Meditação do dia: 11/08/2020
“Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?” (Gn 39.8)
O Maior – Napoleão, o grande imperador francês, queria pegar um livro na estante, mas estava numa prateleira mais acima que a sua estatura alcançava; vendo a insistência em conseguir, o auxiliar adjunto disse: “Por favor, permita-me pegar o livro para ti, porque sou maior que o senhor!” o ficou furioso, ensandecido, ameaçando até partir para as vias de fato, esbravejando: “Você pode ser mais alto, mas nunca será maior que eu!” a luta por posições e a famigerada corrida na escala social da fama e prestígio tem deixado uma fila enormes de vítimas pelo caminho. Chegar lá no topo é muito difícil, mas permanecer é mais difícil ainda. Já ouvi, não que base tem e muito menos se tem qualquer fundamento, que os grandes homens são medidos da cabeça para cima e nunca da cabeça para baixo. Nossa regra de fé e práticas é a Bíblia, a Palavra de Deus, infalível, imutável tão qual o seu autor e contemporânea qual nós mesmos, ela ensina que há valores muito sólidos que devem pautar as buscas dos homens para que de fato sejam vistos e reconhecidos como grandes. Jesus assistiu uma disputa entre os seus doze discípulos mais chegados e após o pleito, ele entrou para equacionar a questão e traçou para eles a rota da grandeza, e colocou nos seguintes termos: “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre eles; Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.42-45). O mundo tem os seus critérios e seus métodos de subir na vida e chegar ao topo, e quem puder mais chora menos; não importa que esteja em baixo desde que ele esteja em cima. Jesus não proibiu a corrida pela ascensão, mas estabeleceu as normas do Reino de Deus, onde grandeza e superioridade é medido pela capacidade de AMAR e SERVIR. Quanto mais se ama e serve ao próximo, maior é a posição, diante de Deus, não diante dos homens, porque cá embaixo, entre os mortais, o sistema é bruto. Somos, naturalmente cidadãos de dois reinos, um deles é temporário, muito efêmero com tudo o que tem nele; o outro é eterno com tudo o que tem nele – a escolha de qual receberá maior atenção e investimento é estritamente pessoal. Inclusive, Jesus falou certa vez, que pode-se escolher recompensas lá ou aqui. “Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.1,2). O critério vale também para a vida de oração: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.5). Não se deve confundir a função que se ocupa, com a grandeza, poder, ostentação e orgulho interior e os benefícios que dela advém, ou que se extrai disso. José era um servo, sabia que ali na administração da casa, ele dava as ordens, ele tinha a autoridade máxima e prestava contas disso ao seu senhor e ninguém estava acima disso, nem ele mesmo; e deixou isso claro para a senhora. Cargos e posições administrativas ou ministeriais não podem ser utilizadas para alpinismo e massacre social. Toda a autoridade com a qual os servos do Senhor, ministros e obreiros utilizam nas suas atividades, é autoridade delegada, ela não é própria, adquirida ou conquistada. “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.18,19). Jesus que é Jesus, recebeu essa autoridade e baseado nesse fato, ele delegou na comissão para seus seguidores realizarem o trabalho. Um dia ele devolverá isso ao Pai. “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Co 15.28).
Obrigado, Pai misericordioso, por sua imensa bondade para comigo e para com todos os que confiam em ti. Confirmamos a nossa consagração ao Senhor e ao teu serviço, servindo as pessoas colocadas em nossos caminhos para andarmos juntos e apoiar uns aos outros. Livra-nos do orgulho e da arrogância do coração, porque o nosso Rei e humilde de coração e manso, é dele que devemos copiar nossos hábitos e condutas. Obrigado pelo cuidado e proteção que todos os dias são renovados para conosco. Somos agradecidos, no nome poderoso de Jesus, amém.
Pr Jason