Meditação do dia – 06/03/2021
“Levantando os olhos, José viu a Benjamim, seu irmão filho de sua mãe, e perguntou: É este o vosso irmão mais novo de quem me falastes? E disse: Deus seja benévolo para contigo, meu filho.” (Gn 43.29)
Deus Te Abençoe – Antes de falar ou melhor, escrever sobre o ato de abençoar, quero pensar um pouco com você e os outros três leitores mais engajados destas meditações, sobre controle emocional. Precisamos tirar o chapéu para José; dá a impressão que ele tinha nervos de aço ou agia com a frieza emocional de um nórdico. Mas pensando bem, o equilíbrio é uma marca de pessoas maduras espiritual e emocionalmente. Homens de Deus com destempero e oscilações de conduta não são comuns e muito menos normal; a fé nos conduz a um comportamento mais sereno e dócil mesmo quando enfrentamos situações mais delicadas. Nessa sequência de relatos percebemos um José calmo e capaz de atuar em todas as frentes sem comprometer nenhuma. Eu e muitos de nós já teríamos nos traído em algum momento diante de tantas ações carregadas de muito peso emocional. Ele recebeu os irmãos, lidou muito bem com eles e providenciou um meio de trazer Benjamim e agora vai almoçar com eles e continuar agindo como se fosse unicamente o governador do Egito. Ele tinha motivos de sobra para continuar agindo de forma tão sorrateira até descobrir o que esperava sobre o passado deles para determinar o presente e o futuro não só deles como irmãos, mas como pilares de uma nação especial. Não se pode viver preso ao passado, mas não se pode também omitir o que se passou porque esse contexto constrói a pessoa que se é. Qualquer que seja o passado, ele precisar ser base para construir um futuro preferível ou desejável. Mas a ideia principal para hoje é focar na benção que foi proferida por José ao seu irmão depois de muitos anos sem se verem. Podemos ver isso como uma mera expressão de desejar o bem para a outra pessoa numa situação informal de interação. Podemos também trabalhar com o conceito de afirmação espiritual de fazer uso construtivo das oportunidades nas relações sociais. Podemos desenvolver formas de linguagens que expressão a riqueza ou pobreza interior de quem fala. Jesus era hábil no uso da comunicação e como mestre dos mestres ele fazia das palavras, instrumentos de cura, restauração, e edificação das pessoas. Segundo ele, a boca fala daquilo que o coração está cheio (Mt 12.34). Em outra passagem Jesus afirma: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca“ (Lc 6.45). As ações e as palavras de José sempre demarcavam o território de sua fé e da sua prática de vida. Um belíssimo exemplo e modelo para todos em todo tempo.
Pai amado, nós somos gratos pela benção de sermos seus filhos e podermos abençoar outras pessoas com a nossa vida, mas também através das palavras que preferimos cotidianamente. Sabemos que as palavras são sementes muito poderosas e produzem o tipo de resultados ou frutos da espécie que foram semeadas, portanto podemos e devemos falar palavras boas, sensatas e construtivas, que sejam bênçãos para quem as ouvem. Oramos em fé, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason