu testemunho e no fundo eu que não sou mais isso? Amados, para mim, a cada movimento, a cova parece mais fundo e quem está nela sou eu. Se eu não quero ser flagrado cometendo o mal, a melhor maneira de evitar isso, é não praticar esse mal. Idealizar melhores meios de camuflar, de esconder as provas, criar álibis perfeitos, sabendo que alguém vê tudo, sabe tudo e pode tudo, não me deixa à vontade para caminhar em direção às práticas erradas. José não estava na cova, porque lá não era o lugar dele! Ele fora criado para a grandeza e a excelência. A cova apenas fora um estágio, um ponto de partida, que mostrava de onde ele partira e onde chegaria. Cova,, para servo de Deus é lugar transitório, que até serve de proteção, tempo de reflexão e ponto de partida para algo definitivamente ao sol. Levaria um tempo para José perceber o quanto Ruben foi importante naquele tempo de sua vida. Levaria um bom tempo para abençoar os irmãos por terem feito um bom negócio ao vende-lo; demonstrar gratidão por aquela caravana de mercadores, que bancaram sua viagem para o destino que Deus tinha para ele e não o destino que eles tencionavam lhe dar. Olho para minhas experiencias e vejo quantas vezes as portas se fecharam e me decepcionei para logo em seguida perceber que fora a melhor maneira de ver uma oportunidade melhor que Deus estava preparando para mim e que de outra maneira seria difícil encontrar. Nunca permita que o bom seja inimigo do melhor! Acredite, as maiores crises e tragédias já registras, também produziram as maiores transformações e oportunidades de aprendizado e produtividade no ser humano. Se não for para provisão, cova boa mesmo, é vazia!
Pai, obrigado pelas lições dos momentos difíceis da caminhada. Obrigado pelas pessoas que são instrumentos de tua graça, mesmo que as intenções deles sejam outras. O Senhor sempre tem o controle e o governo de todas as coisas. Buscamos discernimento e entendimento para aprendermos em todo tempo e com todas as oportunidades que colocas diante de nós. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason