Meditação do dia: 03/11/2020
“Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.” (Gn 41.36)
Perece ou Não Perece? – Um ancião muito sábio tinha sempre bons conselhos e boas palavras para todos que lhe procuravam. Alguns garotos agindo no ímpeto da juventude resolveram comprovar a possibilidade do ancião não ser assim tão sábio e um desafio à altura provaria isso. Pegaram um pequeno pássaro e foram até o homem e lhe apresentaram uma questão: Escondendo o passarinho às costas, perguntaram se o pássaro estava vivo ou morto. A tese deles seria contradizê-lo em qualquer das respostas; se ele dissesse que estaria vivo, era só apertar o pescoço e o bichinho estaria morto; se ele dissesse que estaria morto, eles o apresentariam abrindo a mão e o permitiram deixariam voar e assim, qualquer alternativa de resposta estaria fadada ao fracasso. O homem sábio, apenas respondeu calmamente: “O passarinho estará como vocês quiserem!” Fim da questão, eles não contavam com uma terceira alternativa. Todos os dias nos deparamos com escolhas a serem feitas e decisões a serem tomadas e muitas delas não tem quase relevância nenhuma, enquanto outras produzirá efeitos de longo prazo ou de impactos grandes na vida de muitas pessoas. Foi assim que José agindo como embaixador da vontade de Deus, disse a Faraó sobre o que estava para vir a todas as pessoas e à toda a nação e povos vizinhos. A fome virá em breve e será capaz de devastar toda a terra em tal medida que muitos senão todos perecerão. Aqui vem a pergunta: Perecerá de fato ou não? Veja bem, enquanto muitos estariam questionando o amor e a justiça de Deus no cuidado com as pessoas, José estava alertando de que a crise era contornável e os meios para isso estavam expostos diante de todos, dependendo mais exclusivamente sobre a vontade de Faraó agir ou não. Lembremo-nos do que a sabedoria divina nos ensina: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13). No caso do Egito antigo, está ali o exercício da autoridade, que tem em suas mãos o peso da responsabilidade de governar com sabedoria para o seu povo e prosperidade de todos. A fome viria, as pessoas poderiam ser alertadas e cada um poderia escolher provisionar suprimentos para si e seus familiares; mas é evidente que isso seria possível apenas para uma minoria da população. O estado deveria agir e tomar as medidas, fazer e regular os estoques e tudo isso recairia sobre a atitude da maior autoridade, que era Faraó e foi com ele que Deus tratou. O ministério de José era interpretar a mensagem de Deus para o rei. A responsabilidade de agir em benefício de todos era dele e ele decidiria como seria o futuro. Uma decisão apenas e muitas pessoas seriam afetadas para o bem ou para o extermínio. Líderes tem que assumir suas responsabilidades e conviver com elas. Embaixadores representam e falam em nome do seu governo. A igreja e os ministros representam o governo de Deus; não controlam as coisas e não ditam como elas devem acontecer. Cada pessoa precisa agir conforme suas instruções e no nível em que atua, a espiritualidade está em ser obediente e não em ser religioso, místico ou exercer domínio sobre os outros. Ser espiritual e salvar vidas para José e Faraó seria estimular a produção de alimentos em abundancia e recolher em grandes quantidades e preservar suas condições. Através do profeta Jeremias, o Senhor instruiu a separar uma coisa da outra: “Que esses falsos profetas relatem seus sonhos, mas que meus verdadeiros mensageiros proclamem fielmente todas as minhas palavras; há diferença entre palha e trigo! Acaso minha palavra não arde como fogo?”, diz o Senhor. “Não é como martelo que despedaça a rocha?” (Jr 23.28,29 NVT). Ser espiritual para Neemias era reconstruir muros e reparar construções destruídas. Para Ester era jejuar primeiro e depois fazer dois banquetes seguidos. Para a viúva dos tempos do profeta Eliseu, ser espiritual seria pedir vasos emprestados pra envasar azeite. Em Caná da Galiléia para alguns ali, ser espiritual era encher vasos com água. Para Faraó, seria investir no Agro Negócio. Diante de Deus, o que é ser espiritual para você hoje ou na sua vida?
Pai, graças te rendemos, pelo modo cuidadoso que administra todas as coisas, incluindo minha vida e nossas vidas todas. Nem só de pão vive o homem, mas também de pão e obediência à tua vontade. Havia uma vontade clara do Senhor para Faraó praticar e para isso José deveria estar pronto a fazer a sua contribuição. Hoje somos o teu povo e a tua voz e tuas mãos para também abençoar muitas pessoas e salvar muitas vidas. Individualmente há uma parcela de responsabilidade para cada um de teus filhos. Obrigado por nos chamar à fazer parte de tudo isso. Precisamos da sabedoria do alto e da capacidade de fazer escolhas acertadas. A bênção virá da tua parte. Oramos em nome de Jesus, por ações que façam a diferença hoje e no tempo determinado. Amém!
Pr Jason