Anos de Fartura

Meditação do dia: 1º/11/2020

Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,(Gn 41.34)

Anos de Fartura – “Não há bem que sempre dure e nem mal que não se acabe!” Não posso identificar a autoria desse pensamento, mas, a mim ele chegou através da minha mãe, a dona Alice. Parece que os criadores, gostavam mais do uso para justificar ou dar esperanças nos tempos difíceis. Há nele uma sabedoria aproveitável. Nos tempos de abundancia e fartura, deve-se desfrutar mas lembrando que existe o amanhã. O tempo bom, e de paz deve ser também o momento apropriado para renovar s forças, criar soluções e se preparar para os tempos difíceis. Quem observa a natureza, percebe esse princípio nitidamente; as árvores se revelam em cada estação o que estão esperando para a próxima, assim elas perdem as folhas, adormecem e poupam energia para serem utilizadas na estação seguinte. Os animais se abastecem e ganham peso, trocam os pelos ou penas e fazem migrações, adaptam as dietas e assumem até novos hábitos. O ser humano, mais capacitado, inteligente e o único que acumula recursos e conhecimentos que podem ser transferidos para as próximas gerações sem iniciar tudo do zero, também se mostra como o menos previdente. Quem não se lembra da fábula da Cigarra e da Formiga? O que José sugeriu e fez na prática posteriormente, foi utilizar as habilidades e conhecimentos disponíveis para administrar situações previstas. Sabendo que haveria sete anos de muita fartura e posteriormente a mesma quantidade de anos de extrema escassez e fome na terra, fazer um plano de contingenciamento, onde equacionaria pesados impostos para armazenamento de víveres suficientes para posteriormente com  racionalidade distribuir em condições de ultrapassar um longo período sem produtividade e  com os agravantes que o acompanhariam, como desemprego, queda de receitas financeiras, migrações, aglomerações populacionais próximas às fontes de suprimentos e aumento de riscos e violências. Ao invés de José sugerir reforçar a segurança e o abastecimento da corte e da elite, ele trabalhou para armazenar alimentos em todo o pais e em quantidade que eliminaria os riscos mais previsíveis da crise. Construir celeiros e centros de distribuição é mais eficiente econômico do que fortalezas e prisões. A Bíblia registar várias situações e pessoas que foram previdentes e se valeram da sabedoria espiritual de Deus para contornarem seus momentos difíceis. Podemos começar lembrando as multiplicações de pães realizadas por Jesus. Elas surgiram à partir de uma crise de abastecimento. Muitas pessoas foram para um lugar ermo, distante e sem provisões e claro, ficaram impossibilitados de retornarem em segurança para suas casas e olha que muitos justificariam seus atos dizendo que foram atrás de Jesus, de conhecimento e crescimento espiritual. É verdade, mas eram pessoas de carne e osso e comer é necessidade vital. Jesus fez o milagre, e ordenou que não se desperdiçasse nada do que sobrou após a refeição. Não é porque foi milagre, de graça, com fartura, que a inteligência e a responsabilidade se tornariam obsoletas. E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam. E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido (Jo 6.11-13). Elias, após sua grande atuação no Monte Carmelo contra os profetas idólatras, empreendeu uma longa viagem, para chegar o Monte de Deus, e desanimou no caminho e foi socorrido por Deus de forma sobrenatural. “E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus (1 Rs 19.5-8). Já imaginou nos super ingredientes desse pão, que deu forças para Elias caminhar quarenta dias e noites? Enquanto ele dormia, Deus providenciava suprimentos suficientes para a jornada inteira. Sempre antes da crise, Deus revela e prepara recursos. A questão toda fica para quem não presta atenção nos avisos ou administra mal as bênçãos recebidas e depois vai para a fila dos desesperados. Antes         de criar o homem, Deus criou a terra e colocou disponível todos os recursos para todas as gerações. A fome, a escassez e a miséria é tudo responsabilidade da má gestão humana em todo e qualquer sentido e isso será um trunfo ou uma carta na manga que o anticristo utilizará para se tornar atrativo e confiável. Poderíamos dizer: Quem viver, verá! Mas é possível que possamos dizer: “Quem está vivo, poder ver!”

Pai obrigado pela bênção da sabedoria e da boa gestão de recursos que deste ao homem, mas o pecado e o egoísmo corrompem até os meios criados para administrar a generosidade e beneficência. Pedimos sabedoria para sermos instrumentos da redenção e da boa vontade do Senhor para todos os povos. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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