A Quinta Parte

Meditação do dia: 31/10/2020

Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,(Gn 41.34)

A Quinta Parte – Nessa vida apenas duas coisas são certas: A morte e os impostos. No Brasil Colônia, a derrama era um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais a partir de 1751 a fim de assegurar o piso de 100 [cem] arrobas anuais na arrecadação do quinto. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas ou pepitas que eram direcionadas diretamente à Coroa Portuguesa. O pagamento do “quinto” foi estabelecido pela Fazenda Real, correspondente a um quinto do total do ouro extraído. Fixou-se uma cota anual mínima para assegurar o quinto: 100 arrobas, 1 500 quilos de ouro. Se os tributos não atingissem essa quantia, a população teria que complementar a soma estipulada – era a “derrama.” Na verdade, ocorreu apenas uma Derrama promovida pelo governador de Minas Gerais Luís Diogo Lobo da Silva em 1763/1764.A partir de 1787-1788, a corrupção dos governantes da Capitania de Minas Gerais, aliada aos boatos de que a Derrama, agora, sem escapatória, iria ser implementada, fez desencadear as confabulações que desaguariam na Inconfidência Mineira, ferozmente reprimida pelo governo real de Maria I, mãe do futuro Dom João VI e avó de Dom Pedro I do Brasil (Pedro IV de Portugal). Imaginem, todo esse barulho para não pagar altos impostos de vinte por cento. O brasileiro era feliz e não sabia! Agora é na casa de 35,85%. Bons tempos diriam os que levam uma baita mordida do Leão todos os anos. Atualmente trabalha 153 dias só para pagar impostos, (5 meses do ano). Essa aula de história e de direito tributário não serão taxadas, vocês não pagarão nada por elas. Mas essa longa introdução me serve de ajuda para mostrar que tempos excepcionais, necessitam de medidas excepcionais, como José fez a sugestão ao Faraó. Ele entendia de cálculos e tributação, mais ainda, entendia de gente e posteriormente toda essa alta taxa tributária de um quinto, (20%) foi revertida em benefício da população egípcia e dos povos vizinhos também, mesmo que eles não tenham contribuído para acumular reservas. Jacó e sua família foram grandemente beneficiados pelas reformas administrativas implementadas por José. Falar em impostos, taxas, contribuições, dá arrepios, mas elas fazem parte da administração da sociedade humana. A existência do estado visa proporcionar aos cidadãos serviços de qualidade e proteção. O problema surge quando ocorre processos de injustiça, corrupção e privilégios de uns em detrimentos dos demais. O povo de Israel, ao ser organizado após o êxodo, tinha um sistema de governo e administração teocrático, com o culto a Jeová, como centro e o que conhecemos como Bíblia (Velho Testamento) para eles eram também, a Constituição, Código Civil, Penal, Tributário e Administrativo. Posso garantir que funciona. Olha só o relato: “E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR. (1 Rs 6.1).  Nessas alturas Israel como nação, já era uma potencia mundial e que atraia a atenção de todos os reis e reinos que vinham em grandes comitivas para ver e conhecer os progressos daquele povo abençoado. O Brasil   está com 520 anos desde a descoberta. Deus tem um plano administrativo, que conhecemos como Mordomia Bíblica, ou mordomia cristã, que abençoa e prospera qualquer pessoa, família, ou grupo social que coloca em prática esses ensinamentos. Não confundir praticar mordomia com ser dizimista. Dizimo é uma árvore, mordomia é uma floresta. Gosto de ler as descrições do governo de Cristo na terra, num futuro próximo. “Eis que reinará um rei com justiça, e dominarão os príncipes segundo o juízo. E será aquele homem como um esconderijo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta.” (Is 32.1,2). Pagar impostos honesta e corretamente faz parte da vida e da nossa experiencia de fé. É preciso cuidado, porque além de pecado, pode incorrer em crimes, pois estamos sob legislação e o cristão não foge disso. Paulo escreveu aos Romanos: “Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm 13.6,7). Pedro escreveu universalmente: “Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei” (1 Pe 2.13,14,17). E para fechar, Jesus ensinou: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele” (Mc 12.17). Só o que mudou de lá para cá, é que César ficou tão desconfiado, que a parte dele já vem descontado na folha de pagamento ou o imposto na fonte.

Senhor, nós te adoramos como Deus, o servimos como Senhor e administramos nossas vidas como propriedades do Senhor e nós somos mordomos, encarregados de cuidar dos bens e riquezas do nosso Deus. Servir a ti, nos confere dignidade e respeito, nos sentimos realizados porque o tu és justo e reto em todos os teus caminhos e supres abundantemente todas as nossas necessidades e nos tratas como filhos, herdeiros de Deus e coherdeiros com Cristo. Temos a ajuda do Espírito Santo para sermos guiados a toda a verdade e nossa fidelidade será recompensada regiamente. Sabemos que não dás ordens absurdas ou impossíveis de serem cumpridas e junto com a ordem, vem os meios e recursos para que a missão seja executada. Obrigado pelo privilégio de ser chamado servo de Deus. O meu grande Deus e Senhor, meu Pastor e provedor. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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