Meditação do dia: 17/12/2020
“Disse mais: Eis que tenho ouvido que há mantimentos no Egito; descei para lá, e comprai-nos dali, para que vivamos e não morramos.” (Gn 42.1)
A Hora De Descer – Movimentos estratégicos às vezes produzem recuos, ou ações que parecem regressão ou abandono de posição já conquistada. Quando se pensa em figuras ilustrativas, descer apresenta conotações menos atrativas do que o contrário. Descer parece submissão, derrota, humilhação e ficar abaixo de um nível desejado. Todos querem crescer, subir, alcançar as alturas e quanto mais alto, mais visibilidade e prestígio. Estar por cima é bom! Mas lidamos com princípios de fé, que constantemente são elementos de contra-cultura. Se todos fazem assim, Deus nos instrui à fazer assado. Estamos na maior parte do tempo nadando contra a correnteza do fluxo que o sistema do mundo impõe. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2). Este texto é um clássico entre os cristãos. Escrito a um público que conhecera recentemente a graça de Deus através do Evangelho de Jesus Cristo, estavam agora recebendo instruções de culto e adoração a um Deus único, vivo e soberano; os rituais de sacrifício, conhecidos no mundo todo, estava tomando uma conotação inteiramente nova para essas pessoas que vieram de uma cultura politeísta, pagã. Olha os elementos novos a serem assimilados espiritualmente por eles: Superioridade do Espírito sobre o corpo físico, e domínio do espirito sobre o corpo. Oferecer sacrifícios vivos, sendo eles mesmos as oferendas. A fé cristã espiritual tem a sua própria racionalidade. Não amoldar-se com o mundo ao redor. Transformar-se pela nova compreensão adquirida. Experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Praticamente todos os povos adoravam deuses para aplacar-lhes a ira e alcançar algum favor ou ao menos não serem penalizados pelos seus caprichos. O imaginário antigo era repleto de lendas e mitos de homens valentes e semideuses que se revoltavam contra a tirania dos deuses cheios de vontades e caprichos e opressores. O Evangelho apresentava um Deus de amor e graça, que salva pela fé e sacrifica-se voluntariamente em prova de amor e tem uma perfeita vontade boa e agradável e totalmente experimentável. O próprio Senhor Jesus lidava com elementos de contra cultura: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Mc 10.42-45). Paulo aos escrever aos Coríntios, mostra que entre a igreja o padrão mais natural é o não natural e Deus faz isso por motivos muito especiais. “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele” (1 Co 1.26-29). Os irmãos de José, por serem mais velhos que ele, se achavam, se colocaram no direito de julgar, sentenciar e executar como carrascos. Passaram os anos sofrendo e vendo sofrimentos inconsoláveis ao redor por suas atitudes. Mas agora era a hora de descer, primeiro ao Egito, para então descer dentro deles mesmos e encontrar lá em baixo o que eles haviam escondido. Um dia todos temos que descer! Mesmo quem está destinado à grandeza e à grandes bênçãos. Quanto maior a influencia, maior a responsabilidade.
Senhor, nesse dia a nossa reflexão é sobre atitudes de dentro dos nossos corações, que precisam de humildade e reconhecimento do que verdadeiramente importa. As promessas e as bênçãos da aliança com o Senhor, não anula a condição de sermos humanos e sermos falhos e egoístas. O nosso chamado principal é para servir e servir a um rei grande e poderoso, Todo Poderoso, mas manso e humilde coração. Nosso desafio proposto então é imitá-lo no amor, na fé, no trato e na bondade. Queremos influenciar de verdade, mais com o exemplo do que com as palavras. Palavras puras e poderosas são as tuas e a elas nos submetemos, porque elas são as palavras da vida eterna. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason