Meditação do dia: 26/10/2020
“E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;” (Gn 41.30)
Esqueçam Aquela Fartura – Tudo que existe não é tudo o que eu sei. Tudo que eu sei, não é tudo que existe. Em palavras mais simples: “Ninguém é dono da verdade!” consciente da nossa limitação, abre-se as portas para a aprendizagem e nessa postura, conhecimento é poder. Quanto mais a pessoa conhece, maiores são as suas possibilidades. O que fica para refletir são questões interiores das pessoas, como ética e caráter, que são valores não materiais, mas que exercem um grande papel nas relações com os semelhantes. Os recursos abundantes ou escassos são colocados à disposição do bem comum, mas já é de comum acordo nos mundos mercantilizados, que “não existem almoços grátis, tudo tem um preço.” Viver em sociedade exige-se uma mutualidade de compromissos e contribuições e nessas experiencias surgem as oportunidades de se ver reveladas as intenções íntimas de certos indivíduos, que geram influencias nos seus pares. Do que seria espaço de compartilhar, aparecem a exploração indevida e gananciosa, gerando oportunidades desiguais, dificuldades e barreiras que vão extratificando as massas. Logo aparecem os iguais e os mais iguais; os que choram e os que vendem lenços! Lendo as linhas e as entrelinhas dos serviços prestados por José à Faraó e ao Egito, encontramos um fenômeno, digo de ser estudo por alguém que queria defender uma boa tese de economia e o Administração Pública. Vou dar uns insights: Após sete anos de Fartura e boa administração, foram recolhidas quantidades tão grande de mantimentos, que se perdeu a capacidade de contabilizar; estoques mais do que suficientes para o país atravessar o período de fome e escassez. O que o estado fez, através de José, as pessoas e famílias não fizeram como iniciativa privada e assim que vieram os anos de escassez, José foi comprando toda a iniciativa privada, exceto a terra de Gósen doadas aos hebreus e sustentados pelo tesouro público (José); e as propriedades dos sacerdotes que eram mantidos pelo estado. Tudo, terras, bens, animais e até as vidas humanas foram todas compradas em troca de comida, na terra do Egito e regiões vizinhas, como Canaã. Tudo se tornou de Faraó de fato e de direito e todos se tornaram servos e trabalhando para ele sob regime de arrendamentos. A fome lambeu tudo que todos tinham e foram servir sob um regime totalitário importo por sugestão de José ao Faraó. Quando os Israelitas saíram nos dias de Moisés, os Egípcios já eram novamente um povo rico e abastado, pelo que se pode ver, pela forma como os israelitas foram indenizados de livre e espontânea pressão, com bens e riquezas de toda espécie que pode ser vista pela ofertas voluntária levantada por Moisés para construir o tabernáculo. O povo de Deus sempre passou por experiencias dos ciclos de tempos que sobrevém a todos. Essas experiencias servem para reavaliar os recursos, as escalas de valores e o compromisso de unidade em torno de uma causa maior do que de si mesmos. Encontramos na legislação mosaica, princípios que deveriam servir para proteger que explorassem os compatriotas e manter a livre iniciativa de prosperidade. “Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como um usurário; não lhe imporeis usura. Se tomares em penhor a roupa do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol” (Ex 22.25,26). Encontramos também as violações desses princípios e suas consequências sociais e espirituais. “Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres, contra os judeus, seus irmãos. Porque havia quem dizia: Nós, nossos filhos e nossas filhas, somos muitos; então tomemos trigo, para que comamos e vivamos. Também havia quem dizia: As nossas terras, as nossas vinhas e as nossas casas empenhamos, para tomarmos trigo nesta fome. Também havia quem dizia: Tomamos emprestado dinheiro até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas. Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas. Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me indignei” (Ne 5.1-6). Crises de uns são oportunidades de outros. Não havendo caráter transformado e temor de Deus, o medo e a ganancia alimentam o mercado e generosidade é substituída pela opressão e a famigerada obsessão por lucros. É uma transferência de riquezas injusta e iníqua. Boa administração e evitar dívidas desnecessárias e para coisas fúteis é a porta da bênção da prosperidade material e financeira. Quem deve é servo do devedor. (Pv 22.7), então dever não é uma boa coisa!
Senhor, a tua palavra diz que fomos chamados para a liberdade em Cristo Jesus e para não mais nos colocarmos sob jugo de servidão. A Tua Palavra instrui como sermos bons administradores e evitarmos dívidas desnecessárias para que a liberdade do nosso testemunho de sermos servos unicamente de Deus e dependermos de ti para nossa fonte de provisão e assim anunciarmos as boas novas de um Deus Todo-Poderoso, que é mais do suficiente para cuidar de todos nós e das nossas necessidades. Jesus é tudo e muito mais do que necessitamos. Podemos ser gratos e confiantes que aquele que é o nosso pastor não deixará que nada venha nos faltar. Obrigado, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason